1. Quanto ao tipo/presença de armadura
1.1. Concreto Simples Estrutural
1.1.1. Não possui qualquer tipo de armadura ou que a possuem em quantidade inferior ao mínimo exigido para o Concreto Armado (NBR 6118/2014)
1.2. Concreto Armado
1.2.1. Cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura passiva (NBR 6118/2014)
1.3. Concreto Protendido
1.3.1. Aquele nos quais parte das armaduras é previamente alongada porvequipamentos especiais de protensão, com a finalidade de em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no ELU. (NBR 6118/2014)
2. Quanto ao tipo de agregado
2.1. Concreto Convencional
2.1.1. Aqueles em que os agregados são os usuais na construção civil, composto por: Água, cimento, agregado miúdo (areias), agregado graúdo (brita).
2.2. Concreto com agregados densos ou pesados
2.2.1. Agregado de elevada massa específica (≥ 3 000 kg/m3), como, por exemplo, barita, magnetita, limonia e hematita (NBR 12655/2015)
2.3. Concretos Leves
2.3.1. Se caracterizam pela redução da massa específica em relação aos concretos convencionais, consequência da substituição de parte dos materiais sólidos por ar (Definição livro PINI-Concreto Leve Estrutural)
2.3.1.1. Concreto com agregado leve
2.3.1.1.1. Com substituição total ou parcial dos agregados convencionais por agregados leves. Agregado leve, segundo a NBR 12655 (2015) é aquele com baixa massa específica (= 2000 Kgf/m³), como por exemplo: argila expandida, escória siderúrgica, vermiculita, ardósia, resíduos de esgoto sinterizados, EPS e outros. São os únicos concretos produzidos que podem atingir resistências aceitáveis para fins estruturais (>= C20 Mpa)
2.3.1.2. Concreto Celular ou Aerado
2.3.1.2.1. Concreto leve obtido pela introdução nas argamassas, de bolhas de ar, através da ação de produtos acrescentados.
3. Outros tipos:
3.1. Concreto Ciclópico
3.1.1. Ou "Fundo de pedra argamassada". É a incorporação de pedras denominadas "pedras de mão" ou "matação" ao concreto pronto. Essas pedras não fazem parte da dosagem do concreto e não são colocadas no caminhão betoneira, mas diretamente no local onde o concreto foi aplicado. Uso: muros, barragens...
3.2. Concreto Massa
3.2.1. Concreto utilizado em peças de grandes dimensões e caracterizado por consumos baixos de cimento, agregados de elevado diâmetro máximo e com geração de baixa quantidade de calor de hidratação.Segundo FURNAS: " É aquele que, ao ser aplicado numa estrutura, requer a tomada de precauções que evitem fissurações derivadas do seu comportamento térmico" Obs.: Precauções: Concreto resfriado* ou passagem de água fria em instalações embutidas no concreto.
3.3. Concreto resfriado
3.3.1. é aquele que tem a temperatura de lançamento reduzida, através da adição de gelo à mistura, em substituição total ou parcial da água da dosagem. Sua adição tem como objetivo principal, a redução das tenções térmicas, através da diminuição do calor de hidratação nas primeiras horas. Este procedimento, além de evitar fissuras, mantém por mais tempo a trabalhabilidade e gera uma melhor evolução da resistência à compressão.
3.4. CRF (Concreto Reforçado com Fibras)
3.4.1. Concreto convencional contendo fibras discretas descontinuadas. Pode conter pozolana ou outro aditivo. Papel das fibras: como são descontínuas e distribuídas aleatoriamente, tem papel de atravessar fissuras que se formam no concreto. As fibras provocam uma certa ductilidade após a fissuração. * Ela não impede a formação de fissuras.Apenas minimiza, reduzindo a abertura. Não podem substituir a armadura de aço. Tipos: fibras de aço, polipropileno, carbono (+resistentes), microsílica...
3.5. CCR (Concreto Compactado a Rolo)
3.5.1. É o concreto rolado. Um concreto seco, com consistência e trabalhabilidade tal que permita sua compactação através de rolos compactadores. Uso: Pavimentação e barragens. Principal característica: Consistência SECA que permite o lançamento de uma próxima camada de concreto logo após a anterior já ter sido finalizada. Normas: NBR 16312 e DNIT 056/2013.
4. BIO - CONCRETO
4.1. É um concreto autorregenerativo a partir da inserção de matéria viva, como bactérias .Uma opção mais barata e sustentável que aumenta o tempo de vida de edificações. Para função de regeneração da estrutura, a bactéria deve liberar calcário como produto de sua digestão. Justamente esse calcário preenche o espaço aberto em fissuras ou rachaduras. Já para sobreviver ao ambiente hostil (como o alto pH do concreto), ela deveria ser capaz de formar endósporos, uma estrutura de proteção que permita que ela sobreviva em estado inativo por longos períodos. Ver mais em: Bio-concreto: conheça o concreto que se autorregenera | Blog Atex Brasil http://www.pecc.unb.br/wp-content/uploads/dissertacoes/M16-16A-Mirellen-Moreira.pdf
5. Quanto a Massa Específica:
5.1. Conreto Normal (C)
5.1.1. 2000 a 2800 kg/m³
5.2. Concreto Leve (CL)
5.2.1. <2000 Kg/m³
5.3. Concreto Denso (CD)
5.3.1. >2800 kg/m³
6. Quanto a função estrutural:
6.1. Sem função estrutural
6.1.1. Resistência característica do concreto a compressão < C20 (MPa)
6.2. Com função Estrutural
6.2.1. Resistência Caracterísitca do concreto à compressão ≥ C20 (MPa)
7. CAD (Concretos de Alto Desempenho)
7.1. São misturas de concreto que possuem 3 propriedades: - Alta trabalhabilidade -Alta resistência -Alta durabilidade Possuem relação A/C menor 0,4. Apresentam em sua composição ADITIVOS SUPERPLASTIFICANTES (redutores de consumo de cimento, redutores de água e plastificantes) e ADIÇÕES (microsílica, metacaulim, escória de alto forno entre 5% a 15% da massa do concreto)
7.1.1. CAR (Concreto de Alta Resistência)
7.1.1.1. concreto com classe de resistência à compressão do grupo II da ABNT NBR 8953 (maior que C50) -Definição NBR 12655/15
7.1.2. CAA (Concreto Auto Adensável)
7.1.2.1. Concreto que é capaz de fluir, auto adensar pelo seu peso próprio, preencher forma e passar por embutidos (armaduras...), enquanto mantém sua homogeneidade (ausência de segregação) nas etapas de mistura, transporte, lançamento e acabamento ( NBR 15823/2010). Somente será um CAA se 3 propriedades forem alcançadas simultaneamente: 1) Fluidez (preencher os espaços); 2) Coesão (habilidade passante); 3) Resistência à segregação. PROIBIDO: Uso de adensadores. Materiais: água, ar, brita, finos, areia, brita (até 19 mm) , aditivos superplastificantes e adições minerais;
7.1.3. CUAD (Concreto de Ultra Alto Desempenho)
7.1.3.1. Tecnologia de ponta. Resistência entre 200 a 800 Mpa. É autoadensável, reforçado com microfibras, a/c entre 0,15 e 0,20.
7.1.4. CPR (Concreto pós reativos)
7.1.4.1. É um tipo de CUAD. Dispensa armadura passiva; impermeável a água e gases.
8. Concretos Estruturais (NBR 6118)
8.1. Concreto Armado
8.1.1. É aquele cujo comportamento depende da aderência entre concreto e armadura passiva (NBR 6118)
8.2. Concreto simples estrutural
8.2.1. Não possuem qualquer tipo de armadura ou que a possuem em quantidade inferior ao mínimo exigido. (NBR 6118). A NBR 6118 no item 24 trata das estruturas de concreto simples.
8.3. Concreto Protendido
8.3.1. Aquele no qual parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensão, com a finalidade de em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no ELU (NBR 6118)