
1. Anemias Ferropriva
1.1. Causa + comum
1.1.1. Deficiência de ferro: perda crônica de sangue, má-absorção, aumento da demanda, dieta pobre.
1.2. Hemograma: microcitose e hipocromia.
1.2.1. 1° estágio: baixo ferro sérico, baixa ferritina sérica. 2° estágio: baixo ferro sérico, alta CTLF, baixa saturação da transferrina. 3° estágio: baixa hb, baixo VCM.
1.2.1.1. Anemia normocítica normocrômica (quando a hb ainda não caiu) ANN + anisocitose --> RDW (único marcador que pode estar alterado.
1.3. Defeitos na síntese de hb
2. Anemia Megaloblástica
2.1. Deficiência de B12 ou folato --> síntese defeituosa de DNA --> atraso/assincronia de maturação.
2.1.1. B12 é responsável pela metilação do DNA.
2.1.1.1. Homocisteína --> Metionina (através do folato junto) Metilmalonil-coA --> succinil-coA
2.2. Anemia perniciosa: deficiência do FI associado a atrofia gástrica ou falta congênita do FI.
2.3. Hemograma: alto VCM, anisocitose (alto RDW), pecilocitose (ovalócitos), baixo reticulócito (eritropoese não é eficaz), trombocitopenia. leucopenia com hipersegmentação. Casos graves: ponteado basofílico, corpusculo de Howell-Jolly e Anel de Cabot.
2.3.1. Na MO: eritroblastos com défict de maturação, granulócitos grandes (metamielócitos gigantes), megacariócitos grandes.
2.3.1.1. Outros achados laboratoriais: aumento do ferro, LDH e bilirrubina séricas ---> devido a destruição dos eritrócitos na MO.
2.4. Diagnóstico diferencial
2.4.1. Megaloblástica: neutrofilos hipersegmentados (comum), macrócitos ovalados, Howell-Jolly (comum).
2.4.2. Uso crônico de álcool, hepatopatias, medicamentos: neutrofilos segmentados (RAROS), macrócitos arredondados, estomatócitos e codócitos.
2.4.2.1. Anemia megalobláticas // não megaloblástica: policromatofilia, reticulocitose, macrócitos não ovalados.
2.4.3. Dosagens:
2.4.3.1. B12 sérica: def de b12 baixa, def folato normal/limite. Folato sérico: def b12 normal/alta. def folato baixa. Folato eritrocitário: def b12 normal/baixa, def folato baixa.
2.4.4. Alto: homocisteina e ácido metilmalônico.
3. Anemia Hemolítica
3.1. Aumento da destruição de eritrócitos
3.2. Metalbuminumia, haptoglobinas séricas ausentes ou diminuidas, hemoglobinuria/hemossidenúria.
3.3. Bilirrubina indireta aumentada (degradação do g heme), LDH sérica aumentada, urobilinogênio fecal e urinário aumentado, haptoglobinas séricas diminuidas ou ausentes.
3.3.1. Hemograma: oligocitemia (diminuição eritrócitos circulantes), diminuição da hb, anemia normocítica e normocrômica ou hipercrômica e macrocítica, presença de esferócitos e eliptócitos.
3.3.1.1. Crise hemolítica: reticulocitose, leucocitose, aumento VCM, RDW alterado.
3.4. AH hereditária (corpuscular: defeito na membrana/enzimático, hemoglobinopatias, anemia sideroblástica, porfirias, HPN, saturnismo. AH adquirida (extracorpuscular): iso e auto-ac, drogas, hiperesplenismo, traumas mecânicos, infecções, HPN.
3.4.1. HPN: hemoglobinúria paroxística noturna --> corpuscular, mas NÃO hereditária.
3.4.1.1. Hereditárias: Defeitos na membrana - esferocitose hereditária, eliptocitose hereditária, ovalocitose do sudeste da Ásia.
3.4.1.1.1. Adquiridas: imunológicas, síndrome da fragmentação eritrocitária, hemoglobinúria de marcha, agentes químicos/físicos, anemias secundárias.
3.4.2. Doenças de causa mista. Não é maligna. Alteração no gene PIG-A. Esse gene codifica ptn Fosfatidil-inositol-glicano proteína A que faz parte da sustentação para uma ptn de membrana do eritrócito. Pacientes com HPN não possuem essa proteína --> apresentam defeito de membrana e pode levar a crise hemolítica. Diag: cito de fluxo.
3.5. 1. Aumento da destruição eritroide;
3.5.1. 2. Produção eritroide (compensação): sangue periférico - reticulocitose; na MO - hiperplasia eritroide. Paciente com doença renal crônica: não apresenta essa hiperplasia porque ele não produz uma quantidade suficiente de eritropoetina.
3.5.1.1. 3. Dano eritrocitário: para verificar se tem algo danificando o eritrócito - hemograma, fragilidade osmótica, autohemólise, testes específicos.
4. Anemias por outras doenças
4.1. Anemias de doenças crônicas (ADC)
4.1.1. Não fazem parte: perda sanguínea, deficiência de Fe, hemólise, doença endócrina, doenças hepáticas, exposição a drogas e toxinas, doença renal crônica.
4.2. Mecanismos envolvidos
4.2.1. 1. Diminuição da sobrevida das hemácias: doenças inflamatórias --> hiperatividade sistema macrocítico fagocitário --> remoção precoce dos eritrócitos.
4.2.1.1. 2. Resposta medular inadequada frente à anemia: secreção baixa da EPO, baixa resposta da medula a EPO, diminuição eritropoese por conta do ferro baixo, menor sobrevida das hemácias. Níveis EPO em ADC diminuídos. Ativ macrófagos --> citocinas --> inibe eritropoese. GATA2 e NFKB inibem EPO ALFA1 E 2 estimulam EPO.
4.2.1.1.1. 3. Distúrbio no metabolismo de ferro: maior afinidade pelo ferro, não transfere o ferro para as células eritropoeticas, retirada do complexo pelo macrófago.
4.3. Diagnóstico laboratorial: alterações bioquímicas - fibrinogênio (A), PCR (A), ceruloplasmina (A), haptoglobina (A), VHS (D). Outros: citocinas (IL1, IL6, TNF alfa, IFN gama (A), EPO (N, pouco A).
5. Hemoglobinopatias
5.1. Inserida na A. H. Corpuscular.
5.2. Hb: 4 grupamentos formados por uma cadeia globínica (alfa ou beta) e o grupamento heme. Cadeias globínicas (fração proteica).
5.2.1. Cadeia globinica da classe ALFA: produzidas no cromossomo 16. Início da vida no embrião: cadeia zetta. Cadeia globínica da classe BETA: cromossomo 11. Epson, gama glicina, gama adenina, delta, e a beta.
5.2.1.1. Sempre elas se juntam de duas em duas cadeias globínicas para formar o grupamento heme: duas do tipo alfa e duas do tipo beta
5.2.1.1.1. Embrião: saco vitelino GOWER 1 (2 zetta e 2 epson). PORTLAND (2 zetta e 2 gama). GOWER 2 (2 alfa e 2 epson).
5.3. Grupo de doenças genéticas (hereditárias ou adquiridas) decorrente de anormalidades na estrutura da Hb devido à sintese anormal (anormalidade qualitativas) ou diminuição na síntese de cadeias normais alfa e beta da globina (anormalidade quantitativa).
5.3.1. Hereditárias: qualitativas (alt estruturais) ou quantitativas (talassemias). Adquiridas.
5.3.1.1. Qualitativas/variantes - alterações na estrutura por conta da substituição de um aa por outro. S, C, D e E. Quantitativas/talassemias: falta ou produção ineficiente das cadeias de globina. Alfa e Beta.
5.3.1.1.1. Qualitativas
5.3.1.1.2. Quantitativa
6. Coagulação
6.1. Homeostasia
6.1.1. Primária
6.1.1.1. Microcirculação: vasos sanguíneos, plaquetas e células endoteliais
6.1.1.1.1. Problemas: púrpuras.
6.1.2. Secundária
6.1.2.1. Vasos de grande calibre: plaquetas, células endoteliais, fatores da coagulação, sistema fibrinolítico, mecanismos antifibrinolíticos.
6.1.2.1.1. Problemas: coagulopatias.
6.1.3. Fases da homeostasia
6.1.3.1. 1. Fase vascular
6.1.3.1.1. Tromborregulação - células endoteliais.
6.1.3.2. 2. Fase plaqutária
6.1.3.2.1. Plaquetas são produzidas na MO através dos megacariócitos. Estimulação feita pela trombopoentina. Função: evitar hemorragias.
6.1.3.2.2. Adesão --> agregação --> secreção --> ativação pró-coagulante.
6.1.3.3. 3. Fase de coagulação
6.1.3.3.1. Substâncias de iniciação --> ativam proteólise --> ativam proteínas precursoras --> provocam a iniciação --> uma ativa a outra --> amplificação.
6.1.3.4. 4. Fase de fibrinólise
6.1.3.4.1. Destruição do coágulo.
6.1.4. Distúrbios plaquetários
6.1.4.1. Púrpuras: deficiência numérica ou funcional das plaquetas
6.1.4.1.1. Causas: queda na produção plaquetária, aumento da destruição plaquetária, retenção de quantidade maior de plaquetas, outras.
6.1.4.2. Trombocitoses: aumento no número de plaquetas
6.1.4.2.1. Causas: origem fisiológica, causa primária e secundária.
6.1.5. Coagulopatias
6.1.5.1. Hereditárias: hemofilia A e B, doença de VW... Adquiridas: deficiencia de vit k, doença hepática (fatores sao produzidos no fígado), inibidores da coagulação (ac), síndrome antifosfolipídeo, coagulação intravascular disseminada.
6.1.6. Trombose
6.1.6.1. solidificação dos constituintes normais do sangue, dentro do sistema cardiovascular
6.1.6.1.1. Lesão endotelial (processo inflamatório exacerbado ou por uma hipercolesterolemia, por ex. Temos uma hipercoagulabilide por algum motivo que estimula a celula endotelial a expressar esse gene pró-coagulante mt exacerbado. Pode ser hereditário ou não.
6.1.6.2. Hemostrasia primária: contagem de plaquetas, morfologia plaquetária, tempo de sangramento, testes de função plaquetária. Hemostasia secundária: tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada, dosagem de fator, dosagem de fibrinogênio, dosagem de d-dímero, diagnóstico molecular.
6.1.6.2.1. TAP - via extrinseca Vamos adicionar as substâncias que ativam a via extrinseca: calcio, fosfolipideos, fator tecidual.
6.1.6.2.2. Se o paciente aprenseta alteração nas duas, pode ser um problema no fator X.
6.1.6.3. Citometria de fluxo em plaquetas: quando ela é ativada, ela expressa na sua superfícia P-selectina. Quanto mais fluorescente, mais p-selectina.
6.1.6.3.1. aplicações: disfunções plaquetárias, grau de maturação das plaquetas, reconhecer presença de ac ligados a membrana plaquetária, detectar subpopulações e plaquetas.