Romantismo no Brasil

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Romantismo no Brasil par Mind Map: Romantismo no Brasil

1. Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias (MA) em 10 de agosto de 1823. Era mestiço, filho de um comerciante português com uma cafuza (mestiça de negro e índio). Ainda em Portugal, escreveu sua famosa poesia “Canção do exílio”, a qual mostra o saudosismo do autor em regressar ao Brasil. Junto com Gonçalves de Magalhães, introdutor do Romantismo no Brasil. Sua obra abrange o nacionalismo de duas formas: na exaltação da pátria e na figura do índio. Na obra de Gonçalves Dias o índio é valente e digno de honra e os colonizadores são figurados como destruidores. Ainda em sua temática podemos notar outros temas do Romantismo, como o amor, a saudade, a melancolia. Além disso, compôs poesias sobre a natureza e a religiosidade.

2. Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 12 de setembro de 1831, em São Paulo. No entanto, foi no Rio de Janeiro que fez o curso primário. Voltou à capital paulista para cursar a faculdade de Direito em 1848. Neste período inicia sua produção poética e também os primeiros sintomas de sua tuberculose. Por influência do conhecimento da doença que possuía, Álvares de Azevedo desenvolveu uma verdadeira obsessão pela temática da morte, evidente nas cartas à família e aos amigos. É interessante observar a vida de Lord Byron em paralelo com a de Álvares de Azevedo, pois constatamos que esse herdou por livre iniciativa os traços ultrarromânticos do “mal do século” daquele. Além de um sentimento melancólico e do desencanto pela vida, Álvares de Azevedo também incorpora o sarcasmo, a ironia e a autodestruição de Musset. O poeta do Romantismo tem poucas publicações, apesar de muito conhecidas, pelo fato de morrer ainda jovem, aos 21 anos, em 25 de abril de 1852. Seu livro de contos “Noite na taverna” apresenta cenários escuros e personagens desolados com a vida que vêm no amor idealizado a solução para todos os males. Na poesia de Álvares de Azevedo, além da temática da morte, encontramos a realização amorosa como algo inatingível, mas que se fosse possível seria a felicidade completa. Então, surge a frustração do “eu-lírico”, o qual se volta novamente para a depressão, sofrimento e dor como escape.

3. Antônio Frederico de Castro Alves nasceu no dia 14 de março de 1847, em Curralinho (BA). Quando se mudou para o Recife, em 1862, iniciou a faculdade de Direito. Era conhecido por ser um poeta defensor das causas abolicionistas; seus poemas sobre a escravidão eram exaltados em festas e reuniões. Durante este período, Castro Alves conheceu a atriz portuguesa Eugênia Câmara, com quem manteve um relacionamento durante cinco anos. O irmão do escritor, José Antônio, o qual morava com o poeta em Recife, em razão de um distúrbio mental que o assolava, suicidou-se por volta de 1864. Na comemoração do dia da Independência, Castro Alves declamou pela primeira vez seu conhecido poema “Navio negreiro”. Pouco tempo depois, por volta de 1869, feriu o pé acidentalmente durante uma caçada, contudo, o ferimento agravou-se e o escritor foi obrigado a amputá-lo. Neste mesmo ano, sobreveio o agravamento da doença pulmonar do poeta, o que o fez retornar à Bahia em estado de tuberculose. Dois anos após, em 1871, o estado de saúde de Castro Alves piorou ainda mais e aos seis de julho o poeta faleceu em uma tarde banhada de sol, como era de seu desejo. Sua única obra publicada em vida foi “Espumas flutuantes” quando o poeta regressa à Bahia. Apesar da breve vida, Castro Alves vivenciou mudanças significativas na sociedade mundial e nacional: o socialismo cientificista e exacerbado de Marx e Engels, as idéias totalmente humanistas sobre a evolução de Darwin, a luta das classes operárias por melhores condições de emprego, a decadência da Monarquia e ascensão da República, a luta pela abolição da escravatura e a Guerra do Paraguai.

4. O Romantismo foi um dos principais movimentos de arte do século XIX e, no Brasil, teve como marco inicial a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836. Possuindo manifestações tanto em prosa quanto em verso, o Romantismo brasileiro é considerado um dos principais marcos da Literatura em nosso país. Uma das razões para isso é a importância da estética romântica para o momento histórico em que essa arte está inserida no Brasil: a chegada da Família Real e a reclassificação do território nacional, deixando de ser uma colônia de exploração e, doravante, passando a intitular-se Reino Unido a Portugal.

5. Fases do Romantismo na poesia Indianistas (Primeira Geração Romântica): tiveram como principal expoente o poeta Gonçalves Dias. Os poetas indianistas foram os mais nacionalistas entre os românticos. Em seus poemas, como o célebre I-Juca Pirama, nota-se a exaltação da natureza nacional e a construção do índio como herói brasileiro. Ultrarromânticos (Segunda Geração Romântica): também conhecida como byroniana ou spleen, é marcada pelo sentimentalismo acentuado, pessimismo e fuga da realidade — pela morte, pelo sonho, pela loucura ou pela arte. Os principais representantes desse grupo foram Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu. Condoreiros (Terceira Geração Romântica): chamada também de social ou hugoana (em homenagem ao escritor francês Victor Hugo, uma espécie de pai dessa geração), é notadamente marcada pela denúncia social. O principal escritor dessa vertente romântica, no Brasil, foi Castro Alves, e, em seus versos, percebe-se claramente um discurso combatente à escravidão vigente em país.

6. O Romantismo é o movimento artístico que representa a burguesia do século XVIII e XIX, ou seja, o movimento é o de uma produção da nova elite da sociedade, que havia superado os regimes absolutistas em diversos países. Por conta disso, os ideais dessa burguesia são aqueles presentes nas obras românticas. Alguns deles são:

7. -egocentrismo (culto ao “eu”; o indivíduo como centro da existência); -nacionalismo; -exaltação da natureza enquanto cúmplice do sujeito; -idealização do herói, do amor e da mulher; -fuga da realidade por meio da morte, do sonho, da loucura ou da arte. Para além dessas características gerais, vale ressaltar que as manifestações da poesia e da prosa, dentro do Romantismo, tiveram, cada uma, suas particularidades.