Períodos da história das línguas de sinais

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Períodos da história das línguas de sinais par Mind Map: Períodos da história das línguas de sinais

1. Idade Antiga (- 476 d.C)

1.1. Em Roma e Grécia, consideravam os surdos inválidos e um incômodo para a sociedade e até mesmo achavam que que eram pessoas castigadas ou enfeitiçadas, a questão era resolvida com abandono ou com a eliminação física

1.2. No Egito e Pérsia, os surdos eram considerados como criaturas privilegiadas, enviadas dos deuses, porque acreditavam que eles comunicavam em segredo com os deuses, mas os surdos viviam uma vida inativa e não eram educados

1.3. Heródoto classificava os surdos como "seres castigados pelos deuses"

1.4. Aristóteles acreditava que quando não se falavam, consequentemente não possuíam linguagem e tampouco pensamento

2. Idade Moderna (1453 – 1789)

2.1. Girolamo Cardano, médico filósofo, reconhecia a habilidade do surdo para a razão. Ele utilizava a língua de sinais com os surdos

2.2. Começou a surgir os primeiros educadores

2.2.1. Pedro Ponce de Leon

2.2.1.1. O monge beneditino Pedro Ponce de Leon, na Espanha, estabeleceu a primeira escola para surdos, inicialmente ensinava diversas áreas aos dois irmãos surdos, Francisco e Pedro Velasco; Francisco conquistou o direito de receber a herança como marquês de Berlanger e Pedro se tornou padre com a permissão do Papa

2.2.1.2. Ponce de Leon usava como metodologia a datilografia, escrita e oralização. Ele também criou escola para professores de surdos

2.2.2. Juan Pablo Bonet

2.2.2.1. Juan Pablo Bonet iniciou a educação com outro membro surdo da família Velasco, Dom Luís, através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto datilogia. Ele publicou o primeiro livro sobre educação de surdos em que expunha seu método oral. Bonet defendia o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos

2.2.3. John Bulwer

2.2.3.1. John Bulwer acreditava que a língua de sinais era universal e seus elementos constituídos icônicos, ele também afirmava que a língua de sinais era capaz de expressar os mesmos conceitos que a língua oral

2.2.4. Charles Michel de L'Epée

2.2.4.1. Charles Michel de L'Epée procurou instruir os surdos em sua própria casa, com as combinações de língua de sinais e gramática francesa sinalizada denominado de Sinais Metódicos. Ele fundou a primeira escola pública para os surdos "Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris" e treinou inúmeros professores para surdos. Também publicou sobre o ensino dos surdos e mudos por sinais metódicos

2.2.5. Jacob Rodrigues Pereire

2.2.5.1. Jacob Rodrigues Pereire foi provavelmente o primeiro professor de surdos na França, oralizou a sua irmã surda e utilizou o ensino de fala e de exercícios auditivos com os surdos

2.2.6. Thomas Braidwood

2.2.6.1. - Thomas Braidwood abriu a primeira escola para surdos na Inglaterra, ele ensinava aos surdos os significados das palavras e sua pronúncia, valorizando a leitura orofacial

2.3. Foram fundadas as primeiras escolas para surdos

2.4. Publicação do primeiro livro voltado para a educação de surdos

3. Idade Média (476 - 1453)

3.1. Não davam tratamento digno aos surdos, eram sujeitos estranhos e objetos de curiosidades da sociedade

3.2. Os surdos eram proibidos de receber a comunhão porque eram incapazes de confessar seus pecados, também haviam decretos bíblicos contra o casamento de duas pessoas surdas só sendo permitido aqueles que recebiam favor do Papa

3.3. Existiam leis que proibiam os surdos de receberem heranças e de votar

4. Idade Contemporânea ( 1789 - )

4.1. Criação de um código de símbolos chamado "Linguagem Visível", por Alexander Bell

4.1.1. Alexander Bell, professor de surdos, inventou um código de símbolos chamado "Linguagem Visível", sistema que utilizava desenhos dos lábios, garganta, língua, dentes e palato, para que os surdos repitam os movimentos e os sons indicados pelo professor

4.2. Chegada do professor Eduardo Huet ao Brasil a convite de Dom Pedro II

4.2.1. Eduardo Huet, professor surdo com experiência de mestrado e cursos em Paris, veio ao Brasil sob beneplácito do imperador Dom Pedro II, com a intenção de abrir uma escola para pessoas surdas

4.3. Fundação da primeira escola para surdos no Rio de Janeiro e surgimento da LIBRAS

4.3.1. Em 1857 foi fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro. Foi nessa escola que surgiu, da mistura da língua de sinais francesa com os sistemas já usados pelos surdos de várias regiões do Brasil, a LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais

4.4. Fundação da primeira universidade para surdos

4.4.1. Foi fundada a primeira universidade nacional para surdos "Universidade Gallaudet" em Washington, pelo filho de Thomas Gallaudet

4.5. Publicação do primeiro dicionário de língua de sinais no Brasil

4.6. Congresso de Milão de 1880

4.6.1. Em 1880, realizou-se Congresso Internacional de Surdo-Mudez, em Milão – Itália, onde o método oral foi votado o mais adequado a ser adotado pelas escolas de surdos e a língua de sinais foi proibida oficialmente alegando que a mesma destruía a capacidade da fala dos surdos, argumentando que os surdos são “preguiçosos” para falar, preferindo a usar a língua de sinais. O Alexander Graham Bell teve grande influência neste congresso. Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintes na área de surdez, todos defensores do oralismo puro (a maioria já havia empenhado muito antes de congresso em fazer prevalecer o método oral puro no ensino dos surdos). Na ocasião de votação na assembleia geral realizada no congresso todos os professores surdos foram negados o direito de votar e excluídos, dos 164 representantes presentes ouvintes, apenas 5 dos Estados Unidos votaram contra o oralismo puro.

4.7. Fundação de Instituições voltadas para surdos e de apoio no Brasil

4.7.1. Fundação da primeira escola para surdos no Rio de Janeiro, hoje Instituto Nacional de Educação de Surdos / INES

4.7.2. Foi criada a FENEIDA (Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos) composta apenas por pessoas ouvintes envolvidas com a problemática da surdez

4.7.3. Foi fundada a CBDS, Confederação Brasileira de desportos de Surdos, em São Paulo

4.7.4. Foi fundada a FENEIS– Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos , no Rio de Janeiro – Brasil, sendo que a mesma foi reestruturada da antiga ex-FENEIDA.

4.8. Reconhecimento da Língua de Sinais

4.8.1. A Federação Mundial de Surdos (WFD) teve grande influência na decisão da UNESCO, em 1984, no reconhecimento formal da Língua de Sinais como língua natural das pessoas surdas, garantindo o acesso de crianças surdas a ela o mais precocemente possível

4.9. Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como uma língua no Brasil