1. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
1.1. Abrir, ampliar a gestão de aula para um espaço mais vasto.
1.1.1. As equipes pedagógicas que se lançam neste desafio, começam por gastar o seu tempo com problemas de organização e a aprender a negociação e a cooperação, reencontrando pontos de referência e fazendo recair as suas decisões na definição de estratégias de ensino aprendizagem que vão ao encontro dos problemas dos alunos.
1.2. Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma
1.2.1. Quando o professor assume a heterogeneidade, a primeira tentação é a da formação de grupos homogêneos. Mas esta é uma solução a que só se deve recorrer pontualmente, devendo ser prioridade recair no trabalho com grupos-heterogêneos.
2. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho
2.1. Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos.
2.1.1. Os poderes do grupo-turma são consideráveis e podem desempenhar um papel importante de mediação: a relação com o saber pode ser redefinida na turma, supondo da parte do professor, a vontade e a capacidade de escutar os alunos e de ajudá-los a formular o seu pensamento.
2.2. Oferecer atividades opcionais de formação.
2.2.1. Os poderes do grupo-turma são consideráveis e podem desempenhar um papel importante de mediação: a relação com o saber pode ser redefinida na turma, supondo da parte do professor, a vontade e a capacidade de escutar os alunos e de ajudá-los a formular o seu pensamento.
3. Trabalhar em equipe
3.1. Elaborar um projeto em equipe, representações comuns.
3.1.1. Logo os professores devem saber trabalhar eficazmente em equipa: (i) assumindo os seus medos, perdas de autonomia, territórios a proteger. (ii) fazendo a transição da pseudo-equipa para a verdadeira equipa, (ii) discernindo os problemas que requerem cooperação e criando o espírito de uma cultura de cooperação.
3.2. Formar e renovar uma equipe pedagógica.
3.2.1. A iniciativa para formar uma equipa pode resultar: (i) do desejo de colaboração entre 2 ou mais pessoas. (ii) de uma decisão dos órgãos de gestão para fazer face a um problema interno/externo. (iii) da união para fazer frente a uma ameaça ou conflito. (iv) da subdivisão em núcleos mais pequenos de um projecto do estabelecimento. (v) da iniciativa ou desejo de inovação de alguns professores que tentam mobilizar os seus colegas.
4. Informar e envolver os pais
4.1. Dirigir reuniões de informação e de debate.
4.1.1. - O professor terá que adquirir a capacidade de descodificar, em declarações aparentemente gerais, preocupações pessoais e tratá-las como tal.
4.2. Envolver os pais na construção dos saberes.
4.2.1. Não se limita a convidá-los a desempenhar o seu papel de controle do trabalho escolar do seu educando, a mobilizá-los para a dinamização de oficinas, apresentar a sua profissão ou uma paixão, mas também envolver os pais na construção dos saberes e conseguir a sua adesão à pedagogia do professor.
5. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
5.1. Prevenir a violência na Escola e fora dela.
5.1.1. A violência, a brutalidade, os preconceitos, as desigualdades, as discriminações existem , a televisão exibe isso todos os dias. Não se pode pedir à escola que seja aberta à vida e fazer crer que todos os adultos aderem às virtudes cívicas e intelectuais que ela defende.
5.2. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula
5.2.1. Sedução, chantagem afetiva, sadismo, amor e ódio, gosto pelo poder, medos e angústias jamais estarão ausentes da relação pedagógica. - A primeira competência do professor é aceitar essa complexidade e reconhecer os implícitos do ofício. Não pode renunciar inteiramente à sedução, à atração e a uma certa forma de manipulação. Necessita desses recursos para fazer o seu trabalho.
6. Organizar e dirigir situações de aprendizagem
6.1. Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem.
6.1.1. Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de aprendizagem.
6.2. Trabalhar a partir das representações dos alunos.
6.2.1. Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos pensam e sabem.
7. Administrar a progressão das aprendizagens
7.1. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino.
7.1.1. -Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a capacidade de ler, escrever, refletir, argumentar, expressar-se pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos.
7.2. Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão.
7.2.1. Operacionalização de várias formas de trabalho e de regulação do percurso individual de cada aluno
8. Participar da administração da escola
8.1. Administrar os recursos da escola.
8.1.1. É fundamental que todos participem na repartição equitativa dos recursos e na definição das prioridades (aquisição e utilização).
8.2. Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos.
8.2.1. A participação dos alunos justifica-se por um duplo ponto de vista: o direito a participar nas decisões que lhe dizem respeito e porque isso constitui uma forma de educação para a cidadania.
9. Utilizar novas tecnologias
9.1. Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos de ensino
9.1.1. Podemos fazer uso didático de 2 tipos de software: os programas que são feitos para o ensino e os que não o sendo podem ser explorados para fins didáticos.
9.2. Utilizar as ferramentas multimédia no ensino
9.2.1. A competência do professor consistirá em utilizar os instrumentos multimédia já disponíveis e, talvez em desenvolver nesse domínio curiosidade e abertura.
10. Administrar sua própria formação contínua
10.1. Estabelecer o seu próprio balanço de competências e o seu programa de formação
10.1.1. Podemos passar a vida a reflectir sobre as questões da avaliação, sem que com isso se descubra o principio básico da avaliação formativa. Para ultrapassar o limite é necessário um salto qualitativo que passa pela construção de novos meios de acção pedagógica
10.2. Se envolver em tarefas numa escala mais ampla ou ao nível do Sistema Educativo
10.2.1. Envolver-se em tarefas numa escala mais ampla é uma via para a formação contínua muito mais fecunda, porque impõe uma visão mais sistêmica e a tomada de consciência das diversas práticas, dos recursos e da organização.