1. Teoria da Comunicação
1.1. Semiótica
1.1.1. Pierce
1.1.1.1. LEONE
1.1.1.1.1. Plano de expressão e plano de conteúdo cada um com três estratos: a matéria, a forma e a substância
1.1.1.1.2. **"Dependendo da posição que ocupamos na semiosfera,** nossa percepção [...] não muda, mas nossas crenças e sentimentos em relação a suas conotações mudam" p.29
1.1.1.1.3. A reapropriação de símbolos como os de uma bandeira causam mudanças no seu **nível lógico de significação**
1.2. Teoria das Mediações
1.2.1. Jesus-Martín Barbero
1.2.1.1. GUERIN FELIPPI DEPONTI
1.3. Teoria crítica da comunicação
1.3.1. HABERMAS
1.3.1.1. A DEMOCRACIA PRECISA RECONSTRUIR RACIONALMENTE SEUS PRINCÍPIOS A PARTIR DO DIREITO VIGENTE E DAS EXPECTATIVAS INTUITIVAS E LEGITIMIDADE DOS CIDADÃOS , E NÃO SE JUSTIFICAR E CONSTRUIR-SE ARTIFICIALMENTE E DEPOIS SEREM ENSINADOS E PROJETADOS NAS PESSOAS P.14 E 35
1.3.1.2. A TENDÊNCIA DE DESPOLITIZAÇÃO DOS PÚBLICOS PRODUZIDA PELO ALINHAMENTO DE POLÍTICA E ENTRETENIMENTO É LUCRATIVA PARA O CAPITALISMO PLATAFORMIZADO
1.3.1.3. AS CÂMARAS DE ECO CRIAM ESFERAS SEMIPÚBLICAS DE TENDÊNCIA NARCÍSICA
1.3.1.4. O PANO DE FUNDO É A DESDEMOCRATIZAÇÃO NEOLIBERAL PROMOVIDA PELO CAPITALISMO DEMOCRÁTICO EM CRISE - MESMO CENÁRIO DO FASCISMO
1.3.2. DOMINGUES - CESARINO
1.3.2.1. A crise da política e a crise da ciência são uma só - são a mesma crise de paradigmas
1.3.2.2. A desinformação é um problema advindo da luta pela hegemonia da prrodução da verdade
1.3.2.3. Bolsonarismo e teorias da conspiração são **públicos antiestruturais**
1.3.3. RÜDIGER
1.4. O lugar do quanti na comunicação
1.4.1. O paradigma emissor-mensagem-receptor
1.4.1.1. MORAGAS
2. Novos problemas de pesquisa
2.1. Ativismo digital
2.1.1. CELIKATES
2.1.1.1. A esfera pública democrática pressupõe discussão mediante razões entre um público "relativamente independentes da influência esstatal e corporativa, quanto formas de interação comunicativa […] que não são distorcidas por tentativas de manipulação" p.56
2.1.1.2. As patologias da esfera pública apontadas por Habermas criticam uma esfera pública de consumidores despolitizada
2.1.1.3. O mundo digital traz novas formas de confronto político - Tilly - nessa nova esfera pública supostamente mais aberta p.59
2.1.1.4. O ativismo digital tem 3 potenciais e problemas nessa nova esfera pública plataformizada e digital: o anonimato, a seriedade e os baixos custos de entrada (democratização da experiência educadora e transformadora da participação política - Pateman e Mill) p.69
2.2. Capitalismo de Vigilância
2.2.1. CORREA e COCCO
2.2.1.1. A tese do cap de vigilância se baseia em 3 princípios:
2.2.1.1.1. **Instrumentalismo** = ubiquidade cada vez maior dos aparelhos digitais e uma tendência totalizadora ZUBOFF
2.2.1.1.2. **Extrativismo** = A acumulação de capital nesse modo é contínua, intensifica o intercambio metabolico humano-natureza, e segue o diagrama colonial SVAMPA
2.2.1.1.3. **Reiteração** = os algoritmos se tornam cada vez melhores em nos subsmuir quanto mais os usamos, e o objetivo é modelar nossos comportamentos cada vez melhor e aumentar a previsibilidade sobre o comportamento humano
2.2.1.2. Essa tese no entanto leva ao imobilismo político pois pressupõe que a técnica subsume todas as dimensões sociais, que não há espaço de manobra para lutas políticas, e o mesmo uso necropolítico do biopoder (Foucault) pode levar a uma biopolítica - como na pandemia - o que mostra outros usos possíveis dessas tecnologias, que não o distópico
2.2.2. BORELI FRIGO ROMERO
2.2.2.1. O biopoder foucaultiano pode dar lugar não só a uma necropolítica mas a uma biopolítica
2.2.2.2. As metodologias e epistemologias quanti quali podem ser tensionadas, questionadas e usadas de forma complementar
2.2.2.3. O estudo das processualidades dos fluxos comunicacionais e da circulação é o estudo dos processos de produção e circulação de sentidos por meio de interações entre produtores e receptores p.244
2.2.2.4. Numa sociedade midiatizada, essa circulação se intensifica em momentos de pico de produção e circulação de discursos - como nas notícias dos marcos de morte na pandemia
2.2.2.5. Numa perspectiva quanti, fragmentos dos discursos são transformados em corpus textuais e arrancados do fluxo de produção de sentidos para serem analisados semioticamente p. 249
2.3. Desinformação
2.3.1. MARCONDES FILHO
2.3.1.1. A desinformação é a quintessência das plat digitais e seus novos métodos de **engenharia social**
2.3.1.2. É usada politicamente desde o fascismo
2.3.1.3. Relação desinfo-demo deve ser enfrentada pela comunicação
2.4. IA e suas disrupções
2.4.1. SANTAELLA e KAUFMAN
2.4.1.1. "A IA generativa, por seu lado, penetrou no segredo mais íntimo do humano: o potencial linguístico e semiótico que, até então, se constituía em marca inimitável do Sapiens" P.46
2.4.1.2. Feridas narcíscicas: crença no papel centra da Terra; Darwin e Evolucionismo; Freud e Subconsciente; Potencial linguístico e semiótico e a IA Generativa - todas elas **eliminam falas descontinuidades** entre humano e planeta, humano e animais, humano e desconhecimento de si, humano e máquinas
2.4.1.3. Tecnologias são extensões do próprio humano à medida que estendem **"nossos órgãos perceptivos, criam ambientes, ecologias socioculturais e polítticas próprias" p.50**
2.4.2. LEMOS
2.4.2.1. As alucinações algorítimicas da IAG revelam dimensões sociais e políticas do que essa IA representa hoje na sociedade humana e o papel que ela ocupa
2.4.2.1.1. "o ter de enfrentar a perturbação causada pelas fake news vislumbram-se as dimensões técnicas, econômicas, jurídica e política do uso das redes sociais de forma entrelaçada " p.86
2.4.2.2. Uma epistemologia do **erro** enquanto oportunidade de pesquisa
2.4.2.2.1. "a abordagem neomaterialista, pragmática e não antropocêntrica que reconhece a agência dos objetos para justamente poder localizar bem o humano no processo" p.86
2.4.2.2.2. Erros fazem parte dos objetos e demonstram uma dimensão própria deles
2.4.2.2.3. Erros são mais complexos em sistemas concretos (Simondon)
2.5. SANDOVAL GARCÍA
2.5.1. A questão que ainda persiste e perpassa todo o campo é a **relação entre mídia, poder e sociedade**
2.5.1.1. O papel dos ecossistemas de comunicação TRADICIONAIS e DIGITAIS nisso
2.5.2. a capacidade dos discursos de interpelar as audiências
2.5.3. a atividade das audiências
2.5.4. o papel das indústrias da comunicação
3. Perspectivas metodológicas
3.1. Epistemologias do Sul
3.1.1. Redes de colaboração latinoamericanas
3.1.1.1. PAULINO
3.1.1.2. WAISBORD
3.1.2. Rejeição dos paradigmas epistemológicos do Norte Global
3.1.2.1. SODRÉ
3.1.2.1.1. proposta de comunicação como uma ciência do comum.
3.1.2.2. TORRICO VILLANUEVA
3.1.2.3. RONSINI
3.1.2.3.1. Questionamento da sociologia objetivista e positivista - a subjetividade também opera na construção de verdades
3.1.2.3.2. A comunicação constroi frames e assim constroi a cultura, porque media a relação entre as pessoas e as marcas interpretativas do mundo
3.2. A comunicação como disciplina transdisciplinar mas com um núcelo teórico-metodológico próprio
3.2.1. LÉON-DUARTE
3.2.1.1. as origens históricas do movimento interdisciplinar de pesquisa sobre comunicação de meados do século XX
3.2.1.2. crescimento acele-rado e a consolidação institucional nas últimas quatro décadas do século XX
3.2.1.3. a identidade da comunicação como uma ciência social prática
3.2.1.4. a definição de uma disciplina variável com capacidade de abranger todos os níveis de análise
3.2.1.5. as ciências da comunicação ainda não tinham um núcleo teórico bem desenvolvido, reivindicou-se a necessidade urgente de reunificar a comunicação interpessoal e massiva para alcançar o desenvolvimento acabado de um núcleo teórico transversal na disciplina que gerará novas teorias para explicar como as mensagens poderiam exercer funções específicas através de uma gama de níveis de análise, do micro ao macro
3.2.1.6. Para Craig (2012), as áreas da comunicação centradas no contexto, como a comunicação no domínio da saúde e a comunicação política, trans-poriam substancialmente os limites disciplinares. Assim, ele afirma, por um lado, que a disciplina da comunicação permaneceria um campo de estudo inerentemente interdisciplinar e, por outro, questionaria: “a comunicação também pode ter um núcleo teórico que permita aos seus estudiosos abordar aspectos interdisciplinares de um ponto de vista disciplinar específico que agregue valor real ao empreendimento interdisciplinar?” p.120