
1. Hepatite A
1.1. O vírus
1.1.1. Vírus RNA
1.1.2. Capsídeo Icosaédrico desprovido de envelope
1.1.3. Família picornaviridae, gênero Hepatovirus
1.2. Epidemiologia
1.2.1. Incidência: 5-6 anos de idade
1.2.2. Norte e nordeste
1.2.3. Principal via de contágio: fecal-oral. Interpessoal, água, alimentos.
1.3. Patogenia
1.3.1. HAV resiste ao pH do estomago, penetra na mucosa do intestino, chega ao fígado (hepatócitos). Excretado na bile, fezes.
1.3.2. O HAV não é citopático. A lesão hepatocelular ocorre por causa do próprio sist. imune.
1.4. QC
1.4.1. Costuma ser leve nas crianças
1.4.2. Quando sintomática, segue as fases
1.5. Diagnóstico
1.5.1. Incubação: 15-45 dias
1.5.2. Anticorpos se elevam pouco dias antes dos sintomas. OBS: falso positivo IgM anti-HAV: fator reumatoide.
1.6. Tratamento
1.6.1. Repouso relativo
1.6.2. Aumento de ingestão calórica
1.6.3. Medicamentos sintomáticos (antitérmico e antiemético)
1.6.4. Evitar drogas hepatotóxicas - paracetamol
1.6.5. Não ingerir álcool por 6 meses.
1.6.6. Vitamina K (parenteral 1-3 dias) no caso de queda da protrombina.
1.7. Evolução e prognóstico
1.7.1. Maior risco em idosos - hepatite fulminante.
1.8. Prevenção
1.8.1. Eliminação do vírus pelas fezes: 2 semanas antes dos sintomas e 1 semana após o surgimento destes.
1.9. Imunização: dose única aos 15 meses de vida (pode ser adm até 23 meses)
1.9.1. Em casos especiais: hepatopatias crônicas, coagulopatias, menores de 13 anos HIV+, adultos HIV+ que tenham hepatite B e/ou C; doenças genéticas; imunodepressão; candidatos a transplante ou transplantados; doadores de órgãos.
1.9.2. Profilaxia: vacina no praxo máximo de 2 semanas em pacientes emtre 12 meses e 40 anos. Nos outros extremos ou em casos de contraindicação da vacina: imunoglobulina humana.
1.10. Critérios de alta
2. Crônica
3. Tipos de Vírus
3.1. Hepatite B
3.1.1. O Vírus
3.1.1.1. Vírus DNA; família Hepadnaviridae.
3.1.1.2. Seus antígenos
3.1.1.2.1. Envoltório lipoproteico, contém o antígeno de superfície HBsAg
3.1.1.2.2. Núcleo central (core), contém HBcAg
3.1.1.2.3. HBeAg é secretado na corrente sanguínea pelos hepatócitos infectados em vigência de alta taxa de replicação dos vírus.
3.1.2. Epidemiologia
3.1.2.1. Genótipos (6) mais comuns no Brasil: A e F
3.1.2.2. Maior ocorrência: 20 - 69 anos. Média: 35 anos.
3.1.2.3. Maior incidência: sul e sudeste.
3.1.2.4. Homens > mulheres.
3.1.2.5. 250 milhões AgHbs+
3.1.3. Transmissão
3.1.3.1. Vertical
3.1.3.1.1. Intrauterina (5-10%)
3.1.3.1.2. Perinatal (90-95%)
3.1.3.1.3. RN infectados possuem maior chance de cronificação.
3.1.3.2. Horizontal/domiciliar
3.1.3.3. Sexual (IST)
3.1.3.4. Percutânea
3.1.3.5. Hemotransfusão
3.1.3.6. Transplante de órgãos
3.1.4. Patogênese
3.1.4.1. Sistema imunológico ataca os hepatócitos. Linfócitos T citotóxicos (CD8+) e citocinas pró-inflamotórias (TNF-alfa)
3.1.4.2. Historia natural/marcadores
3.1.5. Manifestações clínicas
3.1.5.1. Período de incubação: 60 a 180 dias (média 75 dias)
3.1.5.2. Hepatite aguda ictérica - 90-95 %
3.1.5.3. Hepatite fulminante - 1%
3.1.5.4. Infecção crônica 5 - 10%
3.1.5.4.1. HBsAg por mais de 6 meses
3.1.5.5. Carcinoma hepatocelular primário 2-6% dos cirróticos.
3.1.6. Perfil pós vacinal
3.1.6.1. anti-Hbc total -
3.1.6.2. Anti-Hbs +
3.1.7. Tratamento
3.1.7.1. Indicações HBsAg +
3.1.7.1.1. HBeAg+ e AST 2X: Tratar
3.1.7.1.2. >30 anos, HBeAg+, mesmo com transaminases normais: Tratar
3.1.7.1.3. HBeAg-, CV > 2000: mutante pre-core: Tratar
3.1.7.2. Medicamento
3.1.7.2.1. Tenofovir
3.1.7.2.2. Entecavir
3.1.7.2.3. Interferon peguilado
3.1.7.3. Repouso relativo até a normalização das transaminases. Evita fazer esforços físicos, decúbito por meia hora após as refeições.
3.1.8. Citérerios de alta
3.1.8.1. Desaparecimento de icterícia
3.1.8.2. Nomalização das transaminases
3.1.8.3. 3 Dosagem normais intercaladas por 15 dias da LT
3.2. Hepatite C
3.2.1. Critérios de alta
3.2.1.1. dosagens normais bimensais
3.3. Hepatite D
3.4. Hepatite E
4. Aguda
4.1. Duração média: 1 a 2 meses. Duração máxima: 6 meses (crônica)
4.2. Quadro clínico/laboratorial
4.2.1. Podem apresentar um quadro leve (quase assintomático) e formas graves (fulminante).
4.2.2. Fases
4.2.2.1. Prodrômica
4.2.2.1.1. Sintomas
4.2.2.2. Ictérica
4.2.2.2.1. Após dias ou semanas da fase prodrômica
4.2.2.2.2. Sintomas
4.2.2.2.3. Pode ou não acontecer
4.2.2.3. Convalescênça
4.2.2.3.1. Marcada pela melhora dos sintomas.
4.2.3. Achados laboratoriais
4.2.3.1. Leucopenia (queda de neutrófilos e linfócitos). Evoluindo para linfocitose.
4.2.3.2. Síndrome hepatocelular
4.2.3.2.1. Aumento das aminotransferases habitualmente acima de 10 vezes o normal.
4.2.3.2.2. Hiperbilirrubinemia
4.2.3.2.3. Elevação da fosfatase alcalina e gama-GT
4.3. Mau prognóstico
4.3.1. Encefalopatia hepática, hipoalbuminemia, alargamento de TAP.
4.4. Síndrome pós-hepatite
4.4.1. Fadiga, peso no hipocôndrio direito, intolerância a certos alimentos e alcool.
4.4.2. Se persistência (meses) biópsia hepática - hepatite crônica.