1.1. São um instrumento teórico e prático que buscam contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento que considere a individualidade e a complexidade do processo saúde/doença. Permitem o enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos danos e ineficácia.
2. Gestão participativa e cogestão
2.1. Expressam tanto a inclusão de novos usuários nos processos de análise e de decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão em um pacto de co-responsabilidade. Consistem em um modo de administrar que inclui fazer e pensar coletivo. São um meio para criar mudanças nas formas de comandar e nas práticas de saúde, gerando um atendimento com maior eficácia e motivação para as equipes de saúde.
3. Acolhimento
3.1. É uma atitude, uma postura ética a ser adotada por todos os profissionais. É uma forma de operar os processos de trabalho em saúde para atender a todos os usuários, contando com uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais apropriadas.
4. Ambiência
4.1. Refere-se a espaços saudáveis, confortáveis, acolhedores e resolutivos, que respeitem a privacidade, gerem mudanças no sistema de trabalho e sejam ambientes de relações interpessoais. Nos serviços de saúde, além de um espaço técnico, simples e formalizado, consideram-se as situações que são construídas nesse meio, bem como as situações de vivência de um grupo de pessoas com valores culturais e relações sociais.
5. Valorização do trabalhador
5.1. Busca-se criar estratégias de reconhecimento e de valorização dos profissionais (melhorias na ambiência e nas condições de trabalho, e também aumento dos investimentos na qualificação profissional). Garantir melhores condições de trabalho inspira respeito, o que cria um ambiente de trabalho mais humanizado.
6. Defesa dos direitos dos usuários
6.1. Relaciona-se ao respeito, à igualdade da assistência em saúde, sem preconceitos ou privilégios, e ao direito à informação dos usuários assistidos sobre sua saúde. Os usuários podem decidir livremente sobre aceitar ou recusar a prestação da assistência à saúde.