Módulo V - Roteiros 1, 2 e 3

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Módulo V - Roteiros 1, 2 e 3 por Mind Map: Módulo V - Roteiros 1, 2 e 3

1. 2- Médium e mediunidade com Jesus

1.1. Conceito de médium: do lat. médium, meio, intermediário. Pessoa acessível à influência dos Espíritos e mais ou menos dotada da faculdade de receber e transmitir suas comunicações. Para os Espíritos o médium é um intermediário; é um agente ou instrumento mais ou menos cômodo, conforme a natureza ou o grau da faculdade mediatriz. Essa faculdade é devida a uma disposição orgânica especial, susceptível de desenvolvimento. Distinguem-se diversas variedades de médiuns, conforme sua aptidão particular para este ou aquele modo de transmissão, ou tal ou qual gênero de comunicação. Ref. Instruções práticas sobre manifestações Espíritas; vocabulário, p. 23

1.1.1. Mediunidade natural x Mediunidade facultativa

1.1.1.1. Médium natural ou involuntário: "... isto é, os médiuns cuja influência se exerce mau grado seu. Não têm nenhuma consciência de seu poder e freqüentemente aquilo que se passa de anormal em seu redor de modo algum lhes parece extraordinário." Ref. Instruções práticas sobre manifestações Espíritas; Cap. V; Médiuns naturais

1.1.1.2. Mediunidade facultativa ou voluntários: "são os que têm consciência do seu poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Conquanto inerente à espécie humana, conforme já dissemos, semelhante faculdade longe está de existir em todos no mesmo grau." Ref. L.M. Cap. XIV, item 160

1.1.2. Sensitividade x Mediunidade

1.1.2.1. A sensibilidade é a capacidade de sentir a presença, de registrar as vibrações dos Espíritos que se aproximam, perceber as emanações psíquicas das pessoas, do meio ambiente, por vezes até de certos objetos. As vezes são chamados de médiuns sensitivos ou impressionáveis.

1.1.2.1.1. "Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, sendo assim a impressionabilidade mais uma qualidade geral do que especial. É a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual preciso é não seja confundida, porquanto, pessoas há que não têm nervos delicados e que sentem mais ou menos o efeito da presença dos Espíritos, do mesmo modo que outras, muito irritáveis, absolutamente não os pressentem."Ref. L.M.; Cap.XIV, item 159

1.1.2.2. A mediunidade é a faculdade de intermediar os Espíritos, desencarnados ou encarnados, para que um objetivo seja alcançado. "Qualquer que seja essa vontade, eles (os médiuns) nada podem, se os Espíritos se recusam, o que prova a intervenção de uma força estranha." Ref. L.M.; Cap. XVI, item 188.

1.1.3. Animismo x Mediunidade

1.1.3.1. Animismo é um termo que no Espiritismo designa o fenômeno da emancipação da alma que se manifesta diretamente por intermédio do próprio corpo que se encontra encarnado. Há várias maneiras disso ocorrer: pneumatografia (escrita direta da alma) e a pneumatofonia (fala direta da alma) são as mais comuns de ocorrência dentro do universo de centros Espíritas, mas há ainda o Sono e sonho, desdobramentos, sonambulismo, êxtase, etc. Ref. L.E. Cap. VIII Emancipação da alma e Cap. XII Pneumatografia e pneumatofonia.

1.1.3.1.1. É importante entender que há várias "sobreposições" que inibem a manifestação do nosso próprio Espírito diretamente de forma "pura". O nosso perispírito é a primeira que acaba sofrendo a influência de emanações das dimensões espirituais, o duplo etérico ou corpo energético, o corpo físico, as nossas sensações, pensamentos, emoções, enfim, é preciso filtrar todo o imenso "barulho" fabricado por nós ou existente no ambiente para conseguir acessar o nosso próprio Espírito, as memórias de nossas experiências inconscientes, conhecimentos e capacidades que normalmente estão inacessíveis.

1.1.3.1.2. "Obtém-se a escrita direta, como em geral a maior parte das manifestações espíritas não espontâneas, por meio do recolhimento, da prece e da evocação." Ref. Cap. XII Pneumatografia e pneumatofonia; item 148 "...Ä solidão, o silêncio e o afastamento de tudo que possa ser causa de distração favorecem o recolhimento..." Ref. L.M.; cap. XVII, item 204

1.1.3.1.3. "...O local não exerce a menor influência sobre o fenômeno, a não ser facultar maior recolhimento espiritual e maior concentração dos pensamentos..." Cap. XII Pneumatografia e pneumatofonia.; item 148

1.1.3.2. Como visto a mediunidade é a capacidade de perceber e servir de intermediário entre o mundo físico e o espiritual. Ref. Instruções práticas sobre manifestações Espíritas; vocabulário, p. 23 Podem os médiuns serem de efeitos inteligentes (aptos a receber e a transmitir comunicações inteligentes) Ref. L.M.; Cap. XVI item 187 e físicos (os que têm o poder de provo- car efeitos materiais, ou manifestações ostensivas) Ref. L.M.; Cap. XVI item 187.

1.1.3.2.1. Nos médiuns de efeitos intelectuais fica clara a influência dos Espíritos, mas quanto aos de efeitos físicos? Há influência de Espíritos? Se ele retira de si mesmo todos os recursos necessários a esses fenômenos, não seria errado supor que são médiuns, já que não seriam intermediários? "A força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxílio..." Ref. L.M. Cap. XIV, médiuns curadores, item 176

1.1.3.2.2. "... A intervenção de uma potência oculta, que caracteriza a mediunidade, torna-se evidente em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação" Ref. L.M. Cap. XIV, médiuns curadores

1.1.3.3. Animismo X Charlatanismo e mistificações: Não é certo confundir animismo (mensagens vindas da própria alma do "médium") com charlatanismo (fingimentos intencionais a troco de recompensa) ou mistificações (falseamentos parciais ou totais de um fenômeno pseudo mediúnico a troco de orgulho)

1.1.3.3.1. "... as personalidades gananciosas que, em falta das comunicações que os Espíritos bons lhes recusam, apresentam as suas próprias obras como desses Espíritos... se iludem a si mesmos..." Ref. Ref. L.M. cap. XX, item 230

1.1.3.3.2. "Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos velhos provérbios. Não admitais, portanto, senão o que seja para vós de inegável evidência." Ref. Ref. L.M. cap. XX, item 230

1.2. Influências no fenômeno mediúnico

1.2.1. Moral do médium: "Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande quanto ao aspecto moral... A alma (Espírito encarnado) exerce sobre o Espírito livre (na erraticidade) uma espécie de atração ou de repulsão, conforme o grau de semelhança ou de diferença entre eles... de onde se conclui que as qualidades morais do médium exercem influência muito importante sobre a natureza dos Espíritos que por eles se comunicam. Ref. L.M. cap. XX, item 227

1.2.1.1. "Todas as imperfeições morais são abertas ao acesso dos Espíritos maus, porém a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho...." Ref. L.M. cap. XX, item 228

1.2.1.2. "Aborrecem-se com a menor contestação, com uma simples observação crítica, chegando mesmo a odiar as próprias pessoas que lhes prestam serviço..." Ref. L.M. cap. XX, item 228

1.2.1.3. "...A influência moral do médium pode perturbar a transmissão das nossas mensagens de além-túmulo, já que somos obrigados a fazê-las passar por um meio que lhes é contrário..." Ref. Ref. L.M. cap. XX, item 230

1.2.2. Meio: "Todos os Espíritos que cercam o médium o ajudam, para o bem ou para o mal... onde quer que haja uma reunião de homens, há igualmente em torno deles uma assembleia oculta que simpatiza com suas qualidades ou com seus defeitos, mesmo na ausência de qualquer evocação." Ref. L.M.; Cap. XXI; item 231 e 232

1.2.2.1. Psicosfera do local influencia muito na qualidade do fenômeno mediúnico: "...As condições do meio serão tanto melhores, quanto mais homogeneidade houver para o bem, mais sentimentos puros e elevados, mais desejo sincero de instrução, sem ideias preconcebidas". Ref. L.M. cap. XXI, item 233

1.3. Finalidade da Mediunidade segundo a Doutrina Espírita

1.3.1. "A mediunidade é uma faculdade concedida para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem pretenda fazer dela um degrau para chegar ao que quer que seja que não corresponda às vistas da Providência." Ref. L.M. Cap. XXVIII, item 306 Daqui vem a chamada suspensão e perda da mediunidade (conceito errado) porque na verdade não há a perda na mediunidade mas sim o afastamento do Espírito que se comunicava com o médium. Ref. L.M. cap. XVII, item 220

1.3.2. "Os médiuns... receberam de Deus um dom gratuito, o de intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem...Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado...fazê-la paga, seria desviá-la do seu providencial objetivo." Ref. O evangelho segundo o Espiritismo; cap. 26, item 2.

1.3.3. "Este dom de Deus não é concedido ao médium para o seu deleite e, ainda menos, para a satisfação de ambições, mas para sua melhora espiritual e para que os homens conheçam a verdade". Ref. L.M. cap. XVII, item 220 § 3.

1.4. O que é a chamada mediunidade com Jesus?

1.4.1. "A primeira necessidade do médium é evangelizar-se antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias" Ref. Xavier, F. O consolador; Espírito de Emmanuel q. 387

1.4.1.1. O que significa "evangelizar-se" e qual o objetivo da necessidade de "nos evangelizarmos" segundo o Espiritismo? A palavra evangelho vem do grego (evangelion) e significa "Boa Notícia" , "Boa Nova", "Boa Mensagem" trazida por Cristo (o messias) ou seja, o ungido de Deus que conforme trata A Gênese Espírita: foi "prometido por Deus aos exilados (raça adâmica) que lhes enviaria um salvador, isto é, alguém que esclarecesse sobre o caminho que lhe cumpririam tomar para sair do lugar de miséria, o inferno a que eles foram submetidos com o exílio. Esse salvador era o Cristo, que lhes ensinou a lei de amor e caridade que lhes era desconhecido." Ref. A gênese. Cap. XI, item 45.

1.4.1.1.1. Assim, "nos evangelizarmos" está diretamente relacionado com a necessidade de promoção da reforma íntima por meio culto do sentimento do amor e de sua expressão ativa a caridade ensinada por Cristo: "Os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as consequências, que convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar pela senda do progresso... A caridade é, em tudo, a regra de proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos." Ref. O livro dos Médiuns; 1ª parte, cap. III, item 28, § 3.

1.4.1.1.2. Qual o seu objetivo? Ser um "código, uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura." O Evangelho segundo o Espiritismo; Introdução; § 1º;

1.4.1.2. A vivência dos ensinamentos do Evangelho é capaz de promover a nossa transformação e desenvolvimento. O conhecimento dessa obra é o meio pelo qual nos corrigimos. Ele eleva a nossa consciência e capacidade de entender a realidade fazendo com que pelo esforço e contato social nos adiantemos. Assim dizem os Espíritos superiores: "O progresso intelectual faz com que o homem eleve a sua consciência e entenda o que é o bem e o mal, amplia o nível do seu livre-arbítrio e como consequência provoca o progresso moral." Ref. L.E.; q 780, alíneas "a" e "b".

1.4.2. "Vigia a própria vida, disciplina as emoções, cultiva as virtudes cristãs e oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que por empréstimo lhe foram confiados... quem assim o fizer estará, sem dúvida, exercendo a mediunidade com Jesus". Ref. Peralva, M. Estudando a mediunidade; cap. 1, p.16

1.4.2.1. Vigia a própria vida: Lembremos dos 2 sentidos abordados no módulo passado da passagem do evangelho segundo João 14: 6 e 7: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai, senão por mim." No sentido exotérico devemos entender os conhecimentos do Evangelho e no esotérico aplicá-los em nós mesmos, corrigindo atitudes, transformando sentimentos e modificando pensamentos. Conforme está nas Instruções práticas sobre manifestações Espíritas; Vocabulário Espírita- Escala Espírita: "o que caracteriza o nosso adiantamento é a progressão dos sentimentos morais e das ideias intelectuais."

1.4.2.2. Disciplina as emoções: As emoções são justamente esses "sentimentos morais" e podem ser definidos como a repercussão de algo real ou imaginário na totalidade do estado psico-físico de uma pessoa. Acaba por ser uma mensuração, uma medida (e uma importante dica) do impacto que algo exerce sobre nós e o quanto temos ainda para trabalhar se queremos mudar esse aspecto do nosso ser a fim de aumentar a nossa resistência, resiliência, transformar essa energia em algo produtivo e assim por diante.

1.4.2.3. Virtudes cristãs: uma das maneiras mais propícias e coerentes de interpretarmos a Bíblia é pelo ponto de vista simbólico da virtude que cada personagem representa em si nas histórias retratadas nela. Exemplo: Abraão como a representação da obediência a Deus; Jó: da resignação; Davi: da coragem; Salomão: da sabedoria; e Jesus o Cristo, a reunião de todas as virtudes na maior profundidade possível. (daí o símbolo da cruz) cabe a nós essa tarefa: angariar virtudes e nos despojarmos dos vícios entendendo como cada personagem lidava com as dificuldades deles que ainda hoje são as nossas!

1.4.2.3.1. Os dois aspectos a serem trabalhados por nós Espíritas, portanto, são o intelectual e o moral. As duas virtudes sedes do desenvolvimento desses dois aspectos que nessa direção devem ser adquiridos para que as demais venham com mais facilidade são a humildade e a caridade.

1.4.3. "Todos os homens têm o seu grau de mediunidade, nas mais variadas posições evolutivas, e esse atributo do Espírito representa, ainda, a alvorada de novas percepções para o homem do futuro, quando pelo avanço da mentalidade do mundo, as criaturas humanas verão alargar-se a janela acanhada dos seus cinco sentidos." Ref. Xavier, F. O consolador; Espírito de Emmanuel q. 383

1.4.3.1. Confundimos muito o real com o físico, mas em verdade aprendemos pelo Espiritismo que o mundo material é apenas a ponta de um iceberg. Uma pequena parte percebida pelos 5 sentidos conhecidos. Quando passamos a entender que o imaterial também pode ser percebido e que a todo tempo há algo que nos influencia; quando isso pode ser verdadeiramente notado e passa a fazer parte da nossa realidade, a mediunidade se aflora e não só pode como deve ser um importante meio de evoluirmos em Cristo, ou seja, no amor e na caridade.

2. Objetivo: Compreensão do processo de influência dos pensamentos dos Espíritos uns sobre os outros

3. 1- Influência dos Espíritos sobre nossos pensamentos

3.1. Qual a relação entre Espírito e pensamento?

3.1.1. "O pensamento é a própria alma que se transporta? Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, pois é a alma quem pensa e o pensamento é um atributo da alma." Ref. L.E. 89-a

3.1.1.1. Comentário 1: Duas deduções existem dessa passagem : 1- a alma é a fonte do pensamento; e 2- o pensamento não é a alma, mas um atributo, ou seja, é produto daquela.

3.1.1.2. Comentário 2: a alma ser fonte de um pensamento não quer dizer que a SUA alma quem pensou o que você está pensando!

3.1.2. "Cada Espírito é uma unidade indivisível, mas cada um pode expandir seu pensamento em diversas direções, sem, por isso, se dividir." Ref. L.E. q.92 "Seu pensamento pode irradiar e dirigir-se para muitos pontos diferentes ao mesmo tempo, mas essa faculdade depende da sua pureza." Ref. L.E. q.247

3.1.2.1. Comentário: Isso quer dizer que podemos nos conectar com diversos tipos de pensamentos e como onde o nosso pensamento estiver, lá estará a nossa alma de alguma forma também podemos estar em vários lugares.

3.1.3. O Espírito é sinônimo de Inteligência? “A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro, porém, se confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.” Ref. L.E. Cap. II; 24

3.1.3.1. Qual a relação entre cérebro x mente x Espírito?

3.1.4. " ...o Espírito não é, deste modo, um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber. É um ser real, circunscrito, que, em certos casos, pode ser apreciado pelos sentidos da visão, da audição e do tato;" L.E. Introdução ao estudo da Doutrina Espírita; § VI

3.1.4.1. Comentário: o pensamento da maioria de nós é totalmente distorcido da realidade. Aliás, o que é a realidade? É aquilo que é palpável ou é aquilo que é imortal? No L.E. q. 85 fala: " Qual dos dois, o mundo espírita ou o mundo corpóreo, é o principal, na ordem das coisas? O mundo espírita, que preexiste e sobrevive a tudo." Muitas vezes nos confundimos com o nosso corpo, nos confundimos com os nossos pensamentos... Somos o nosso corpo? Somos os nossos pensamentos? Quem verdadeiramente somos?

3.1.5. "Os Espíritos podem ocultar reciprocamente os seus pensamentos? Não, para eles tudo é patente, sobretudo quando são perfeitos." Ref. L.E.; q. 283. Em relação aos que estão encarnados podem ver inclusive aquilo que desejamos ocultar de nós mesmos mas cada um só vê as coisas a que dá atenção, não se ocupando das que lhes são indiferentes". Ref. L.E.; q. 456 e 457.

3.1.5.1. "Como os Espíritos comunicam-se entre si? O fluido cósmico universal estabelece entre eles uma comunicação constante; é o veículo da transmissão do pensamento, como para vós, o ar é o veículo do som." Ref. L.E.; q 282 "Mergulhados no fluido cósmico universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão, ele é o veículo do pensamento..." Ref. Evangelho Segundo o Espiritismo; Cap. 27, item 10

3.1.5.2. Comentário: por isso os Espíritos da erraticidade conseguem tomar consciência dos nossos pensamentos. Como ele é uma energia que se exterioriza pelo fluido cósmico universal há a possibilidade de os seres mais sensíveis enxergarem a forma-pensamento que advém de determinada fonte independente da articulação das palavras. É por isso que mesmo aquilo que nós, no nosso íntimo, gostaríamos de não estar pensando ou de exteriorizar, é percebido por eles.

3.1.6. Conclusão minha: O que é o pensamento? Na verdade, quando falamos de pensamento estamos em realidade, falando de linguagem, ou seja, apenas uma aparência do pensamento, uma roupa que eles se utilizam para se manifestarem. Essa "roupa" no mundo material vem se aperfeiçoando cada vez mais, mas ainda são pobres para traduzir certos conceitos. No início eram apenas mímicas, expressões, barulhos; depois a fala articulada, os desenhos e pinturas; após isso vieram as linguagens escritas, os papiros, as esculturas, quadros e monumentos; Em um determinado ponto inventaram a imprensa, as gravações de voz, de vídeo; hoje temos até simuladores 6D. Mesmo assim, as ideias são apenas uma das expressões dos Espíritos, outras podem ser energias, perfumes, texturas, temperaturas, criações, consciências, etc.

3.1.6.1. "Para os Espíritos, principalmente os superiores, a ideia é tudo, a forma nada é... sua linguagem é rápida como o pensamento, pois que são os próprios pensamentos que se comunicam sem intermediário... ficam pouco à vontade para se comunicarem conosco e se servirem das formas longas e embaraçosas da linguagem humana..." Ref. L.E. Introdução ao estudo da Doutrina Espírita; § XIV.

3.1.6.2. "Os Espíritos evoluídos embora ouçam o som da nossa voz, eles nos compreendem sem o auxílio da palavra, apenas pela transmissão do pensamento." Ref. L.E.; q. 257.

3.2. Os Espíritos exercem influências em nossos atos e pensamentos?

3.2.1. " Os Espíritos exercem sobre o mundo moral, e mesmo sobre o físico, uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da natureza..." L.E.; Introdução ao estudo da Doutrina Espírita; § VI

3.2.2. "Influem os Espíritos em nossos pensamentos e atos? Muito mais que o imaginais. Influem a tal ponto, que de ordinário, são eles que os dirigem." Ref. L.E.; q.459

3.2.2.1. Comentário: Faça o seguinte exercício: ao final do dia, tente identificar o que você fez ou pensou que foi realmente VOCÊ. Se tiver consciência elevada de si irá se surpreender com a quantidade de ações e pensamentos que vieram da influência da sua criação, dos seus amigos, da mídia, de livros, da cultura, do ambiente em que está inserido, enfim... O que realmente é autêntico seu? Que foi uma ação e não uma reação? Que foi original e não uma cópia? Você pode atestar que não está sendo influenciado nesse exato momento? O que identificou como seu? Você pode garantir isso ou seria apenas uma ilusão ou uma falsa percepção? Você sabe quem é realmente VOCÊ?

3.2.3. "Homens inteligentes e gênio sempre tiram suas ideias de dentro de si mesmos? Algumas vezes sim, mas muitas vezes lhes são sugeridas por outros Espíritos que os julgam capazes de compreendê-las e dignos de transmiti-las. Ref. L.E.; q. 461

3.2.3.1. Comentário: Veja que estamos sempre sobre a influência daqueles a quem nos sintonizamos para o bem ou para o mal. Em última instância, até Jesus recebe influência externa do próprio Deus.

3.2.3.2. Comentário: Veja que estamos sempre sobre a influência daqueles a quem nos sintonizamos para o bem ou para o mal. Em última instância, até Jesus recebeu influência externa do próprio Deus. "Eu e o pai somos um só!" João 10:30

3.2.4. "Com que objetivo os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal? Para que sofrais como eles. Não que isso diminua o sofrimento deles mas pela inveja de verem seres mais felizes". Ref. L.E.; q. 465 "Quando más influências agem sobre ti, é que as atrais pelo desejo do mal... mas também haverá outros que se empenharão em influenciar-te para o bem". Ref. L.E.; q.466

3.2.4.1. "Pode o homem libertar-se da influência dos Espíritos que o impelem ao mal? Sim, visto que tais Espíritos só se apegam aos que os chamam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos." Ref. L.E.; q.467

3.2.4.2. "Quando o Espírito protetor deixa que seu protegido se extravie na vida, será por não poder lutar contra Espíritos malévolos? Não é porque não possa, mas porque não quer; assim, seu protegido sai das provas mais perfeito e mais instruído. Ele assiste com seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe inspira, mas que, infelizmente, nem sempre são ouvidos. Somente a fraqueza, a negligência ou orgulho do homem podem dar força aos Espíritos maus..."Ref. L.E.; q.498

3.2.5. Quando experimentamos uma sensação de ansiedade indefinível ou satisfação interior SEM CAUSA CONHECIDA, é quase sempre efeito de COMUNICAÇÕES inconscientes, que tendes com Espíritos ou que tivestes durante o sono. Ref. L.E. 471

3.2.5.1. Comentário: quando ocorre um mal-estar sem causa aparente muitas vezes são absorções da energia das formas-pensamentos que existem na psicosferas dos lugares em que estamos. Lembremos que o pensamento irradia pelo fluido cósmico universal impregnando os lugares, objetos e pessoas. Se não estivermos atentos para vibrar em uma sintonia mais alta a fim de compensar o desgaste feito por essas emanações a nossa energia será drenada, a angústia será sentida e ainda entenderemos que todas essas sensações vêm de nós, são nossas, o que nos identificará ainda mais com elas. Não! "Orai e vigiai!" Assim, disse Jesus. Vigiai= fique atento, eleve a sua consciência sobre a realidade que nos cerca. Orai= procure ajuda com os bons Espíritos que podem a todo tempo nos auxiliar, colocando-nos em uma outra sintonia.

3.2.6. "O homem é responsável pelo seu pensamento? É responsável perante Deus. Como, porém, somente Deus é capaz de conhecê-lo, Ele o condena ou absorve, segundo a sua justiça" Ref. L.E. q. 835 "O homem tem o livre-arbítrio de seus atos? Já que tem liberdade de pensar, tem também a de agir. Sem o livre-arbítrio, o homem seria uma máquina." Ref. L.E.; q. 843

3.2.6.1. Essa liberdade ocorre desde criança? ...Desenvolve-se e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades... com as necessidades que sua idade reclama, ela aplica o seu livre-arbítrio às coisas que lhe são necessárias. Ref. L.E.; q. 843

3.2.6.2. E as predisposições instintivas que o homem traz ao nascer? Elas não constituem obstáculos ao exercício do livre-arbítrio? As predisposições instintivas são as do Espírito antes de encarnar...não há, porém, arrastamento irresistível, desde que se tenha vontade de resistir. Ref. L.E.; q.845

3.2.6.3. E o organismo físico, não exerce alguma influência sobre os atos da vida? Essa influência não traz prejuízo ao livre-arbítrio? O Espírito certamente é influenciado pela matéria, que pode dificultar as suas manifestações. Por isso que nos mundos em que os corpos são menos materiais do que na Terra, as faculdades se desenvolvem com mais liberdade. Ref. L.E.; q. 846

3.2.6.3.1. Cumpre, porém, se leve em conta a influência da matéria, que mais ou menos lhe cerceia o exercício de suas faculdades... os órgãos especiais, dado existam, são conseqüentes, que se desenvolvem por efeito do exercício da faculdade, como os músculos por efeito do movimento, e a nenhuma conclusão irracional se chegará. Ref. L.E.; q.370-a

3.3. Influência dos Espíritos nos acontecimentos da vida

3.3.1. "Os Espíritos exercem influência de outra forma além dos pensamentos que sugerem? Sim, mas nunca agem fora das Leis da natureza... provocando, por exemplo, o encontro de duas pessoas, que julgarão encontrarem-se por acaso; inspirando alguém a passar por determinado lugar... o homem, acreditando seguir apenas o próprio impulso, conserva sempre o seu livre-arbítrio." L.E.; ref. 525-a