1. ORIGEM:Os flavonóides compõem uma ampla classe de compostos polifenólicos de origem vegetal, cuja síntese não ocorre na espécie humana (Lopes et al. 2010). São encontrados nas partes aéreas das plantas de diferentes ecossistemas, com ênfase as angiospermas, e considerados compostos relativamente estáveis por resistirem a oxidação, altas temperaturas e mode¬radas variações de acidez.
1.1. CLASSES
1.1.1. As principais classes destes compostos são as Antocianinas, encontradas predominantemente em frutas e flores e tendo como principais representantes a cianidina, delfinidina e a peomidina; as flavanas encontradas em frutas, chás, lúpulo, nozes e água de coco.
1.1.1.1. os Flavonóis, presentes exclusivamente em frutas e folhas, sendo representados pelas quercetinas, rutinas, micertinas e os camferóis; e os isoflavonóides, que em alguns casos são chamados de isoflavonas, encontrados em legumes, particularmente na soja, e representados principalmente pela daidzeína e genisteína
2. TOXICIDADE DOS FLAVONÓIDES
2.1. São fracamente antigênicos, mas cita que reações alérgicas ocorrem em cerca de 3 a 5 % da população após ingerir alimentos com altas concentrações destes compostos. Este autor ainda informa que a dose letal 50 (DL50) de isoflavonas é igual a 2 g/Kg em ratos, quando administradas via intravenosa e em tratamento crônico.Em outras pesquisas foi verificado que a ingestão excessiva e por tempo prolongado de quercetina, podem interferir na função da tireóide, inibindo captação de iodeto.
2.1.1. Em outro estudo utilizando o teste do Cometa e o teste de Micronúcleos foi verificado danos significativos a estrutura dos cromossomos por meio da ação de flavonóides. Estes mesmos autores ainda relatam que os isoflavonóides em altas concentrações tem o potencial de inibir a ação de citocromos P450 promovendo alteração drásticas no funcionamento do fígado.
3. ESTRUTURA QUÍMICA:A estrutura química básica destes compostos, conhecida como flavilium, consiste de 15 carbonos distribuídos em dois anéis aromáticos (anéis A e B), os benzenos, interligados a uma estrutura heterocíclica central, o pirano (anel C), onde o primeiro benzeno é condensado com o sexto carbono do pirano, que na posição 2 carrega um grupo fenila
3.1. ESTRUTURA QUÍMICA
4. MECANISMO DE AÇÃO
4.1. Dentre os flavonóides com ação medicinal estão os flavonóis, com ênfase as quercetinas e o caempeferol, nas concentrações de 0,1; 1,0; 3,0 e 100,0 μM, em tratamento agudo. Estes dois compostos, em ação conjunta, demonstram ter grande potencial anti-inflamatório por modular a ação de componentes celulares envolvidos no mecanismo da inflamação
4.1.1. As quercetinas mostram, na concentração de 35 mg/Kg em tratamento crônico, ter ação vasodilatadora por modificar a biossíntese de eicosanoides que é a resposta anti- prostanóide e antiinflamatória de proteger o colesterol-LDL da oxidação com a função de impedir a formação de placa aterosclerótica, de prevenir a agregação plaquetária e, nas concentrações de 150 mg/Kg em tratamento crônico, de promover efeito anti-hipertensivo e anti-isquêmico
4.1.1.1. os isoflavonóides, estudos demonstraram que, nas doses de 1 a 10μM estes compostos são grandes doadores de elétrons por apresentarem estruturas químicas conjugadas em anel β, ricas em grupos hidroxilas, que tem grande ação antioxidante por reagirem e inativarem ânions superóxido, oxigênio singleto, radicais peróxido de lipídios e/ ou estabilizando radicais livres envolvidos no processo oxidativo.
4.1.2. Os isoflavonóides demonstraram que, nas doses de 1 a 10μM estes compostos são grandes doadores de elétrons por apresentarem estruturas químicas conjugadas em anel β, ricas em grupos hidroxilas, que tem grande ação antioxidante por reagirem e inativarem ânions superóxido, oxigênio singleto, radicais peróxido de lipídios e/ ou estabilizando radicais livres envolvidos no processo oxidativo.
4.1.2.1. Os flavonóis, as antocianidinas e as isoflavonas também exercem efeito benéficos no tratamento da diabetes por aumentar a secreção de insulina, diminuindo a apoptose e promover a proliferação de células β-pancreáticas. Também regulam o metabolismo da glicose em hepatócitos, reduzem a resistência à insulina, à inflamação e estresse oxidativo em tecidos musculares e adiposo.