GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA

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1. Etapas do processo orçamentário O processo de implantação da gestão orçamentária dar-se-á em etapas sequenciais. As etapas são como degraus de uma escada que devem ser superados passo a passo. Cada degrau possui metas a serem superadas viabilizando o inicio do próximo passo (próximo degrau). • 1ª Etapa – Planejamento do processo orçamentário: é a fase inicial em que se respondem quatro perguntas. O que fazer? Como fazer? Quando fazer? E quem executará? • 2ª Etapa – Estabelecimento de premissas: que consiste na fixação das prioridades essenciais para a elaboração das previsões orçamentárias; • 3ª Etapa – Coleta de dados: procedimentos previamente definidos no planejamento para que as informações sejam coletadas adequadamente; • 4ª Etapa - Consolidação dos dados: ações de apuração dos dados coletados para avaliação das metas e resultados orçamentários; • 5ª Etapa – Execução orçamentária: ações operacionais realizadas para viabilizar o cumprimento das metas e objetivos orçamentários; • 6ª Etapa – Revisão orçamentária: reavaliação dos planos orçamentários para ajusta-los a novos cenários organizacionais e/ou mercadológicos; • 7ª Etapa – Orçamentos parciais: procedimento de acompanhamento das metas durante o decorrer do horizonte do período orçamentário.

2. TIPOS DE ORÇAMENTO

2.1. Orçamento por Projeto: É empregado quando para cada empreendimento os controles de ingressos, investimentos e saídas são segregados. São orçamentos específicos, porém parte de um orçamento geral.

2.2. Orçamento Incremental: Sua base é o principio de que o dispêndio ocorrido no período passado constituí referencia para orçamento do gasto do período seguinte.

2.3. Orçamento Base Zero (OBZ):Objetivo: Seu objetivo é examinar o custo-benefício ou análise de evolução de todos os processos, projetos e atividades, iniciando da estaca zero, foco nos objetivos e metas dos gestores para uma estimativa de vendas, fabricação e outras peças orçamentárias, sendo assim, o OBZ leva mais tempo para sua elaboração e contrapartida conduz a um resultado acertado. Temos os tipos de perguntas que ao elaborar o OBZ devemos analisar: O que gastar? Quanto gastar? Como gastar? Onde gastar? Por que gastar?

2.4. Orçamento Ajustado: Objetivo: Seu objetivo é a organização obter uma saída, uma alternativa conforme o planejamento da quantidade da fabricação e vendas ou de outras variáveis. O orçamento fica modificado a partir do orçamento inicial.

2.5. Orçamento Rolling ou Contínuo: Objetivo: Analisar naquele período que foi elaborado o orçamento, o que deu certo e o que deu errado e assim projetar um novo orçamento a fim de diferenciar o que deu errado, contudo analisar detalhadamente as receitas e as despesas para ter base para a elaboração do período futuro. O orçamento contínuo cobre em torno de 12 meses, sendo que se pode revisa-lo mensalmente, trimestralmente e semestralmente, resultando em um orçamento mais claro e detalhado.

2.6. Orçamento Flexível; Objetivo: Serve para auxiliar a empresa a calcular sua capacidade e assim prever seus custos para vários níveis de atividades. O orçamento flexível somente torna-se eficaz quando a empresa consegue calcular o que cada empregado produz o que cada máquina ou computador produz e o que cada metro quadrado a fábrica produz, assim os gestores conseguem se preparar para o inesperado.

2.7. Orçamento Estático: Objetivo: É focada nos resultados de um único plano, uma única atividade, uma vez que ele é elaborado ele não muda, fica estático, parado, permanece sem alterações desde seu princípio. Esse tipo de orçamento não se ajusta a mudanças.

2.8. Orçamento por atividade: Toma por base uma estrutura de custeio baseado em atividades.

2.9. Orçamento Perpétuo: Pressupõe um estudo apurado de processos buscando-se entender a relação entre os eventos e a maneira com que seus efeitos impactam sobre o desempenho da entidade.

2.10. Orçamento de vendas: O objetivo é estimar o nível de atividades futuras da empresa, volume de vendas é o fator limitante para este processo orçamentário.

2.10.1. Orçamento preço de vendas: consiste em apresentar os preços por produtos e seus respectivos negócios.

2.10.2. Orçamento de Quantidade: Estimativa de quantidades mensais por produtos e por mercado.

2.10.3. Orçamento da receita de vendas: Considera a receita bruta e liquida dos tributos sobre vendas . projeta saldo de contas a receber de clientes mês a mês.

2.11. Orçamento de Produção: A finalidade do orçamento de produção, por conseguinte, é ajudar que se alcance um equilíbrio entre aquilo que se produz e aquilo que se vende. Este orçamento recolhe quantas unidades de um produto devem ser fabricadas para cobrir as vendas previstas e as necessidades do inventário. O orçamento de produção, por conseguinte, faz o seguinte cálculo: unidades que se prevê vender + as unidades que se pretende ter no inventário final – as unidades que se esperam no inventário final = quantidade de total de unidades que se devem produzir.

2.12. Orçamento MOD: É atrelado aos orçamentos de produção é vendas, apresenta os gastos previstos com as despesas do pessoal

3. ORÇAMENTO

3.1. Orçamento é o nome dado para a avaliação ou cálculo especulativo do custo de uma obra ou serviço a ser prestado. A definição de um orçamento, normalmente, leva em consideração duas principais características: a receita, ou seja, o valor arrecadado ou disponível, e a despesa, que seria o valor a ser gasto para a conclusão ou manutenção de algo. Os orçamentos estão presentes em vários aspectos da vida cotidiana, desde o planejamento para uma reforma na casa, até os valores que serão destinados para a manutenção de serviços públicos do governo, que afetam direta ou indiretamente a vida dos cidadãos.

3.1.1. Orçamento público: O orçamento público é o planejamento feito com os recursos públicos (dinheiro público, cobrado a partir de impostos, por exemplo), para suprir as necessidades prioritárias da sociedade, como a saúde, educação, cultura e etc. A decisão do orçamento público é tomada pelo poder político (Ministério da Fazenda, Ministério das Finanças e Ministério do Planejamento), que representa o povo, tendo em conta as receitas e despesas emergenciais do país. No Brasil, o Orçamento Geral da União é quem dita todas as despesas que o Governo Federal, assim como o Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, terão ao longo do ano.

3.1.2. Orçamento empresarial Significa planejar as despesas, os lucros e os investimentos que uma empresa terá ao longo de um determinado período de tempo futuro.O orçamento empresarial pode ser considerado uma previsão e precaução que as empresas fazem, definindo metas e objetivos.A definição de um orçamento realista e detalhado, nestes casos, ajuda a corrigir erros, ultrapassar dificuldades financeiras e prováveis crises.

4. Benefícios da Gestão Orçamentária para a empresa: O Orçamento Empresarial já foi considerado apenas mais um dos muitos controles que a empresa precisava realizar para manter o caixa positivo, mas felizmente este pensamento vem mudando e hoje cada vez mais empresas já compreender o valor estratégico e benefícios da Gestão Orçamentária. Quando bem trabalhado, o orçamento se torna uma ferramenta de gestão muito eficaz, contribuindo não só para que a empresa se mantenha sustentável, como também possa planejar seu futuro com mais qualidade, criando projeções mais realistas e planos detalhados de como atingir seus objetivos de negócios.

4.1. Muito além do “Planejado x Realizado”:Muitas empresas ainda utilizam a Gestão Orçamentária unicamente como um instrumento de controle de despesas, comparando apenas os gastos planejados com os realizados, focando somente em manter o equilíbrio financeiro da empresa. Contudo, a Gestão Orçamentária é muito mais do que isso, pois permite que a empresa olhe para o futuro e se prepare para fazer novos investimentos, abrir novos canais de atuação, diversificar linhas de produtos ou quaisquer outras ações visando aumentar a rentabilidade dos negócios e crescer de maneira planejada e estruturada. Portanto, outro benefício da Gestão Orçamentária é que à medida que a empresa estabelece objetivos de curto, médio e longo prazo, definindo seu orçamento para cada período, pode ter uma visão muito mais holística do cenário geral, o que ajuda a reduzir gastos e investir o dinheiro acumulado em novações e outras necessidades de mercado que certamente irão gerar muito mais valor a seus clientes e consequentemente, trazer mais lucros para a empresa.

4.2. Planejamento do ROI (Retorno sobre os Investimentos) Um dos Indicadores de Desempenho mais importantes de uma empresa é o ROI (Retorno sobre os Investimentos), que revela qual o impacto de cada investimento nos resultados da empresa. O ROI pode ser medido isoladamente por investimento ou de maneira global, mostrando a eficiência operacional do negócio. Logo, outro benefício da Gestão Orçamentária é que sua empresa pode avaliar de forma previa o ROI de um determinado investimento, decidindo se vale a pena ou não realiza-lo antes de desembolsar qualquer dinheiro. Assim, com a Gestão Orçamentária sua empresa pode projetar os valores do Investimento, Receitas e Despesas associadas e depois acompanhar se o Investimento está trazendo os retornos esperados e tomar as atitudes necessárias para corrigir os desvios, caso existam.

4.3. Aumento do engajamento com o Orçamento Colaborativo benefícios da gestão orçamentária Nós aqui do Treasy acreditamos que um dos maiores benefícios da Gestão Orçamentária é obtido com o uso do Orçamento Colaborativo, uma forma de realizar o planejamento e acompanhamento orçamentário de forma descentralizada, onde cada departamento da empresa fica responsável por definir o seu próprio orçamento. O Orçamento Colaborativo é uma forma de fazer com que todos na empresa compreendam como cada uma de suas ações pode fazer diferença no resultado final da empresa. Assim, cada setor monta sua proposta de orçamento e a negocia com a diretoria, justificando as necessidades de cada valor. Uma vez aprovado, cada setor é responsável pelo seu próprio orçamento, prestando contas regularmente a área de Planejamento e Controladoria. Como forma de motivar o envolvimento das equipes, muitas empresas fazem a divisão de um percentual do que for economizado a cada setor, estimulando as pessoas a buscarem maneiras mais conscientes de desenvolver suas atividades.

4.4. Mais organização e tranquilidade para gestãobenefícios da gestão orçamentária É de consenso geral que quando sua empresa possui suas finanças bem estruturadas, fica muito mais fácil tomar decisões. Isto fica ainda mais evidente quando a organização tem um bom planejamento para os próximos meses e até mesmo para os próximos anos. Assim, sua empresa pode se planejar para investir em novos maquinários no momento mais adequado, se preparar para expandir os negócios de forma organizada ou ainda, se está em uma crise econômica como a atual, pode se planejar para reduzir os gastos e despesas supérfluas e sair da crise com mais tranquilidade.

4.5. Facilidade para tomada de decisões Tomar decisões faz parte do dia-a-dia de todos nós. Desde as mais corriqueiras e com baixa importância até mesmo decisões muito mais complexas e com influências de longo prazo. E no ambiente empresarial não é diferente. CEOs, diretores, gerentes e qualquer outra pessoa com responsabilidades relacionadas a seus cargos tem a difícil tarefa de tomar decisões rotineiramente. Algumas mais simples, de baixo impacto e reversíveis. Outras mais complexas e que podem causar a empresa sérias consequências (boas ou ruins), e que nem sempre podem ser desfeitas. Com uma boa gestão Orçamentária, sua empresa consegue ter muito mais facilidade para tomar decisões como: Viabilidade de Investimentos Operacionais Definição do Preço de Venda dos produtos e serviços Abertura ou descontinuidade de Canais de Distribuição e Venda Contratação ou demissão de pessoal Uso de Capital de Terceiros x Capital Próprio

5. MODELOS DE GESTÃO

5.1. Gestão por Processos: Gestão por Processos é, antes de tudo, reconhecer que qualquer organização é um conjunto de processos interconectados, que dependem uns dos outros para a criação sustentável de valor, para todas as partes interessadas. Para tanto, os processos precisam ser definidos, implementados e gerenciados, de forma integrada, o que acaba sendo um grande desafio para as empresas.

5.2. Gestão Participativa: corresponde a um conjunto de princípios e processos que defendem e permitem o envolvimento regular e significativo dos colaboradores na tomada de decisão.

5.3. Gestão por Resultados: A gestão orientada para resultados é um modelo de administração de empresas que exige bastante comprometimento da equipe, especialmente por não ser voltado para o número de horas trabalhadas e, sim, ao empenho para a finalização das metas. Ao contrário de uma gestão tradicional, focada em processos, a gestão por resultados enfatiza os objetivos a serem alcançados e os valores da organização. O conceito desse tipo de gerenciamento é realmente priorizar os resultados em todas as ações, com o objetivo de otimizar o desempenho da empresa, independentemente de seu porte ou de sua área de atuação.