Entre o arcaico e o pós-moderno: heranças barrocas e a cultura da festa na construção da identida...

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Entre o arcaico e o pós-moderno: heranças barrocas e a cultura da festa na construção da identidade brasileira por Mind Map: Entre o arcaico e o pós-moderno: heranças barrocas e a cultura da festa na construção da identidade brasileira

1. Cultura Popular

1.1. Festas religiosas

1.2. Festas sazonais

1.3. Festas de valor regional

1.4. Comemorações cívicas

1.5. Festas coloniais

1.6. Folclore

2. Matriz barroca

2.1. A festa se (re)produz como forma de sociabilidade e pedagogia de valores, ao mesmo tempo em que se organiza a vida da futura nação, no cadinho em que se fundem raças, etnias e culturas afro-ameríndias e européias, sob o império do poder colonial português que se estende no rastro da expansão mercantilista européia do século XVI.

2.2. Produções eruditas

2.3. Saídas de um mundo dominado pelo espírito autoritário da centralização política do Estado moderno e da defensiva espiritual da Contra-Reforma, tal como a grande arte barroca, as festas devem pois poder ser vistas como suscetíveis de uma multiplicidade de leituras, todas elas, porém, centradas na ótica do poder.

2.4. Carnaval

2.5. Outras festas nesse vasto universo da cultura popular revelam, às vezes num arranjo totalmente insólito de um todo desconhecido, a permanência de elementos familiares que se podem encontrar, fragmentados, numa pluralidade de outras celebrações.

2.6. O que em cortejos se entende da festa barroca é o modo de ação de um imaginário que, num estoque de figuras simbólicas canônicas, coloca suas escolhas a serviço da celebração do dia, seja ela a da vida ou martírio de um santo, seja o cortejo triunfal de um príncipe ou dignitário da Igreja em visita à cidade.

2.7. Celebração ibérica Corpus Christi

2.8. Imagens

2.9. Se atestam são semelhanças, coincidências e continuidades entre essas formas populares de cultura e sua remota ancestralidade barroca,

2.10. ethos barroco na cultura brasileira

3. Burckhardt, 1958

3.1. Cultura popular: lugar de confluência da vida social.

3.2. Momento solene da existência de um povo, onde um ideal moral, religioso e poético ganha forma visível.

3.3. A festa, "transição da vida comum para a arte" (Burckhardt, 1958), torna-se assim índice privilegiado de mentalidade e estilo de vida, permitindo-nos explorar o significado da marca barroca que como herança ela carrega e a que ela permite ainda manifestar-se, forma viva de cultura e não simples sobrevivência, no mundo contemporâneo.

4. O barroco

4.1. Tradução de uma experiência de mundo marcada pela contradição que cinde sem separar totalmente e integra de modo precário duas metades indissociáveis de uma vivência ao mesmo tempo moderna e arcaica.

4.2. Sentimento moderno do poder criador do indivíduo, livre das amarras teológicas e sociais que em outras eras restringiam sua capacidade infinita de experimentação e expressão.

4.3. Sentimento arcaico da sua limitação radical, frente a um mundo que, material e espiritualmente, escapa ao seu controle.

4.4. Filho da Contra-Reforma, o barroco é obrigado a restaurar a idéia de uma ordem onde a natureza, a vida social e o poder político se suspendem a uma esfera sobrenatural já desde sempre predeterminada, ao mesmo tempo em que não quer de todo abrir mão da descoberta do poder criador do homem.