
1. Equilíbrio dinâmico entre a mucosa intestinal e o conteúdo luminal
1.1. equilíbrio intestinal constituído pela plena integridade anatômica do intestino, adequada relação microbiológica e as atividades fisiológicas e funcionais ótimas.
1.2. equilíbrio entre o sistema de defesa e a resposta ao estímulo imune - menos nutrientes direcionados à resposta imune.
1.3. relação harmônica entre microbiota benéfica e a patogênica, equilíbrio de processos citológicos de proliferação, diferenciação e extrusão dos enterócitos e a otimização do aproveitamento de nutrientes.
2. Ativação do sistema imune resulta em piora de IZ
2.1. aporte proteico para produzir as defesas como citocinas, imunoglobulinas e proteínas de fase aguda - 60% vem de proteínas corporais degradadas.
2.1.1. gera perda de peso e desempenho
3. O que determina a integridade intestinal?
3.1. digestão e absorção eficazes de alimentos; ausência de doença gastrointestinal; microbiota normal e estável; eficiente estado imunológico; bem-estar animal.
3.2. 3 fatores:
3.2.1. histologia e fisiologia; estabelecimento da microbiota; e o colostro.
3.2.1.1. Histologia: 2 eventos citológicos: renovação (na cripta e ao longo dos vilos) e extrusão que ocorre no ápice dos vilos - equilíbrio = turnover
3.3. intestino delgado possui em sua mucosa: vilosidades, microvilosidades e criptas e em sua submucosa as placas de Peyer - intestino grosso possui em sua mucosa apenas as criptas sem vilosidades e na submucosa o tecido linfoide difuso.
4. Fatores não imunológicos de defesa
4.1. peristaltismo;
4.2. ácidos e sais biliares;
4.3. turnover;
4.4. lactoferrina, lactoperoxidase e lisozimas;
4.5. metabólitos bacterianos da microbiota residente;
4.6. produção de muco.
5. Funções microbiota:
5.1. A expressão dos fatores de virulência é o que diferencia ser positivo e não ter a doença e ser positivo e ter a doença por meio da criação de condições para que as bactérias expressem esses fatores.
5.2. interfere na absorção dos nutrientes; ajusta a digestão de alimentos; atua na defesa contra patógenos; atua na biossíntese de vitaminas; ajuda no desenvolvimento do sistema imune.
5.2.1. A distribuição da microbiota ao longo do TGI aumenta da região proximal para a distal
5.3. composta por 90% de Firmicutes e Bacteroidetes - EUBIOSE restante: Proteobacteria, Actinobacteria e Spirochaetes.
5.4. alterações com idade e dieta: primeiros colonizadores do intestino - Lactobacillus, Enterobactérias e Streptococcus - anaeróbios facultativos. Com o passar do tempo, o intestino será colonizado por organismos anaeróbios obrigatórios.
5.5. administração de antibióticos via oral - disrupção da microbiota, eliminando ou inibindo o crescimento de todos os tipos de bactérias, inclusive da microbiota benéfica.
6. Colostro
6.1. imunização, promotor de energia e nutrientes para maturação e desenvolvimento do epitélio intestinal.
6.2. fechamento intestinal - perda da capacidade de absorção de Ig pelo intestino, não em função do tempo de vida do leitão, mas do quanto de colostro ele mamou.
6.2.1. Quanto mais o leitão mamar em menos tempo, mais rápida a barreira se fechará.
6.3. fatores imunológicos transmitidos via colostro
6.3.1. Ig (IgG, IgM e IgA) Linfócitos B e T Fagócitos Neutrófilos Macrófagos Células epiteliais Lisozimas Lactoferrinas Citocinas Interleucinas TNF Fatores de crescimento
7. Principais desafios alimentares
7.1. transição do ambiente uterino para o exterior; transição da lactação para o pós-desmame.
7.1.1. Maior desafio: transição acompanhada de exposição contínua a agentes, mistura de leitegadas e origens, além da alteração da dieta líquida para sólida, com inclusão de fontes vegetais + o leitão não recebe mais a proteção passiva da fêmea a partir do desmame, principalmente, imunoglobulina A.
8. Desmame
8.1. comprometimento da estrutura intestinal devido: ao status inflamatório; alteração da microbiota; alteração da função da barreira intestinal.
8.1.1. barreira intestinal: primeira grande linha do mecanismo de defesa, composta por microbiota, muco, epitélio intestinal, lâmina própria e peristaltismo.
8.2. mudanças envolvidas no desmame são: ativação da resposta inflamatória; mudança da atividade hormonal; redução de motilidade gástrica; indução de atrofia do intestino delgado e altura de vilosidades; redução da absorção de nutrientes, fluidos e eletrólitos.
8.3. início rápido do consumo de ração
8.3.1. O consumo de alimento pós-desmame favorece a estrutura do intestino e é de extrema importância para integridade intestinal.
9. Transição da dieta
9.1. Ingestão de alimentos sólidos
9.1.1. farelo de soja e casca de soja
10. BETA-MAMANOS
10.1. Beta-galactomananos - polissacarídeos não amiláceos não digeridos por animais não ruminantes.
10.2. encontrados na PC da soja e na superfície de diversos micro-organismos patogênicos que são identificados pelo sistema imune animal.
10.3. presentes nos alimentos podem provocar uma ativação cruzada do sistema imune - identificam os beta-mananos dos alimentos como sendo de micro-organismos patogênicos - FIIR (Feed Induced Immune Response ou Resposta Imune Induzida Pelo Alimento)
10.3.1. ocorre a liberação de citocinas que levam a repartição dos recursos energéticos.
10.4. Redução na absorção de nutrientes, alterações na liberação de hormônios e modificação no tempo de trânsito intestinal.
10.5. Beta-mananase - capaz de desdobrar ou romper os beta-mananos presentes no farelo de soja e outros ingredientes minimizando a resposta imune induzida por alimentos.
11. Aditivos
11.1. melhorar a integridade intestinal dos animais.
11.2. Probióticos
11.2.1. suplementos alimentares de cultura pura ou composta de microrganismos vivos - capacidade de se instalar e proliferar no trato gastrointestinal beneficiando a saúde do hospedeiro - bactérias e leveduras.
11.2.1.1. Exclusão competitiva; Melhorar a atividade microbiana; Estimular o sistema imune; Auxiliar na digestão e absorção; Auxiliar na eliminação de aminas tóxicas e amônia.
11.3. Prebióticos
11.3.1. ingredientes nutricionais não digeríveis - estimulam seletivamente o crescimento e atividade de uma ou mais espécies de bactérias benéficas intestinais.
11.3.1.1. MOS
11.3.1.2. FOS
11.4. Acidificantes
11.4.1. possuem efeitos fisiológicos relacionados com o sistema imune, esvaziamento gástrico e absorção de minerais e água - BLENDS
11.4.1.1. ácido fumárico, ácido cítrico, ácido fosfórico, ácido acético, ...
11.5. ImmunoWall® - Perfeito equilíbrio entre saúde intestinal e desempenho.
11.5.1. previne a colonização do trato intestinal por patógenos, estimula a atividade imunológica das células fagocíticas e aumenta a ação das bactérias benéficas, (lactobacilos e bifidobactérias), criando uma parede imunológica contra doenças.
11.5.2. O ImmunoWall® possui propriedades de adsorção de micotoxinas - constituída por uma densa parede celular, composta predominantemente de β-glucanas 1,3-1,6 e mananoligossacarídeos (MOS), que são polissacarídeos insolúveis de ação prebiótica.