1. Para os Sofistas
1.1. O modelo das antigas cidades gregas (Polis) nasce por convenção entre os seres humanos quando percebem que lhes é mais útil a vida em comum do que em isolamento. Convencionam regras de convivência que se tornam leis.
1.2. Os mesmo ensinavam aos jovens a discutir em público, a defender e combate opiniões. O debate dos opostos, a exposição persuasiva dos argumentos antagônicos, deviam levar à vitória do interesse mais bem argumentado, aprovado pelo voto da maioria.
1.2.1. A finalidade da política era a justiça entendida como concórdia, conseguida na discussão pública de opiniões e interesses.
2. Para Platão
2.1. A cidade justa é governada pelos filósofos, administrada pelos cientistas, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores. Cada classe cumprirá sua função para o bem da polis.
2.2. A cidade injusta é aquela onde o governo está nas mãos dos proprietários que não pensam no bem comum da polis, ou na dos militares que mergulharão a polis em guerras para satisfazer seus desejos particulares de honra e glória.
2.3. A educação dos cidadãos submete as crianças a uma mesma formação inicial em cujo término passam por uma seleção: as menos aptas serão destinadas à classe econômica, enquanto as mais aptas prosseguirão os estudos.
2.4. A Cidade justa é governada pelos filósofos, administrada pelos cientistas, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores.
2.4.1. A Cidade injusta é aquela onde o governo está nas mãos dos proprietários, ou na dos militares.
3. Para Aristóteles
3.1. Para Aristóteles a justiça existente na polis é a distributiva, referente aos bens econômicos; e a participativa, referente ao poder político. A cidade justa saberá distingui-las e realizar ambas.
3.1.1. Um bem é partilhável quando é uma quantidade que pode ser dividida e distribuída. *A riqueza é um bem partilhável.
3.1.2. Um bem é participável quando é uma qualidade indivisível, que não pode ser dividida nem distribuída, podendo apenas ser participada. *O poder político é um bem participável.
4. - A cidade justa saberá distingui-las e realizar ambas. A cidade injusta, portanto, impede que uma parte dos cidadãos tenha assegurado o direito à vida boa.
5. Os regimes políticos
5.1. Arche: O que está à frente, o que tem comando. Kratos: O poder ou autoridade suprema
5.1.1. Com o Arche, os regimes políticos são: Monarquia (monas), Oligarquia (oligos), Poliarquia (polos) e Anarquia (ana).
5.1.2. Do Kratos, os regimes políticos são: Autocracia (poder de um rei), Aristocracia (poder dos melhores), Democracia (poder do povo).
5.2. Um regime só é político se for instituído por um corpo de leis publicamente reconhecidas e sob as quais todos vivem, governantes e súditos, governantes e cidadãos. Em suma, é político o regime no qual os governantes estão submetidos às leis.
5.2.1. A presença ou ausência da lei conduz à ideia de regimes políticos legítimos e ilegítimos.
5.2.1.1. Um regime é legítimo quando, além de legal, é justo.
5.2.1.2. um regime é ilegítimo quando a lei é injusta ou quando é contrário à lei, quando não possui lei alguma.
6. - Os seres humanos e a Polis possuem a mesma estrutura.
7. - A Polis nasce por convenção entre os seres humanos quando percebem que lhes é mais útil a vida em comum do que em isolamento.
8. Finalidade da vida política para os gregos
8.1. Para os gregos, a finalidade da vida política era a justiça na comunidade.
8.2. A justiça é o consenso quanto às leis e a finalidade da política é criar e preservar esse consenso.
8.3. A finalidade da política era a justiça entendida como concórdia.
9. Ética e política
9.1. Se a política tem como finalidade a vida justa e feliz, isto é, a vida propriamente humana digna de seres livres, então é inseparável da ética.
9.1.1. Esse vínculo interno entre ética e política significava que as qualidades das leis e do poder dependiam das qualidades morais dos cidadãos e vice-versa, das qualidades da Cidade dependiam as virtudes dos cidadãos. Somente na Cidade boa e justa os homens poderiam ser bons e justos; e somente homens bons e justos são capazes de instituir uma Cidade boa e justa.
10. Inicio da vida politica
10.1. São divididos em 3 explicações:
10.1.1. A inspirada no mito das Idades do Homem:
10.1.1.1. O mito da Idade de Ouro, diz que os seres viviam na companhia dos deuses. Eram imortais e felizes, a vida era apenas paz e harmonia, onde não havia a necessidade de leis ou governo.
10.1.1.1.1. A razão funda a política.
10.1.1.2. O mito da Idade do Ferro, diz que é a era dos homens organizados em grupos, fazendo guerra entre si. Para acabar isso, os deuses fazem o homem, que redigirá as primeiras leis e criará o governo.
10.1.2. A inspirada pela obra do poeta grego Hesíodo:
10.1.2.1. A origem da vida política vincula-se à doação do fogo aos homens, Onde os humanos podem trabalhar os metais, cozer os alimentos, fabricar utensílios e etc. Nessa concepção, o desenvolvimento das técnicas e dos costumes leva a convenções entre os humanos para a vida em comunidade sob leis.
10.1.2.1.1. A convenção funda a política.
10.1.3. A teoria que a política decorre da natureza e que a Cidade existe por natureza:
10.1.3.1. Os humanos são, por natureza, diferentes dos animais. Por serem dotados da palavra, são naturalmente sociais ou, como diz Aristóteles, são animais políticos.
10.1.3.1.1. A natureza funda a política.