1. Gestaltismo
1.1. Descrição
1.1.1. Psicologia baseada na ideia da compreensão da totalidade para que haja a percepção das partes. Gestalt é uma palavra de origem germânica, com uma tradução aproximada de “forma” ou “figura".
1.2. Método
1.2.1. Através da observação do comportamento do cérebro ao longo do processo de percepção das formas e imagens. As Leis Básicas da Gestalt são: Semelhança, Proximidade, Continuidade, Pregnância, Fechamento e Unidade.
1.3. Objetivo
1.3.1. Estudar as sensações (dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico). As bases dessa teoria psicológica foram estruturadas a partir desses estudos, que estabeleciam a forma e sua percepção. Logo, tem por objetivo estudar a percepção e a sensação do movimento, os processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como este é percebido pelo sujeito.
1.4. Áreas de Aplicação
1.4.1. Na arte; na Psicologia Clínica; em Terapias; em Design.
1.5. Influências
1.5.1. Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer. Na Gestalt-Terapia, o alemão Fritz Perls.
2. Behaviorismo
2.1. Descrição
2.1.1. Também chamado de Comportamentalismo e Psicologia Comportamental, é um termo que abrange diversas teorias da psicologia que tem como principal objeto de estudo o comportamento.
2.2. Método
2.2.1. A obsevação, com e sem o uso de instrumentos - métodos de teste - o método de relato verbal - o método do reflexo condicional.
2.3. Área de Aplicação
2.3.1. Psicologia Clínica - Área Educacional - Na Administração de Empresas - Na Publicidade e Propaganda - Adestramento de animais.
2.4. Objeto
2.4.1. O behaviorismo contempla o comportamento como uma forma funcional e reacional de organismos vivos. Esta corrente psicológica não aceita qualquer relação com o transcendental, com a introspecção e aspectos filosóficos, mas pretende estudar comportamentos objetivos que podem ser observados.
2.5. Influências
2.5.1. Vladimir Mikhailovich Bechterev - Clark L Hull - Ivan Petrovich Pavlov - John B. Watson - Burrhus F. Skinner - C. Lloyd Morgan - Edward C. Tolman - J.R. Kantor - Joseph Wolpe
2.6. Behaviorismo Metodológico
2.6.1. John B. Watson
2.6.2. Consiste na teoria explicativa do comportamento publicamente observável da Psicologia, a qual postula que esta deve ocupar-se do comportamento animal (humano e não humano) apenas quando for possível uma observação pública para obter uma mensuração, ao invés de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou influenciar tais comportamentos. Assim o behaviorismo metodológico acredita na existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento.
2.7. Behaviorismo Radical
2.7.1. Burrhus F. Skinner
2.7.2. Skinner era um antimentalista, ou seja, rejeitava como causas do comportamento entidades mentais como cognição, id, ego e superego, inconsciente coletivo etc. Skinnner não nega a existência dos processos mentais, mas nega que eles são as causas do comportamento. O behaviorismo radical se opõe ao behaviorismo metodológico de Watson, que acreditava na existência de processos mentais, e as ideias Guthrie, de Tolman e de Hull que pressupõem um estado de consciência ou processamento cognitivo, mediante a aprendizagem. Segundo a visão monista de Skinner o ser humano é uma entidade única, e não é dividido entre corpo e mente, ou seja, para Skinner tudo o que estamos acostumados a considerar como mental (pensamentos, emoções, desejos, criatividade, impulsos e etc.) pode ser entendido como comportamento.
3. Estruturalismo
3.1. Descrição
3.1.1. O estruturalismo foi a primeira escola de psicologia focada em quebrar processos mentais para os componentes mais básicos. Tal teoria tem como fundamento o estudo de todos os conteúdos e componentes mentais e a conexão mecânica dos mesmos mediante um processo de associação. Porém, uma curiosidade interessante é que o estruturalismo descarta totalmente o pensamento de que a percepção humana, ou seja, o processo pelo qual cada um de nós percebe o mundo e o interpreta de maneira diferente, tenha qualquer tipo de participação neste processo.
3.2. Método
3.2.1. A base de estudos de Titchener era formada então por meio de elementos propriamente ditos, já que para o autor a psicologia deveria trabalhar unicamente na descoberta das experiências conscientes e elementares, a fim de determinar a sua estrutura por meio da análise de cada uma das partes que a compõem.
3.3. Objetivo
3.3.1. Titchener mantinha como principal objeto de estudo a estrutura da nossa mente, ou melhor, as sensações conscientes provocadas pela mesma. Com base nesta perspectiva o principal intuito de tal estudo era chegar às mais profundas experiências conscientes da nossa mente por meio do processo de introspecção.
3.4. Influências
3.4.1. Edward B. Titchener
4. Voluntarismo
4.1. Descrição
4.1.1. Voluntarismo é a ideia que a mente é capaz de organizar o conteúdo mental em processos de pensamentos de nível mais elevado. Segundo Saulo Araújo, a definição de psicologia apresentada por Wundt pode ser assim resumida: a psicologia é uma ciência empírica cujo objeto de estudo é a experiência interna ou imediata (cf. Wundt, 1896a, 1896b).
4.2. Método
4.2.1. O experimento e a observação. O primeiro consiste na interferência proposital (manipulação) do pesquisador sobre o início, a duração e o modo de apresentação dos fenômenos investigados (como na física, na química e na fisiologia). A observação, propriamente dita, refere-se à mera apreensão de fenômenos ou objetos, sem que haja qualquer interferência por parte do observador (como na botânica, na anatomia e na astronomia).
4.3. Objetivo
4.3.1. Baseado nos escritos de Saulo Araújo, o objetivo era fundar uma nova psicologia - autônoma e independente de teorias metafísicas.
4.4. Influências
4.4.1. Wilhelm Maximilian Wundt
5. Funcionalismo
5.1. Descrição
5.1.1. O Funcionalismo procura explicar os processos mentais de uma forma mais sistemática e precisa. Ao invés de focar nos elementos de consciência, o Funcionalismo foca no objetivo da consciência e comportamento. Além disso também enfatizou as diferenças individuais, que tiveram um profundo impacto na educação.
5.2. Método
5.2.1. Estava interessado em processos psicológicos ou operações e não em conteúdos. Não se restringiu a um único método, pois aceitava outras metodologias, o que acabou ampliando a área de estudo da psicologia americana (principais métodos eram a introspecção e método comparativo).
5.3. Objetivo
5.3.1. Buscava o estudo das funções da consciência. Posteriormente o interesse recaiu sobre a aplicação da psicologia aos problemas do dia-a-dia, do comportamento e a adaptação ao ambiente.
5.4. Influências
5.4.1. William James - Charles Darwin - Francis Galton - John Dewey - Harvey Carr - John Angell.
6. Psicologia Social
6.1. Descrição
6.1.1. Aborda as relações entre os membros de um grupo social. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais. Um postulado básico dessa disciplina é que as pessoas, por mais diversificadas que sejam, apresentam socialmente um comportamento distinto do que expressariam se estivessem isoladas, pois imersas na massa elas se encontram imbuídas de uma mente coletiva. É esta instância que as leva a agir de uma forma diferente da que assumiriam individualmente.
6.2. Objeto
6.2.1. Entender os “como” e os “porquê” do comportamento social, analisando todos os contextos do processo de influência social: - interação pessoa/pessoa; - interação pessoa/grupo; - interação grupo/grupo.
6.3. Método
6.3.1. Estuda as relações interpessoais - comunicação; - influências; - conflitos; - autoridade; - etc. Investiga os fatores psicológicos da vida social: - estatuto social; - liderança; - estereótipos; - etc. Analisa os fatores sociais da Psicologia Humana - motivação; - atitudes; - opiniões; - preconceitos; - etc.
6.4. Áreas de Aplicação
6.4.1. Psicologia Escolar - Psicologia Jurídica - Psicologia Organizacional e do Trabalho - Psicologia de Trânsito - Psicologia do Esporte - Psicopedagogia - Psicomotricidade - Psicologia Hospitalar - Psicologia Clínica
6.5. Influências
6.5.1. Gustave Le Bom - Émile Durkheim Max Weber - Sigmund Freud - Carl Gustav Jung - George Herbert Mead - Kur Lewin - Enrique Pichon Riviere - Lev Vygotsky
7. Psicanálise
7.1. Descrição
7.1.1. Consiste em um ramo clínico teórico que se ocupa em explicar o funcionamento da mente humana, ajudando a tratar distúrbios mentais e neuroses.
7.2. Área de Aplicação
7.2.1. Psicologia Clínica; Pesquisa e ensino.
7.3. Método
7.3.1. O principal método da psicanálise é a interpretação da transferência e da resistência com análise da livre associação. O tratamento consiste em: 1- Livre associação de idéias; 2- Interpretação de sonhos; 3- Análise dos atos falhos.
7.4. Objeto
7.4.1. Investigar e compreender o inconsciente para assim tratar as psiconeuroses que acometem os seres humanos. O estudo da psicanálise concentra-se na relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos vividos pelas pessoas.
7.5. Influências
7.5.1. Sigismund Schlomo Freud - Carl Gustav Jung