1.1. Quanto mais um personagem se apega a algo na história, mais essa coisa tende a se afastar dele.
1.2. Quanto mais desapegado o personagem estiver de algo, mais essa coisa pode retornar ou se apegar a ele.
1.3. Um personagem pode usar desse gatilho para induzir outro personagem a fazer algo. Demonstrando desinteresse, “eu tenho essa maçã, você come se quiser” invés de “essa é a melhor maçã, coma-a” Levando o personagem a comer a maçã, pois não desconfia.
1.4. Também funciona entre a história e o leitor: Han Solo não está nem aí para a jornada, e isso faz ele ser um personagem interessante ao espectador. Quanto mais ele se mostra desinteressado da jornada, mais a jornada o envolve.
2. 1. Gatilho da História:
2.1. Contar uma história dentro da história.
2.2. Inspira conexão.
2.3. Ativa a atenção da pessoa na história.
2.4. Apreendemos mais quando ouvimos histórias.
2.5. As pessoas se lembrarão mais dessas partes.
3. 2. Gatilho do Específico:
3.1. Fornece credibilidade ao texto e a história.
3.2. A falta de especificidade é própria da mentira.
3.3. Aumenta a retenção do público dentro da história.
3.4. Uso de descrições de ações, sentimentos, pensamentos... para gerar credibilidade.
3.5. Serve também internamente como uma forma de convencer personagens.
4.3. Garantir o porquê das coisas. Manter o sentido.
5. 4. Gatilho da Prova
5.1. Quanto mais longe estiver um reconhecimento, mais ele tem peso.
5.2. Depoimentos ganham mais atenção do que quando você divulga a própria obra.
5.3. Fala de você sem que você precise falar.
6. 5. Gatilho do Diálogo
6.1. O diálogo atrai a atenção do leitor (Gostamos de ouvir as conversas dos outros).
6.2. Humaniza os personagens.
6.3. Bons diálogos surgem de boas perguntas e boas respostas.
7. 6. Gatilho da Prova Social
7.1. O meio influencia o indivíduo, damos preferência para replicar comportamentos.
7.2. Um personagem que para na rua e olha para o céu, fará outros personagens fazerem o mesmo.
7.3. Alguém que compra o seu livro e fala sobre ele, faz com que outras pessoas queiram fazer o mesmo.
8. 7. Gatilho da Autoridade
8.1. Somos seres que seguem e respeitam autoridades.
8.2. A autoridade gera comportamentos diferentes, personagens se relacionam diferentes com outros personagens de níveis de autoridades diferentes (falas).
8.3. Seguidores, publicações, participação em coletâneas geram autoridade para o escritor.
9. 8. Gatilho da Escassez
9.1. Algo que é usado pouco ou não é usado gera impacto quando é utilizado.
9.2. Exemplo: Um personagem que chama o pai pelo nome no livro inteiro e o chama de pai somente na última pagina do livro. Aqui a palavra pai ganha um poder extremo.
9.3. Quanto mais se utilizam as coisas mais elas perdem o valor de impacto e surpresa.
9.4. Encontramos paliativos para lidar com as privações, o naufrago cria o Wilson para lidar com a solidão.
10. 9. Gatilho da Reciprocidade
10.1. Sempre que ajudamos alguém sem querer nada em troca, essa pessoa retribui de alguma maneira.
10.2. O Herói deve ajudar as pessoas, sem desejar nada em troca (se sacrifica, ajuda por amor), e no fim ele tem o reconhecimento das pessoas.
10.3. Situação: O antagonista chuta um dos seus aliados, e não reconhece o seu valor. O herói acaba ajudando esse ajudante do antagonista sem desejar nada em troca. No fim este ajudante do antagonista acaba ajudando o herói, gerando surpresa.
10.4. Situação: A situação anterior também funciona de maneira inversa.
10.5. Esse gatilho funciona para a vida. Ajude as pessoas sem pedir nada em troca e se surpreenda.
11. 10. Gatilho do Evento
11.1. Criar eventos onde personagens se reúnem dentro da história desperta o interesse dos leitores e move a narrativa (batalha do teatro).
11.2. Os eventos se utilizam do gatilho da escassez, eles têm hora para começar e hora para acabar e não ocorrem todos os dias, por isso se tornam foco de atenção.
11.3. A reunião de personagens torna a narrativa mais dinâmica, compartilhando pontos de vistas e ações individuais que influenciam todo o meio na história.
11.4. É um ótimo lugar narrativo para “mostrar invés de contar”.
12. 11. Gatilho da Emoção
12.1. A emoção motiva o leitor. A curiosidade ativada no gancho, por exemplo, motiva o leitor a ler o próximo capítulo.
12.2. Para despertar emoção, é utilizada a mudança de polaridade, ou seja, a cena começa de uma forma, mas se transforma e termina de uma forma diferente da qual começou. Alternância, peripécia, que no geral, também não permitem que o leitor se canse ou enjoe de uma determinada emoção.
12.3. Os seres humanos agem mais por emoção que pela razão.
12.4. Não force algo de você para o personagem. Provoque emoção entre os personagens.
12.5. Quando o personagem se emociona com algo, isso quer dizer que ele se importa com aquilo. Isso o fará agir diante daquela emoção, gerando ação.
12.6. Quando a emoção entre os personagens, desperta e gera emoção no leitor, esse se apega e se interessa ainda mais pela história.
13. 13. Gatilho da Surpresa
13.1. A surpresa ativa a curiosidade do leitor. Ganha a sua atenção.
13.2. A surpresa ativa a adrenalina do personagem, levando ele a ter reações inesperadas e surpreendentes.
13.3. A surpresa pode estar na estrutura ou proposta da obra: Uma história infantil de terror!
13.4. A surpresa pode estar no contexto, no interior da obra: A história está seguindo de uma forma, e algo muda completamente.
13.5. A surpresa é a quebra do padrão.
13.6. A surpresa deve ser incorporada e estabilizada na história para que outra surpresa possa vir futuramente. Afinal, cada surpresa é curta, não dura muito tempo.
13.7. A surpresa deve ter alguma coerência com o contexto, se não se torna um recurso vazio que desorienta e quebra a verossimilhança da história. Perde-se assim a credibilidade.
14. 14. Gatilho do Espelho
14.1. O leitor tende a se espelhar no personagem. Assim se ele passa por um momento doloroso ou feliz, tendemos a vivenciar essas emoções também.
14.2. “Nos somos seres de mimese” – Aristóteles.
14.3. Tragédia catarse. O leitor sente terror e pena do personagem.
14.4. É preciso mostrar, no presente. E não contar.
15. 15. Gatilho do Disfarce
15.1. - Gatilho para personagens ocultos e tramas policiais e de investigação. Consiste em utilizar dois personagens, um é alvo de todas as suspeitas, o bode expiatório. Todos suspeitarão dele. Como ele é o alvo das suspeitas, o personagem disfarçado pode ser qualquer um.
16. 16. Gatilho do Conhecimento
16.1. Transmitir por meio da narrativa, um conhecimento novo ao leitor.
16.2. Anda junto com o gatilho do específico, dando conhecimento novo e credibilidade.
16.3. Cada personagem tem um conhecimento específico e ele pode mostrar um pouco desse seu mundo na narrativa. (O eletricista, o médico, o advogado, o assassino, etc.).
16.4. As pessoas adoram conhecer algo novo e isso as conectam a história.
17. 17. Gatilho do Realismo Mágico
17.1. Fazer com que as coisas reais pareçam mágicas.
17.2. Criar um olhar estético da realidade valorizando acontecimentos simples ou rotineiros e revelando a beleza e “magia” por trás deles.
17.3. Descrever cenas, sentimentos ou ações de um ponto de vista transcendental.
17.4. Epifania?
18. 18. Gatilho do Intrometido
18.1. Um personagem está na hora errada e no lugar errado e é, por isso, engolfado pela trama da história.
18.2. Plot Twist – Quando o personagem intrometido e a trama que o englobou, que são antagônicos, precisam se unir para enfrentar uma terceira força antagônica maior, que ameaça os dois primeiros.