Agressividade e violência

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Agressividade e violência por Mind Map: Agressividade e violência

1. A VIOLÊNCIA NA ESCOLA

1.1. A escola, para as camadas médias da população, pretende a continuidade do processo de socialização, iniciado na família. Nesse sentido, os valores, expectativas e práticas que envolvem o processo educativo são semelhantes. Poderíamos dizer que a violência manifesta-se de modo mais sútil na relação das crianças e dos jovens com os conteúdo a serem aprendidos, que podem não ter significado para a sua vida; na relação com os professores, que se caracteriza por prática autoritárias e sem espaço para o diálogo. Para a crítica; na relação com práticas disciplinares que buscam a sujeição do educando, a submissão, a docilidade, a obediência, o conformismo.

2. A VIOLÊNCIA NA FAMÍLIA

2.1. Embora possamos observar hoje profundas transformações estruturais e dinâmicas na família,a ainda a prevalência, em nossa sociedade, de um modelo de família que se caracteriza pela autoridade paterna e, portanto, pela submissão dos filhos e da mulher a essa autoridade, e pela repressão da sexualidade principalmente a feminina. Essa autoridade e repressão aparecem como protetoras dos membros da família. pai ou a mãe. No interior da família, lugar mitificado em sua função de cuidado e proteção, existem muitas outras formas de violência além da física e sexual; ou seja, há o abandono, a negligência, a violência psicológica, isto é, condições que comprometem o desenvolvimento saudável da criança e do jovem.A primeira violência seria a negação do afeto para a criança, que depende disso para sua sobrevivência psíquica, assim como depende de cuidados e de alimentação para sua sobrevivência física.

3. A VIOLÊNCIA NA RUA

3.1. A violência nas ruas é um problema que afeta, particularmente, os centros urbanos maiores. A rua como espaço social ao lúdico, do encontro da convivência, torna-se o espaço da insegurança, do medo, da violência pelo “bandido”, pela polícia e, mesmo, pelo cidadão comum. Vemos todos os dias nos jornais problemas de trânsito que terminam em agressões.

4. VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE

4.1. Inicialmente, é importante distinguir três aspectos ou conceitos ligados a esta questão: transgressão, infração e delinqüência. Abordar esses aspectos significa trazer ou partir de questões mais próximas de todos nós e de nosso cotidiano

4.1.1. O TRANSGRESSOR

4.1.1.1. O homem vive em grupos sociais. Em todos os grupos existem normas e regras que regulam a relação das pessoas no seu interior e, conseqüentemente, todas as pessoas, alguma vez, transgrediram essas normas. Por exemplo, chegar depois do horário estipulado, deixar de cumprir uma parte da tarefa, não aceitar determinada ordem ou orientação de conduta.

4.1.2. O Infrator

4.1.2.1. O infrator é aquele que transgrediu alguma norma ou alguma lei tipificada no código penal ou no sistema de leis de uma determinada sociedade. O infrator é aquele que cometeu um ato — a infração — será punido por isso, isto é, terá uma pena também prevista em lei e aplicada pelo juiz ou seu representante e

4.1.3. O Delinquente

4.1.3.1. A delinqüência é uma identidade atribuída e internalizada pelo indivíduo a partir da prática de um ou vários delitos (crimes).

4.1.3.1.1. M. Foucault, em seu livro Vigiar e punir, coloca que essa identidade começa a se formar/forjar a partir do momento em que o infrator (aquele que cometeu um ato). entra no sistema carcerário — seja de maiores ou de menores — , e a equipe de profissionais que administra a pena, isto é, que o acompanha durante todo o período de sua reclusão, começa a procurar na sua história de vida características que indicam sua propensão para a prática de delitos

5. Hélio Pellegrino, psicanalista brasileiro, afirma que a violência crescente só pode ser entendida a partir da constatação de que vivemos um momento histórico em que se rompeu o pacto social (o direito ao trabalho, por exemplo), e isto faz com que se rompa o pacto edípico, isto é, a autoridade, a norma, a lei internalizada. Essa ruptura retira o controle sobre os impulsos destrutivos, e estes emergem com sua força avassaladora.

6. A violência e suas modalidades

6.1. Nos tempos modernos, a violência “invadiu todas as áreas da vida de relação do indivíduo: relação com o mundo das coisas, com o mundo das pessoas, com seu corpo e sua mente”2. É como se o progresso tecnológico, o desenvolvimento da civilização, ao invés de propiciar o bem-estar dos indivíduos, concorressem para a deterioração das condições da vida social. A violência, também, deve ser entendida como produto e produtora dessa deterioração, como patologia ou doença social que acaba por “contaminar” toda a sociedade — mesmo naqueles grupos ou instituições considerados como mais protetores de seus membros, a família ou a escola, por exemplo.

7. O enfoque psicológico, o Ser humano é agressivo. Essa afirmação pode causar estranheza pq sempre conhecemos alguém que é muito “ bonzinho “, “ incapaz de fazer mal à uma mosca. Nesse caso, avalia-se a agressividade exclusivamente por suas manifestações: o comportamento. E a pessoa “ incapaz de fazer mal à uma mosca” é considerada como não agressiva. Como não tendo nenhuma hostilidade de si

7.1. Nesse enfoque, cuja referência é a psicanálise, afirma-se que a agressividade é constitutiva do ser humano e ao mesmo tempo, afirma-se a importância da cultura,da vida social, como reguladora dos impulsos destrutivos. Essa função controladora ocorre no processo de socialização, no qual, espera se que, a partir de vínculos significativos que o indivíduo estabeleça com os outros, ele passe a internalizar os controles.

7.1.1. A Violência é o uso desejado da agressividade, com fins destrutivos. E esse desejo pode ser: Voluntário ( intencional ), Racional ( premeditado e com objeto “ adequado “ da agressividade e consciente. Ou involuntário irracional ( a violência destina-se a um objetivo substituído por exemplo, ódio ao chefe, o indivíduo bate no filho ) e inconsciente.

7.1.2. M

7.1.3. A agressividade está na constituição da violência, mais não é o único fator que explica. É necessário compreender como a organização social estimula, legítima e mantém diferentes modalidades de violência. O estímulo ocorrer tanto no incentivo à competição escolar e no mercado de trabalho, como no incentivo à que cada um dos cidadãos dê conta da sua própria segurança pessoal. A legitimação pode ocorrer na guerra, no combate ao inimigo religioso, ao inimigo político, a manutenção da violência ocorre quando se conservam milhões de cidadãos em condições subumanas de existência e que acaba por desencadear ou determinar a prática dos delitos associados à sobrevivência ( roubar para comer, a prostituição precoce das crianças e jovens)

8. A VIOLÊNCIA E AS DROGAS

8.1. Novo Tópico

8.2. “Numa sociedade baseada na plenitude do homem e não no consumo; em uma sociedade amável — digna de ser amada —, em que o homem pudesse sentir-se seguro, não existiriam os angustiantes problemas da droga”3.

8.2.1. O uso de drogas deve ser entendido como um processo de au- todestruição do indivíduo: A droga vem para preencher um “vazio”, que, de outra forma, a realidade social não preenche.

8.2.2. A droga deve ser entendida em seu amplo espectro, desde aquelas socialmente permitidas, como o tabaco e o álcool, até aquelas não permitidas, como a maconha, a heroína, a cocaína e, [pg. 336] mesmo, os psicofármacos.

8.2.3. Na análise da drogadicção (dependência de drogas), Kalina e Kovadloff apontam a importância da vida familiar e da satisfação das necessidades afetivas do indivíduo como a principal forma de se evitar o consumo de drogas

9. O PROJETO DE MORTE E O PROJETO DE VIDA

9.1. Entre as várias faces que a violência demonstra, existem ainda dois aspectos importantes a serem destacados.O primeiro refere-se à destruição planejada, irresponsável da Natureza, isto é, à poluição dos rios por produtos químicos, à devastação das grandes florestas, à poluição do ar. O homem, cuja característica fundamental é a capacidade de transformar a Natureza em seu próprio benefício, está engajado em sua transformação [pg. 340] no sentido destrutivo, o que virá a comprometer as condições de vida das futuras gerações.

9.1.1. O segundo aspecto refere-se à ausência de cuidados que a nossa sociedade demonstra em relação a milhões de crianças e jovens que vivem condições de não-cidadania, de não-garantia de seus direitos à educação, saúde, lazer, alimentação, enfim, às condições básicas que garantem a sobrevivência física e um desenvolvimento psicológico saudável e, conseqüentemente, a formação de cidadãos com participação social.