1. INCONTINÊNCIA URINÁRIA
1.1. Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra
1.2. O distúrbio é mais frequente no sexo feminino e pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens
1.2.1. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico:
1.2.1.1. O hiato vaginal e o hiato retal
1.2.1.1.1. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres
1.3. Incontinência urinária de esforço:
1.3.1. ocorre quando a pessoa não tem força muscular pélvica para reter a urina
1.3.2. as perdas urinárias serão desencadeadas por atividades como espirrar, tossir, rir, levantar pesos ou fazer algo que põe a bexiga sob pressão ou estresse
1.4. Incontinência urinária de urgência:
1.4.1. é um desejo tão forte e repentino de urinar que a pessoa não consegue chegar ao banheiro
1.4.2. pode ocorrer também quando há uma pequena quantidade de urina na bexiga
1.5. Incontinência urinária por transbordamento:
1.5.1. esse tipo de incontinência ocorre quando a bexiga está sempre cheia, ocorrendo vazamentos
1.5.2. também pode acontecer de a bexiga não se esvaziar por completo, o que leva ao gotejamento
1.5.3. necessidade de se esforçar ao urinar e uma sensação de que a bexiga não está vazia; Necessidade urgente de urinar muitas vezes durante a noite; Vazamento de urina durante o sono
1.6. Incontinência urinária funcional:
1.6.1. ocorre quando uma pessoa reconhece a necessidade de urinar, mas está impossibilitada de ir ao banheiro devido a alguma doença ou complicação que a impede de chegar ao banheiro por conta própria
1.7. Incontinência mista:
1.7.1. as perdas urinárias ocorrem durante um esforço e também na presença de urgência
2. INFECÇÃO URINÁRIA
2.1. Pode ser definida como a presença de um microrganismo patogênico na urina e, consequentemente, nas estruturas que compõem o aparelho urinário
2.1.1. – Uretra, bexiga, rim ou próstata
2.2. Esta infecção ocorre tanto indivíduos hospitalizados, quanto naqueles que estão na comunidade
2.2.1. Representando o 2º sítio mais comum de infecção na população em geral e importante causa de internação hospitalar
2.3. A infecção urinária mais comum é a infecção na bexiga (cistite)
2.3.1. Normalmente o organismo infecioso ascende do exterior pela uretra e infeta a bexiga
2.4. Em algumas situações a infecção pode propagar-se até ao rim originando a infecção renal (pielonefrite)
2.4.1. A infecção localizada nos rins geralmente necessita de tratamento mais prolongado e maior vigilância dado o seu potencial para se disseminar para o resto do organismo (sépsis)
2.5. As infeções localizadas apenas à uretra (uretrite) são provocadas geralmente por agentes transmitidos por via sexual e são mais típicas do sexo masculino (a mulher possui a uretra muito curta e a infecção transmite-se diretamente à bexiga)
2.5.1. Geralmente a infecção da uretra caracteriza-se pelo aparecimento de um corrimento (“escorrência”) uretral, límpido ou esbranquiçado (“leitoso”) consoante o tipo de infecção
2.6. A presença de 2 infeções urinárias em 6 meses ou 3 infeções urinárias num ano é considerado infecção urinária de repetição e deverá ser investigado mais aprofundadamente
3. HIPERPLASIA PROTÁSTICA BENIGNA
3.1. É um distúrbio extremamente comum em homens acima de 50 anos de idade
3.1.1. Ela dificulta o ato de urinar, piorando a qualidade de vida
3.2. É caracterizada por hiperplasia do estroma prostático e das células epiteliais, resultando na formação de nódulos grandes, razoavelmente distintos na região periuretral da próstata
3.2.1. Quando suficientemente grandes, os nódulos comprimem e estreitam o canal uretral, causando obstrução parcial ou às vezes virtualmente completa da uretra
3.3. SINTOMAS
3.3.1. Vontade frequente e urgente para urinar;
3.3.2. Dificuldade para começar a urinar;
3.3.3. Acordar frequentemente durante a noite para urinar;
3.3.4. Jato de urina fraco ou que para e recomeça;
3.3.5. Sensação de bexiga ainda cheia depois de urinar.
4. CÂNCER DE PRÓSTATA
4.1. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás somente do câncer de pele não-melanoma)
4.2. SINTOMAS
4.2.1. Seus sintomas são, geralmente, ausentes até o crescimento do tumor causar hematúria (sangue na urina) e/ou obstrução com dor
4.3. DIAGNÓSTICO
4.3.1. É sugerido pelo toque retal e pela dosagem do antígeno prostático específico (PSA), sendo confirmado pela biópsia com ultrassom transretal
4.4. TRATAMENTO
4.4.1. É feito através de protectomia, radioterapia, medidas paliativas, ou para pacientes idosos, vigilância ativa