1. Potencial evocado somatossensitivo (PESS)
1.1. São um conjunto de testes neurofisiológicos do sistema nervoso que permitem a avaliação funcional das vias nervosas do Sistema Nervoso Central e Periférico
1.1.1. permitem medir a atividade elétrica do encéfalo em resposta a determinados estímulos
1.1.1.1. A análise destes sinais fornece informação relativa à condição das vias nervosas e pode indicar a presença de lesões nervosas
1.2. existem 3 tipos principais de estudos de potenciais evocados:
1.2.1. Potenciais Evocados Visuais
1.2.1.1. úteis no diagnóstico de lesões do nervo óptico e das vias ópticas, processos desmielinizantes (esclerose múltipla) ou lesões vasculares
1.2.1.2. a via visual será estimulada através de uma tela responsável por gerar os estímulos visuais
1.2.2. Potenciais Evocados Auditivos
1.2.2.1. avaliação de déficits auditivos, permitindo distinguir lesões ao nível do nervo acústico ou em outras localizações
1.2.2.2. paciente é colocado numa sala com isolamento de som e irá utilizar fones de ouvido através dos quais irá receber estímulos sonoros
1.2.2.3. Toda criança que tem alteração no teste da orelhinha* ou em pcts em que a mãe teve rubéola, sífilis (durante a gestação)
1.2.3. Potenciais Evocados Somatossensitivos
1.2.3.1. avaliam a transmissão nervosa dos impulsos nas vias somatossensitivas dos membros superiores e inferiores até ao encéfalo, sendo de interesse no diagnóstico de lesões ao nível das raízes nervosas, da espinal medula e do encéfalo
1.2.3.2. os elétrodos são colocados no couro cabeludo e em diversas localizações do corpo, como os pulsos, nuca ou na região lombar
1.2.3.2.1. são aplicados choques eléctricos muito leves e indolores que irão originar diversos tipos de respostas
1.3. Trata-se de uma técnica muito útil no diagnóstico de perturbações da condução no sistema nervoso central e/ou periférico, quando a história clínica e o exame neurológico suscitam dúvidas
1.3.1. exame muito sensível que permite demonstrar alterações precoces da condução nervosa e qual a sua localização
1.3.2. permite monitorizar a evolução das alterações neurológicas e a sua resposta ao tratamento
1.4. técnica muito útil no diagnóstico de perturbações da condução no sistema nervoso central e/ou periférico, quando a história clínica e o exame neurológico suscitam dúvidas
2. Definição
2.1. Avaliam os fenômenos bioelétricos, de neurocondução sensorial e motora e estudo muscular, ou seja, são exames funcionais
3. Eletroneuromiografia
3.1. É o registro da atividade elétrica dos nervos e músculos
3.1.1. Há 2 partes
3.1.1.1. 1- Condução nervosa
3.1.1.1.1. são realizados estímulos elétricos nos nervos periféricos
3.1.1.1.2. registro das respostas desses nervos através de eletrodos colocados em pontos específicos do trajeto do nervo a ser estudado
3.1.1.2. 2- Eletromiografia
3.1.1.2.1. coloca-se uma agulha muito fina e delicada em alguns músculos
3.1.1.2.2. realiza-se o registro da atividade espontânea desses músculos durante a inserção da agulha e o repouso muscular
3.2. deve ser solicitada sempre que houver suspeita diagnóstica de neuropatia
3.2.1. já foi considerada o exame padrão ouro no diagnóstico da síndrome do túnel do carpo (STC)
3.2.2. é um método invasivo, às vezes desconfortável, e o resultado pode ser normal na presença de compressão de nervos
3.2.3. O resultado da ENMG pode também apresentar ausência de anormalidade, não porque não haja lesão, mas porque não foi possível detectá-la
3.3. A principal contraindicação para realização do exame é a presença de feridas extensas ou edema muito acentuado no membro (perna ou braço) no qual o exame deve ser realizado
3.3.1. A presença de feridas (úlceras extensas) nos locais de colocação dos eletrodos pode dificultar ou mesmo impossibilitar a realização do exame
3.3.2. Em caso de lesão aguda de nervos, é necessário aguardar pelo menos três semanas antes de realizar o exame