1. DIAGNÓSTICO
1.1. Exames laboratoriais
1.1.1. Anemia
1.1.2. VHS e PCR aumentados
1.1.3. Hipovitaminose
1.1.4. Calprotectina e lactoferina fecais aumentados
1.1.5. P-ANCA
2. COMPLICAÇÕES
2.1. Sangramentos
2.2. Câncer colorretal
2.3. Megacólon tóxico
2.3.1. Distensão do cólon > 6 centímetros (visualizada na radiografia)
3. EPIDEMIOLOGIA
3.1. A incidência de RCU tem sido registrada como cerca de 0,5 a 24 casos por 100 mil habitantes por ano.
3.2. Mais comum entre os 15 e 45 anos
3.3. Apendicectomia é um fator protetor
4. TRATAMENTO
4.1. Melhorar a qualidade de vida e nutrição dos pacientes; Reduzir a inflamação intestinal e promover cicatrização; Remissões sem necessidade de glicocorticoides; Evitar hospitalizações e cirurgias por complicações.
4.2. Opção terapêutica
4.2.1. DIETA
4.2.1.1. -AGENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS (AMINOSSALICILATOS E CORTICOIDES)
4.2.1.2. -IMUNOMODULADORES (TIOPURINA, MTX, CICLOSPORINA, TACROLIMO)
4.2.1.3. -TERAPIA BIOLÓGICA (INFLIXIMABE, ADALIMUMABE, VEDOLIZUMABE, USTEQUINUMABE)
4.3. Cirurgia
4.3.1. -Falha do tratamento medicamentoso -Complicações -Má nutrição e atraso no crescimento em crianças
4.4. Indução da remissão
4.4.1. Doença leve
4.4.1.1. Proctite leve: 5-ASA retal
4.4.1.2. Colite esquerda leve: enema de 5-ASA
4.4.1.3. Colite extensa: 5-ASA oral
4.4.1.4. Não responsivos: corticoide sistêmico
4.4.2. Doença moderada e grave
4.4.2.1. Moderada: budesonida oral
4.4.2.2. Moderada e grave: corticoide oral ou imunobiológico
4.4.2.3. Se não responsivo: corticóide intravenoso
4.5. Manutenção
4.5.1. LEve: manter 5-ASA
4.5.2. Moderada e grave
4.5.2.1. Remitiu com corticoide: tiopurina
4.5.2.2. Remitiu com imunobiológico: imunobiológico
5. RCU GRAVE HOSPITALAR
5.1. Pesquisar C. difficile
5.2. Realizar retossigmoidoscopia flexível e descartarmegacólontóxico.
5.3. Tratamento com corticoide. Se falha após 3-5 dias: infliximabeouciclosporina.
6. REFERÊNCIAS:
6.1. RIPINSKAS, C. V. E. in: IMPERIALE, A. R.; BACCHI HORA, J. A. et al. Gastroenterologia: livro texto, v. 2. São Paulo: Medcel, 2021.
6.2. Clínica Médica, volume 4:Doenças do Aparelho Digestivo, Nutrição e Doenças Nutricionais. – 2 ed. – Barueri, SP; Manole, 2016.
7. FISIOPATOLOGIA
7.1. Se caracteriza pela inflamação crônica do cólon e reto, ficando confinada a essas regiões anatômicas.
7.2. A inflamação se limita à camada mucosa e aparece de forma contínua e simétrica ao longo da porção afetada, além de poder ter lesões aftoides na área acometida.
8. GRUPO:
8.1. Alan de Paula Farreira Barros; Alan Lopes de Sousa; Ana Jessé de Sousa Farias; Angela Gabrielle Santos Sousa; Anna Márcia Leal de Sousa; Antônio de Almeida Abreu Neto; Arthur Vasconcelos de Sousa; Artur Khalil Lemos de Sousa Martins; Diógenes Silva Lages; Elyda de Oliveira Cunha; Gustavo Susstrunk Monteiro; João Batista de Brito Albuquerque; João Victor Barbosa Farias; Josue Ferreira Sousa; Lais Albuquerque de Lima; Marcela Bocarro de Oliveira; Mateus de Carvalho Rezende; Samilla de Melo Oliveira; Savina Santos Carvalho; Thaís Resende Ferreira; Thaylan Vieira de Sousa;
9. SINTOMAS
9.1. Diarreia com perda de sangue nas fezes, decorrentes diretamente da inflamação do reto e/ou cólon.
9.2. Manifestações dolorosas, devidos as alterações da motilidade do intestino grosso que aumentam o tônus muscular e a amplitude das contrações.
9.3. A absorção de água e eletrólitos está prejudicada e alterações da motilidade intestinal, decorrentes do processo inflamatório, contribuem para a diarreia.
9.4. As erosões da mucosa e submucosa ocasionam a perda de sangue nas fezes.
9.5. Reto inflamado fica issensível, o que faz com que a presença de qualquer quantidade de fluido na ampola retal desencadeie o reflexo da defecação, o que explica o número aumentado de idas ao banheiro.
9.6. Tenesmo e urgência fecal
9.7. Perda de sangue nas fezes pode resultar em anemia ferropriva, a depender da quantidade e intensidade de sangue eliminado.
9.8. Alguns pacientes podem ter febre.
10. CLASSIFICAÇÃO DE MAYO
10.1. Leve
10.1.1. Pouco sangue nas fezes
10.1.1.1. Ausência de febre
10.1.1.1.1. FC normal
10.1.2. < 4 evacuações/dia
10.2. Moderada
10.2.1. 4-6 evacuações/dia
10.2.1.1. Moderada quantidade de sangue nas fezes
10.2.1.1.1. Temperatura < 37,5 °C
10.2.2. FC < 90 bpm
10.2.2.1. Hemoglobina > 75% do normal
10.3. Grave
10.3.1. > 6 evacuações/dia
10.3.1.1. Sangramento intenso nas fezes
10.3.1.1.1. Temperatura média > 37,5 °C
10.3.2. FC > 90 bpm
10.3.2.1. Hemoglobina < ou = 75% do normal, VHS > 30 mm
11. EXAMES ENDOSCÓPICOS
11.1. Endoscopia
11.1.1. Leve: eritema, discreta friabilidade, redução do padrão vascular
11.1.2. Moderada: eritema acentuado, ausência do padrão vascular, erosões e friabilidade
11.1.3. Grave: úlceras e sangramento espontâneo
11.2. Microscopia (Principal achado)
11.2.1. Microabscessos de criptas