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MóduloI- Roteiro 4 por Mind Map: MóduloI- Roteiro 4

1. Método (O livro dos espíritos, Int. item 8)

1.1. Continuidade

1.1.1. Estudar o que se sabe a respeito de determinado assunto. Não somente o que a doutrina espírita fala, mas a ciência e outras abordagens

1.2. Regularidade

1.2.1. Frequência nos estudos para reforçar e aumentar a atividade dos centros de memória e as conexões entre elas

1.2.2. Redes semânticas: conjunto de memórias conectadas e existentes na parte mais evoluída do cérebro, o neocórtex

1.2.3. Redes neurais: conjunto de neurônios que formam ligações nervosas favorecendo acesso a determinadas partes do cérebro

1.3. Recolhimento indispensável

1.3.1. Aplicação

1.3.2. Poder de crítica

1.3.2.1. Análise

1.3.2.2. Avaliação

1.4. Falhas

1.4.1. Julgar sem, a princípio, conhecer tudo.

1.4.2. Julgar x Rotular: todos julgamos a todo tempo pois isso é próprio de quem pensa. Ao analisar, comparar e relacionar partes e suas interferências e impactos mútuos estamos julgando. O problema ocorre quando criamos rótulos. Tudo que é rotulado é diminuído nada é só o que se nomeia...

1.5. Virtudes

1.5.1. Perseverança

1.5.2. Firme e Sincera vontade de chegar a um resultado

2. Objetivo III: Analisar e avaliar apresentação e as seguintes questões:

2.1. Como foi a apresentação do grupo?

2.1.1. Coerência: início, meio e fim?

2.1.2. Coesão: Conseguiu estabelecer conexões entre as partes expostas?

2.1.3. Desenvolvimento: poder de síntese, manutenção do foco no assunto e abrangência de todo o tema.

2.1.4. Quais foram as contribuições trazidas pelo grupo?

3. Roteiro 4: Pontos principais da Doutrina Espírita. Ref. O livro dos espíritos. Introdução.

3.1. Objetivo I do estudo: compreender pontos principais da doutrina segundo a introdução de "O livros dos espíritos"

3.1.1. Deus: inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Ref. O livro dos espíritos. , cap. I.

3.1.1.1. Eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

3.1.1.2. Criador do universo com tudo o que existe nele seja material ou imaterial, animado ou inanimado.

3.1.1.3. Dentre todas as criaturas Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos

3.1.1.3.1. Note que aqui está Espírito com "E" e não com "e", o que pressupõe que além do princípio inteligente há individualidade e a dotação de livre-arbítrio.

3.1.1.4. Existem, portanto 3 elementos no Universo: o elemento material, o espiritual e Deus. Ref. O livro dos espíritos. , p. 27

3.1.1.4.1. Onde há matéria, há a atuação da lei de causa e efeito que só ela pode manifestar. Daí o homem poder evoluir somente por meio da reencarnação.

3.1.2. O mundo habitado pelos espíritos e processos de encarnação e desencarnação

3.1.2.1. Encarnados: constituem o mundo visível ou corpóreo (para quem está na matéria). É secundário, material e pode deixar de existir sem que o mundo espírita se altere. Ref. O livro dos espíritos. , p. 85

3.1.2.1.1. Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material e perecível, a isso dá-se o nome de encarnação. Ao espírito quando encarnado, em sentido específico, dá-se o nome de alma. Em sentido amplo espírito pode ser igual a alma.

3.1.2.1.2. Homem encarnado possui: 1- o corpo (animado pelo princípio vital, dá vida a matéria); 2- a alma: Espírito dotado de princípio inteligente e livre-arbítrio; 3 - Perispírito: invólucro semimaterial que prende o corpo ao espírito. Ref. O livro dos espíritos. , p. 135 e 135-a

3.1.2.1.3. Morte: a destruição do corpo e fim do princípio vital.

3.1.2.1.4. Desencarnação: processo de extinção dos laços que unem o perispírito ao corpo. Com isso o espírito fica ligado somente ao perispírito.

3.1.2.2. Desencarnados: habitam o mundo espírita, imaterial, que é o mundo normal, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. Ref. O livro dos espíritos. , p. 85

3.1.2.2.1. espírito: é o princípio inteligente do Universo. Ref. O livro dos espíritos. , cap. I. p.23

3.1.2.2.2. Pertencem a diferente ordens: Ref. O livro dos espíritos. , p. 97, 100-

3.1.2.2.3. Perispírito: envoltório semimaterial que envolve o espírito feito do fluido cósmico universal de cada globo (mundo). Quando espíritos superiores vêm ao nosso mundo é necessário que se revistam da nossa matéria. Ref. O livro dos espíritos. , p. 94

3.1.3. Evolução dos Espíritos e existência de outros mundos. Ref. O livro dos espíritos. , p. 114-127

3.1.3.1. O Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria, essa melhora se efetua por meio da encarnação. Ref. O livro dos espíritos. p.132

3.1.3.2. A vida material é uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, até que hajam atingido a absoluta perfeição moral.

3.1.3.2.1. A velocidade desse progresso depende de seus próprios esforços daí habitarem diferentes mundos conforme a sua evolução

3.1.3.2.2. Os não encarnados ou errantes não ocupam uma determinada região específica.

3.1.3.3. O Espírito não podem retrogradar mas podem permanecer estacionados. Seria um erro daí, acreditar que ele possa encarnar no corpo de um animal.

3.1.4. Relação entre encarnados e desencarnados

3.1.4.1. Os Espíritos exercem constante influência no mundo moral e mesmo físico

3.1.4.2. As comunicações são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós por meio de inspirações. As ostensivas se dão por meio espontâneo ou por evocações. Ref. O livro dos espíritos. , p. 460

3.1.4.3. Podemos neutralizar a influência dos Espíritos maus fazendo o bem e elevando o pensamento a Deus. Ref. O livro dos espíritos. , p. 469

3.1.5. Entendimento sobre fé é algo novo para as religiões ocidentais. Ela é tratada por meio da liberdade de questionamento e raciocínio, portanto, não existe uma verdade, mas a verdade individual. A fé surge em função da compreensão obtida a respeito das explicações e provas dos fenômenos estudados.

3.1.5.1. Uma crença natural é da reencarnação como forma de evolução intelectual e moral.

3.1.5.2. Outra é a libertação gradativa do sofrimento conforme a evolução do espírito.

3.1.5.3. Um outro pilar é a existência dos espíritos e o entendimento que eles podem nos influenciar.

3.1.6. Livros: O Pentateuco Espírita: O livros dos espíritos, O livros dos Médiuns, O céu e o inferno, O evangelho segundo o espiritismo e A gênese.

3.2. Objetivo II: entender como são esses pontos segundo outras abordagens

3.2.1. Religiões

3.2.1.1. Religiões Abraâmicas

3.2.1.1.1. As religiões Abraâmicas são aquelas que seguem a linhagem de grandes profetas que começa com Abraão, passam por Moisés, e acreditam que o messias já chegou (Cristianismo e Islamismo) ou não (judaísmo) na terra.

3.2.1.1.2. Judaísmo (livro-base é a Bíblia hebraica, basicamente o velho testamento, que tem 3 partes a Torá, Profetas e o Zohar obra chave da Cabala, conhecimento místico judeu) : Deus, chamado de Yavé, poderia se manifestar de várias maneiras ou como um ser externo e imaterial, porém, com super poderes ou em vez disso, como uma parte inseparável que está inclusive dentro do ser. Para os judeus Deus é um conceito chave, pois eles se veem como "o povo escolhido por Ele" e, portanto, seriam privilegiados em relação as outras nações. Lembrando que segundo a bíblia, Isaac, filho de Abraão teve 2 filhos: Esaú e Jacó, Deus teria mudado o nome de Jacó para Israel. Os 12 filhos de Israel deram origem a 12 tribos (os israelitas). No séc.X a.C. os israelitas foram aglutinados em 2 reinos, as tribos do sul formaram o Reino de Judá e as do norte de Israel. Em 722 a.C. os babilônios dominaram os 2 reinos e o povo de Judá sobreviveu e formaram uma religião distinta, o judaísmo e seus praticantes são os judeus embora ainda se considerem israelitas. Com a formação do Estado de Israel, após a 2º Guerra Mundial, os cidadãos de Israel são chamados israelenses.

3.2.1.1.3. Cristianismo (catolicismo) (livro-base A Bíblia): Deus ao mesmo tempo uno e trino em sua manifestação. Deus pai é o criador de tudo e infinitamente bom e justo, enviou seu filho Jesus que foi um canal direto dele para ensinar o amor aos homens e quando subisse aos céus deixaria o Espírito Santo que é o Espírito de Deus que transforma a vida daqueles que seguem a Deus.

3.2.1.1.4. Islamismo (submissão a vontade de Deus) (livro-base o Alcorão): acreditam que Jesus (chamam de Isa) foi um grande profeta, mas não divino e tampouco o último, este teria sido Maomé. Deus, chamado pelos muçulmanos de Alá é o criador do universo e juiz da humanidade. Assim, como as demais religiões abraâmicas Deus tem características antropomórficas mas entendem que a realidade de Alá, seu mistérios são inacessíveis.

3.2.1.2. Hinduísmo (livros-base os Vedas (considerado o mais importante), Upanishadas, Mahabharata, o Ramayana e o Bhragavad Gita): o conceito chave de Deus para o hinduísmo é a sua trindade: Brahma (o criador), Vishnu (o mantenedor) e Shiva (o destruidor). A união dos 3 é representada pelo Aum (símbolo que está acima e pronuncia-se Om). Atualmente existem 4 formas de hinduísmo- Shivaísmo, Shaktismo, Vaishnavismo e o Smartismo. No hinduísmo Smarta acredita que um único espírito universal, Brahma, pode adotar vários aspectos de milhares de deuses. Nos outros 3 primeiros há uma concentração maior em Vishnu e Shiva, o destruidor.

3.2.1.2.1. Há 4 varnas (classes) de homens: os brâmanes (sacerdotes), os xátrias (guerreiros), os vaixás (comerciantes) e os sudras (trabalhadores). Todas as classes seriam importantes para o correto ordenamento do mundo. Somente os brâmanes eram considerados superiores. Ninguém nasce brâmane ou excluído, essa classificação depende da nobreza de suas ações. Para se desenvolver é preciso encontrar o seu lugar no mundo e entregar-se a ele. Todos precisam de um guru, que irá guiá-lo pelos ensinamentos a se tornar melhor e caminhar nessas classes.

3.2.1.2.2. Reencarnação

3.2.1.2.3. A fé hinduísta é de que ele não é somente uma religião, mas a união entre a intuição e a razão, algo que não pode ser explicado, somente vivido. Existe algo além dos aspectos físicos e mentais, o atman que não pode ser nada mais do que o brahman, a realidade única e absoluta. Por meio dos nossos sentidos consideramos Ele, uma entidade separada de nós, mas isso não representa a verdade absoluta que é invisível "como a aparência da água que tem sal dissolvido nela" mas que quando provada percebe-se que há algo a mais.

3.2.1.3. Budismo (livro-base Dharmmapada) : existem várias correntes budistas, mas nenhuma é teísta, ou seja, eles não têm o conceito de Deus. O 14º Dalai Lama, por exemplo, não considera o budismo uma religião e sim uma "ciência da mente". O mais perto que existe sobre o conceito de Deus são os Devas ou deidades que conseguiram atingir a iluminação. Não haverá nenhum Deus que salvará a humanidade e sim a sabedoria, portanto, abandone a fé cega e aprenda a raciocinar. Ref. O universo em um átomo. Dalai Lama.

3.2.1.3.1. O desenvolvimento do homem segundo o budismo: vem de adotar o caminho do meio. O conforto material não é capaz de nos livrar do sofrimento. A negação do conforto material também não nos protege do sofrimento. É preciso equilíbrio e disciplina para encontrar o caminho do meio entre os dois.

3.2.1.3.2. Reencarnação: o budismo de forma extremamente racional acredita em reencarnação enquanto permanecerem as causas e condições para que elas se deem, ou seja, enquanto for necessário para nossa evolução.

3.2.1.3.3. A fé budista tem total relação com o processo interior de descoberta das causas e condições que podem favorecer a identificação do homem com sua essência. O espírito, que é imortal e desmaterializado, portanto, não sujeito ao sofrimento é o destino último, ou seja, sem a necessidade de matéria. A felicidade é algo tão sublime e sutil que somente com o treinamento mental podemos senti-la na essência, que não dá causa a nenhuma tristeza futura oriunda do apego e do desejo de alcança-la.

3.2.1.4. Zoroastrismo (livros-base Avestá e os Gathas) : Ahura Mazda também chamado de Ohrmazd é considerado o sábio criador, Deus único e supremo, fonte de todo o bem e que representa ordem e verdade em contraposição à maldade e ao caos. Ref. O livro das religiões. p. 62

3.2.1.4.1. O desenvolvimento humano: Os zoroastristas acreditam que o homem nasceu bom e comete o mal por influência de um anjo decaído chamado Ahriman. Ahura Mazda (o Deus supremo) deu a todo ser humano o livre arbítrio e cabe a eles escolherem o que é bom sob inteira responsabilidade moral e pessoal de cada um.

3.2.1.4.2. Reencaranação: acreditam que as pessoas passarão tantas vezes pelo inferno (Terra) que se purificarão e no fim dos tempos elas deixarão de comer carne, depois leite, depois vegetais e por último água, não precisarão de mais nada. O mundo terá um novo início mas dessa vez será puro e imaculado.

3.2.1.5. Taoísmo (livro-base Tao te ching- O livro do caminho e da virtude): religião e filosofia naturalista que acredita no TAO, ou seja, o espaço generoso que a tudo acolhe e as leis nele contidas, isso é entendido como Deus. Tao significa "caminho" assim, quando conseguimos enxergar o caminho, alcançamos Deus que está em tudo. Na Terra, o Tao está na sabedoria contida na natureza.

3.2.1.5.1. O desenvolvimento do homem se dá pelo alinhamento dele com o Tao, que permanece inalterado enquanto tudo flui ao seu redor. Quando aprendemos a agir sem interromper esses fluxos causados pelas leis do Tao, viveremos de modo simples e em harmonia com a natureza. Por meio da meditação e da inação aprendemos a aceitar o caminho do universo.

3.2.1.5.2. Não há explicitamente nada sobre reencarnação no Tao te ching, apenas de forma sutil.

3.2.1.5.3. A fé vem do conhecimento do Tao que deve ser aprendido com a natureza que expressa sua sabedoria pelo fluxo natural das coisas. Tudo é simbólico e tem um conhecimento implícito que só pode ser depreendido por aqueles que conseguem meditar e entender o fluxo das coisas. Na inação consegue-se perceber o conhecimento intrínseco que há em tudo o que o cerca, essa compreensão pode fazer o homem entender a realidade e acompanhar o fluxo das coisas, aproximando-o da felicidade.