Diferença e identidade: o currículo multiculturalista

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1. Multiculturalismo

1.1. Tem origem nos países dominantes do Norte.

1.2. É ambíguo.

1.3. É um movimento legítimo de reivindicação dos grupos culturais, para terem suas formas culturais reconhecidas e representadas .

1.4. Não pode ser separado das relações de poder.

1.5. É um instrumento de luta política, pois entende que a compreensão da diversidade cultural que esteve restrita, durante muito tempo.

2. "Ao mesmo tempo que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e veiculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada as produções culturais estadunidenses"

3. Perspectiva crítica

3.1. Não é apenas a diferença que é resultado de relações de poder, mas a própria definição daquilo que pode ser definido como "humano".

3.2. Está dividida entre duas concepções:

3.2.1. Concepção pós-estruturalista

3.2.1.1. É essencialmente um processo linguístico e discursivo. Não pode ser concebida fora dos processos linguísticos, é discursivamente produzida.

3.2.1.2. O processo de significação que produz a "diferença" se dá em conexão com relações de poder.

3.2.1.3. O diferente é avaliado negativamente em comparação ao “não-diferente”.

3.2.1.4. Possui excessivo textualismo, por sua ênfase em processos discursivos de produção da diferença.

3.2.2. Concepção materialista

3.2.2.1. Inspirada no marxismo.

3.2.2.2. Enfatiza os processos institucionais, econômicos, estruturais que estaria na base da produção dos processos de discriminação e desigualdade baseados na diferença cultural.

3.2.2.2.1. Exemplo o racismo, que não pode ficar limitado aos discursos, mas deve-se analisar também as estruturas institucionais e econômicas que estão em sua base.

3.3. Deixam intactas as relações de poder que estão na base da produção da diferença.

3.3.1. Essa diferença é colocada permanentemente em questão.

3.3.2. Isso vai representar um ataque aos valores da nacionalidade, da família, da herança cultural comum.

4. Multiculturalismo liberal/humanista

4.1. Apela para o respeito, a tolerância e a convivência pacífica entre as diferentes culturas.

4.1.1. As diferenças culturas não podem ser concebidas separadamente de relações de poder.

4.1.2. O currículo escolar são baseados nessas questões, exercendo assim uma harmonização entre as culturas.

5. A Antropologia contribuiu para a aceitação de não existência de uma hierarquia entre as culturas humanas, que todas culturas são equivalentes.

6. Implicações curriculares das diferentes visões de multiculturalismo

6.1. No USA, o multiculturalismo originou-se como uma questão educacional ou curricular.

6.2. Os grupos subordinados – as mulheres, os negros e os homems homessexuais – iniciaram uma forte crítica aquilo que consideravam como o cânon literário, estético e científico do currículo universitário tradicional.”

6.2.1. privilégios da cultura branca, masculina, europeia, homossexual.

6.3. “[...] o multiculturalismo nos faz lembrar que a igualdade não pode ser obtida simplesmente através da igualdade de acesso ao currículo hegemônico existente, como nas reivindicações educacionais progressistas anteriores.”

6.4. “Não haverá “justiça curricular”, para usar uma expressão de Robert Connell, se o cânon curricular não for modificado para refletir as formas pelas quais a diferença é produzida por relações sociais de assimetria.”