Narrativas situadas em diversos tempos

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Narrativas situadas em diversos tempos von Mind Map: Narrativas situadas em diversos tempos

1. Insolitudes Acres

1.1. Texto: Insolitudes Acresm Híbridas e Fronteiriças: as disputas pelas identidades - Francisco Bento da Silva (Ufac)

1.2. Discentes: Alessandra Karoline e Jorge de Oliveira

2. Insólito III - Fronteiras e identidades diluídas

2.1. “Bienvenidos a Cobija, la perla del Acre” diz a placa na fronteira Brasil-Bolívia.

2.1.1. O polissêmico, ambivalente e indefinido Acre citado na placa, acaba sendo o vértice que aproxima brasileiros e bolivianos em fronteiras. Mas é uma aproximação que não tem a capacidade de fusão ou homogeneidade. Pelo contrário é heterogeneidade, separação, conflitos latentes e abertos, comércio e relações de trabalho desiguais, línguas misturadas e preconceitos em tons irônicos sempre latentes e presentes.

2.2. Outro monumento é um índio Tacana/boliviano mimetizado no outdoor chamado Bruno Racua.

2.2.1. Sua posição desafiadora, preparado para o ataque serve para lembrar da permanência de um passado não resolvido, de um passado acre, amargo para o “outro” derrotado e despossuído do seu antigo território.

2.2.1.1. O Acre em particular e a Amazônia em um contexto mais amplo, eram piores do que a Sibéria russa na visão de muitos que faziam essa associação ligeira entre esses dois ambientes naturais.

2.3. O Acre em particular e a Amazônia em um contexto mais amplo, eram piores do que a Sibéria russa na visão de muitos que faziam essa associação ligeira entre esses dois ambientes naturais

2.3.1. É recorrente essa alusão entre a Sibéria e a Amazônia — ou determinados lugares da Amazônia —, onde ambas são apontadas como sinônimas de lugares remotos, distantes dos seus centros administrativos, espaços de natureza hostil ao homem, vastos “desertos", regiões atrasadas e lugares de exílios, ambas funcionando como imensas prisões sem grades para os que lá estavam ou eram enviados.

3. Insólito IV - A megalomania

3.1. "Acre quer ser a Filândia brasileira" disse o então governador do Acre, Jorge Viana, em 2002 ao jornal Valor Econômico.

3.1.1. Além de megalomania, há uma dose de altivez rombuda, adoçada com muito mascaramento da realidade social e econômica do estado.

3.1.1.1. Há uma tentativa de reinventar o Acre e apresentá-lo no cenário nacional. Isso tudo articulado com a ideia de progresso, desenvolvimento e inserção do Acre nos parâmetros dos países dos países do chamado primeiro mundo e ambientalmente responsável.

4. A charge realça a feiura das mulheres identificadas como Graças. Três solteiras que foram do Rio de Janeiro para o Acre de homens solitários. Mulheres colonizadas pelo poder do gênero oposto.

4.1. Há uma erotização do espaço colonial, inseminado pela conquista discursiva, bélica, política e econômica do “civilizado” para que ele então possa ser dominado e explorado de forma justificada pelo adventício.

5. Insólito I - Piada e Problema

5.1. No Acre, nessa perspectiva, a figura feminina é narrada como um insólito objeto disputado por homens diversos em suas carências também diversas.

6. Insólito II - Charge e Solução

7. Acre visto como destituído de história, lugar anacrônico (fora do “tempo”), e observado pelo olhar colonizador.

8. Território de riquezas que deveriam servir aos interesses imperialistas e subalternamente aos das elites dirigentes bolivianas. Nessa perspectiva da conquista e da exploração econômica e humana, há um Acre que inicialmente não é de ninguém.

9. Espaço geográfico, unidade política e território socialmente vivido e distintas representações.