Módulo IX: Lei da Adoração

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Módulo IX: Lei da Adoração by Mind Map: Módulo IX: Lei da Adoração

1. Objetivo: Entender o que é a Lei de Adoração, como a oração atua, sua eficácia e importância.

2. O que é a Lei de Adoração?

2.1. Qual o conceito de Lei de Adoração segundo o Espiritismo:

2.1.1. Na elevação do pensamento a Deus. Ref. L.E. q. 649. Advém de um sentimento inato do homem Ref. L.E. q. 650 e 652.

2.1.2. Comentário: Pelo próprio conceito depreendemos que toda vez que elevamos os nossos pensamentos de forma natural, portanto, sincero à Deus e seus benfeitores estaremos exercendo a Lei de Adoração e contribuindo com a nossa própria felicidade ao tornarmos a caminhada mais leve já que obteremos ajuda extra.

2.2. Qual o objetivo da prece?

2.2.1. Aproximar a alma do homem de Deus. Ref. L.E. q. 649. ESE. Cap. XXVIII, item 1.

2.2.2. Tornar o homem melhor, fazendo-o mais forte para resistir às tentações por meio da companhia dos bons Espíritos. Ref. L.E. q. 660.

2.2.2.1. Comentário: Uma consequência lógica e natural dessas informações é que a prece bem executada pode nos fazer mais felizes e menos vulneráveis às vicissitudes da vida terrena uma vez que ao nos aproximar de Deus dos bons Espíritos (Espíritos Superiores) estamos na companhia de seres felizes e parte dessa energia nos contagia e influencia.

2.2.3. Tornar o homem mais humilde por conscientizá-lo de sua fraqueza e necessidade de curvar-se diante de quem pode lhe proteger. Ref. L.E. q.650

2.3. Como devemos orar?

2.3.1. Precisa de manifestações exteriores?

2.3.1.1. A adoração verdadeira é do coração Ref. L.E. q.653 e 654. "Agrada-lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade."Ref. L.E. q.658. "A prece do coração é tudo, a dos lábios nada vale." Ref. L.E. q.662 "Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração." Ref. ESE, Cap. XXVIII, preâmbulo.

2.3.1.1.1. Comentário: Daí depreende-se que tanto faz haver ou não manifestações externas, o que importa é que seja do coração, sincera!

2.3.1.2. Tem utilidade a oração exteriorizada a título de um bom exemplo, mas desde que não seja um vão simulacro, ou seja, algo falso e sem correspondência com o verdadeiro sentimento de quem está procedendo a oração. Ref. L.E. q.653 "a".

2.3.2. Quais os elementos componentes da prece segundo o Espiritismo? Louvar, pedir e agradecer. Ref. L.E. q. 659

2.3.2.1. Louvar: é o ato de enaltecer e glorificar a Deus demonstrando sua confiança nele e reconhecendo a sua presença e resignação aos seus desígnios. É louvando ao Senhor que demonstramos a nossa humildade perante o criador, virtude que vai se aprofundando a medida em que ampliamos a consciência da presença Dele em nossas vidas e da realidade que nos cerca. (Comentário)

2.3.2.2. Pedir: Saber o que pedir é algo essencial nas nossas orações. Muitas vezes, por pura ignorância, nos sentimos desamparados pelo Criador, temos a impressão que Ele não nos assiste, que as nossas orações não estão sendo ouvidas, mas será que estamos sabendo pedir? Vejamos o que a Doutrina Espírita fala sobre o tema:

2.3.2.2.1. "Aquele que a Deus pede perdão de suas faltas só o obtém mudando de proceder."Ref. L.E. q. 661. Ou seja: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui." Ref. ESE. Cap. XXVII, item 7.

2.3.2.2.2. "As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que têm de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em conta a resignação... a prece nunca é inútil. Quantos males não se constitui o homem, o próprio autor, pela sua imprevidência ou pelas suas faltas?" Ref. L.E. q.663

2.3.2.2.3. "...o que, do vosso ponto de vista mesquinho e da vossa vida efêmera, vos parece um grande mal é quase sempre um grande bem na ordem geral do Universo... Julgais, de ordinário, que Deus não vos ouviu, porque não fez a vosso favor um milagre, enquanto que vos assiste por meios tão naturais que vos parecem obra do acaso ou da força das coisas. Muitas vezes também, as mais das vezes mesmo, ele vos sugere a idéia que vos fará sair da dificuldade pelo vosso próprio esforço." Ref. L.E. q. 663

2.3.2.3. O que devemos pedir que Deus sempre nos concederá?

2.3.2.3.1. "O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação."Ref. ESE. cap. XXVII, item 7

2.3.2.3.2. Inspiração: "Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante idéias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação."Ref. ESE. cap. XXVII, item 7

2.3.2.4. Agradecer: "Não se devem considerar como sucessos ditosos apenas o que seja de grande importância. Muitas vezes, coisas aparentemente insignificantes são as que mais influem em nosso destino. O homem facilmente esquece o bem, para, de preferência, lembrar-se do que o aflige. Se registrássemos, dia a dia, os benefícios de que somos objeto, sem os havermos pedido, ficaríamos, com freqüência, espantados de termos recebido tantos e tantos que se nos varreram da memória, e nos sentiríamos humilhados com a nossa ingratidão."Ref. ESE. Cap. XXVIII, item 28

2.3.2.4.1. "...no momento mesmo em que experimentamos o efeito da sua bondade e da sua proteção, é que nos cumpre, por um movimento espontâneo, testemunhar- -lhe a nossa gratidão. Basta, para isso, que lhe dirijamos um pensamento, atribuindo-lhe o benefício, sem que se faça necessário interrompamos o nosso trabalho." Ref. ESE. Ibidem

2.3.3. Orar em grupo ou sozinho?

2.3.3.1. Reunidos pela comunhão dos pensamentos e dos sentimentos, mais força têm os homens para atrair a si os bons Espíritos...Não creiais, todavia, que menos valiosa seja a adoração particular. Ref. L.E. q. 656

2.3.3.2. Comentário: Repare que orar em grupo é poderoso QUANDO há comunhão de pensamentos e sentimentos a fim de torná-los mais fortes. Portanto, a construção de um grupo com essas características é imprescindível a fim de que não haja efeito contrário e a desarmonia prejudique essa ação.

2.3.4. É necessário oferta de sacrifícios?

2.3.4.1. Importante entender que esse tipo de costume vem dos nossos antepassados que tinham a ideia de um Deus com características antropomórficas. Assim, o que a eles era caro, também pensavam ser para Deus precioso e, assim, faziam oferendas: "Nos povos primitivos a matéria sobrepuja o espírito; pensavam que o valor do sacrifício era proporcional à importância da vítima."Ref. L.E. q. 669

2.3.4.2. Com essa visão distorcida da realidade começaram as oferendas de frutas, animais e depois, até de humanos. Ref. L.E. q. 669 "a" e 672 . "Deus, entretanto, nunca exigiu sacrifícios, nem de homens, nem, sequer, de animais. Não há como imaginar-se que se lhe possa prestar culto, mediante a destruição inútil de suas criaturas."Ref. L.E. q. 670

2.3.4.3. Deus julga pelos atos ou pela intenção esses erros de julgamento causados pela ignorância? "Deus julga pela intenção. Sendo ignorantes os homens, natural era que supusessem praticar ato louvável imolando seus semelhantes. Nesses casos, Deus atentava unicamente na idéia que presidia ao ato e não esse." Ref. L.E. q. 670

2.3.5. O que podemos oferecer a Deus?

2.3.5.1. "Deus abençoa sempre os que fazem o bem. O melhor meio de honrá-lo consiste em minorar os sofrimentos dos pobres e dos aflitos...Deus ama a simplicidade em tudo. O homem que se atém às exterioridades e não ao coração é um Espírito de vistas acanhadas."Ref. L.E. q. 673

2.3.6. É preciso orar muito tempo?

2.3.6.1. "O essencial não é orar muito, mas orar bem."Ref. L.E. q. 660 "a". "Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração." Ref. ESE, Cap. XXVIII

2.3.6.1.1. Comentário: Veja que não está sendo dito que a Doutrina Espírita é contra orações longas. O que está claro é que muitos pensam que quanto maior e mais bonita as palavras utilizadas, melhor seria a prece, mais impacto teria e isso não é verdade! No entanto, caso uma pessoa se entregue a uma longa jornada de oração em prol de uma causa, concentrada, de forma sincera e com grande fervor, veremos pelo estudo da eficácia da prece que ela possivelmente terá grande força sobre a situação em questão.

2.3.7. Há influência do lugar ou do ambiente que se faz a prece?

2.3.7.1. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. Ref. ESE. Cap. XXVII, item 15

3. Como ocorre a ação da prece?

3.1. Anjos guardiães, Espíritos Protetores e simpáticos:

3.1.1. Anjos Guardiães: Todos temos, ligado a nós, desde o nosso nascimento, um Espírito bom, que nos tomou sob a sua proteção. Desempenha, junto de nós, a missão de um pai para com seu filho: a de nos conduzir pelo caminho do bem e do progresso, através das provações da vida...

3.1.2. Espíritos Protetores: Além do Anjo guardião, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre amigos, ou parentes, ou, até, entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos e, não raro, inter- vindo nos atos da nossa vida. Deus, em o nosso anjo guardião, nos deu um guia principal e superior e, nos Espíritos protetores e familiares, guias secundários.

3.1.3. Espíritos simpáticos: são os que se nos ligam por uma certa analogia de gostos e pendores. Podem ser bons ou maus, conforme a natureza das inclinações nossas que os atraiam.

3.2. O modo de transmissão do pensamento:

3.2.1. "A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige." Ref. ESE, Cap. XXVIII, item 9.

3.2.2. "...mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som... A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade."Ref. ESE, Cap. XXVIII, item 9.

3.2.2.1. "...pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz."Ref. ESE. Cap. XXVII, item 10

3.2.2.2. "Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou." Ref. ESE. Cap. XXVII, item 10

3.2.2.3. Por exercer a prece uma ação magnética, poder- se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica exclusiva de quem ora. Assim entretanto não é. Os Espíritos, em sendo preciso, suprem a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa. Ref. ESE. Cap. XXVII, item 14 A ação magnética pode ser exercida de várias maneiras (Ref. A Gênese, Cap.XIV, item 33:

3.2.2.3.1. 1- pelo próprio fluido do magnetizador (o orador neste caso) cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;

3.2.2.3.2. 2- pelos fluidos dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado; e

3.2.2.3.3. 3- pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento.

3.3. Prece e o livre-arbítrio dos Espíritos: será que a prece não estaria interferindo no livre-arbítrio das pessoas cujas intenções são objeto das preces?

3.3.1. "...visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta."Ref. ESE. Cap. XXVII, item 12

3.3.2. "...o que eles fazem (os Espíritos) não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza...O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não."Ref. ESE. Cap. XXVII, item 12

4. Situações práticas do dia a dia que devemos fazer uso da prece (Ref. ESE. Cap.XXVIII para toda essa seção):

4.1. Por nós mesmos: A prece é antes de tudo um instrumento de autoconhecimento. Aquele que diariamente tem consciência de seus pensamentos, vícios e desafios a usa como ferramenta indispensável ao seu melhoramento e auxílio nas provas e expiações por meio do controle das suas paixões. (Comentário)

4.1.1. Na hora de dormir:

4.1.1.1. O sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que per- deu por efeito da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar-se entre os outros Espíritos. Haure, no que vê, no que ouve e nos conselhos que lhe dão, idéias que, ao despertar, lhe surgem em estado de intuição. É a volta temporária do exilado à sua verdadeira pátria Ref. Ibidem, item 38

4.1.1.2. "Eleve, pois, aquele que se ache compenetrado dessa verdade, o seu pensamento a Deus, quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se-lhe, nos curtos instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade." Ref. Ibidem, item 38

4.1.2. Para resistir as tentações:

4.1.2.1. "Duas origens pode ter qualquer pensamento mau: a própria imperfeição de nossa alma, ou uma funesta influência que sobre ela se exerça. Neste último caso, há sempre indício de uma fraqueza que nos sujeita a receber essa influência;"Ref. Ibidem item 20.

4.1.2.1.1. Comentário: POR QUE SÓ A ÚLTIMA SITUAÇÃO HÁ INDÍCIO DE UMA FRAQUEZA MORAL E NÃO AS DUAS?

4.1.3. Para afastar os maus Espíritos:

4.1.3.1. Para os afastar, não basta pedir-lhes, nem mesmo ordenar-lhes que se vão; é preciso que o homem elimine de si o que os atrai. Os Espíritos maus farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo. Assim como se limpa o corpo, para evitar a bicheira, também se deve limpar de suas impurezas a alma, para evitar os maus Espíritos. Ref. Ibidem item 16

4.2. Por outra pessoa: "Pode-se, com utilidade, orar por outrem? O Espírito de quem ora atua pela sua vontade de praticar o bem. Atrai a si, mediante a prece, os bons Espíritos e estes se associam ao bem que deseje fazer.” Ref. L.E. q. 662

4.2.1. Por um doente:

4.2.1.1. As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena...As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós germens malsãos, às vezes hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades e o corpo não é minado surdamente pelo corrosivo das paixões...façamos o que de nós depende para melhorar as nossas condições atuais. Se, porém, malgrado aos nossos esforços, não o conseguirmos, o Espiritismo nos ensina a suportar com resignação os nossos passageiros males. Ref. ESE. Cap. XXVIII, item 77

4.2.2. Pelos obsidiados:

4.2.2.1. A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo... desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Ref. ESE. Cap. XXVIII, item 81

4.2.2.2. "...a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. A causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre-arbítrio." Ref. Ibidem

4.2.2.3. "Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É desse fluido que importa desembaraçá-lo... Mediante ação idêntica à do médium curador nos casos de enfermidade, cumpre se elimine o fluido mau com o auxílio de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um reativo." Ref. Ibidem

4.2.2.3.1. "...para garantir-se a libertação, cumpre induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus maus desígnios."Ref. Ibidem

4.2.2.4. "A tarefa se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso da sua vontade e da sua prece." Ref. Ibidem

4.2.3. Por alguém que acabou de morrer:

4.2.3.1. "...têm por efeito auxiliar-lhes o desprendimento e, desse modo, abreviar-lhes a perturbação que sempre se segue à separação, tornando-lhes mais calmo o despertar. Ainda aí, porém, como em qualquer outra circunstância, a eficácia está na sinceridade do pensamento e não na quantidade das palavras que se profiram mais ou menos pomposamente e em que, amiúde, nenhuma parte toma o coração."Ref. ESE. Cap. XXVIII, item 59

4.2.4. Espíritos sofredores:

4.2.4.1. "Os Espíritos sofredores reclamam preces e estas lhes são proveitosas, porque, verificando que há quem neles pense, menos abandonados se sentem, menos infelizes. Entretanto, a prece tem sobre eles ação mais direta: reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação e, possivelmente, desvia-lhes do mal o pensamento. É nesse sentido que lhes pode não só aliviar, como abreviar os sofrimentos."Ref. ESE. Cap. XXVII, item 18

5. A importância da prece para os seres sencientes

5.1. Os seres humanos têm a capacidade única de conscientemente sentir e pensar. Mesmo que muitas vezes isso não aconteça e ele se comporte mecanicamente, o principal fator de motivação para que o homem aja é a busca da tão sonhada felicidade. O grande problema desse objetivo é que verdadeiramente não sabemos onde buscá-la e frequentemente fazemos movimentos em direções erradas em face da nossa ignorância do realmente nos pode fazer feliz. É justamente nessa tarefa que a prece se revela um instrumento espetacular para nos levar a verdadeira felicidade.

5.1.1. "A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus." Ref. ESE. cap. XXVII, item 23

5.1.2. "Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem. Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra." Ref. ESE. cap. XXVII, item 23

6. Evangelho no lar:

6.1. É uma prática que não está diretamente citada na Doutrina Espírita, mas rememora os cultos dos antigos cristãos da época de Jesus que se reuniam para estudar as palavras do Cristo. Tais reuniões, como no início da era cristã, têm o poder de manterem vivas as palavras do Senhor em nossas memórias e promover a nossa reforma moral e a autoeducação verdadeira. Por meio do cultivo desse hábito, passamos a desenvolver outros que expressam valores e crenças genuinamente cristãos. Independente do número de pessoas, essas reuniões são verdadeiras manifestações da Lei de Adoração! Ler o evangelho e orar a Deus é ferramenta importante para desenvolver a fé, o amor próprio, a caridade para consigo e para com os outros, já que fortalecemos os laços familiares, base da sociedade e passamos a dar o que cada vez mais temos naturalmente dentro de nossos corações, a benevolência trazida pelos bons sentimentos e amor incondicional cultuados dentro dos nossos lares. (comentário)

6.1.1. "Se o homem é partícula divina da coletividade, o lar é o edifício sagrado de toda a civilização." Ref. Emmanuel, Psicografia de Francisco C. Xavier, Cinqüenta anos depois, 17. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1985. p. 102. Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família? “Uma recrudescência do egoísmo.” Ref. L.E., q. 775

6.1.1.1. "A que se deve atribuir o relaxamento dos laços de família e a maior parte das desordens que minam a sociedade, senão à ausência de toda crença? Demonstrando a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reaviva a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes da vida."Ref. L.E. Conclusão, § III.

6.1.2. "...a educação moral, não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres (plural de caráter), à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos..."Ref. L.E. q.685.

6.1.2.1. "...indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da população, sem princípios, sem freio e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as conseqüências desastrosas que daí decorrem? Quando essa arte for conhecida (da educação moral), compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar." Ref. L.E. q.685.

6.1.3. "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles."(Mateus, 18:20)

6.1.4. "O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação... Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum."Ref. Emmanuel, Luz no lar; Cap. 1, p. 11-12.

6.1.4.1. A observação impensada é ouvida sem revolta. Ref. Ibidem

6.1.4.2. A calúnia é isolada no algodão do silêncio. Ref. Ibidem

6.1.4.3. A enfermidade é recebida com calma. Ref. Ibidem

6.1.4.4. O erro alheio encontra compaixão. Ref. Ibidem

6.1.4.5. A maldade não encontra brechas para insinuar-se. Ref. Ibidem

6.2. Roteiro para o Evangelho no Lar. Ref. Conselho Federativo Nacional. Orientação ao centro espírita. FEB, 1996, item 12, p. 65-66.

6.2.1. Finalidade: Reunir a família entorno dos ensinamentos evangélicos à luz da Doutrina Espírita, e sob a assistência de benfeitores espirituais.

6.2.2. Participantes: Todas as pessoas integrantes do lar, inclusive crianças.

6.2.2.1. Comentário: Não problemas em pessoas amigas ou conhecidas com o mesmo interesse participarem caso haja essa possibilidade.

6.2.3. Desenvolvimento:

6.2.3.1. 1- Prece inicial;

6.2.3.2. 2- leitura e comentário de página evangélica com a participação de todos os presentes;

6.2.3.3. 3- Prece de encerramento: orando inclusive pelos que não puderam estar presentes, amigos e vizinhos.

6.2.4. Recomendações:

6.2.4.1. 1- não ultrapassar 1 hora por semana;

6.2.4.2. 2- Abster-se de manifestações de Espíritos;

6.2.4.3. 3- A presença de visitas não deverá ser motivo para a não realização do culto, convida-se para que participem.