Pluralidade dos Mundos Habitados: formação e categorias

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Pluralidade dos Mundos Habitados: formação e categorias por Mind Map: Pluralidade dos Mundos Habitados: formação e categorias

1. Diferentes categorias dos mundos habitados

1.1. No que se refere as várias categorias de mundos nas obras do Pentateuco Espírita o único livro que fala sobre o assunto de maneira categórica é o ESE, Cap. III- "Há muitas moradas na casa de meu Pai"

1.1.1. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos. Ref. ESE, Cap. III; item 2

1.1.2. "Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos." Ref. ESE, Cap. III, item 5. Para maiores aprofundamentos ver A Gênese, Cap. 11- Emigração e imigração dos Espíritos.

1.1.3. Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases... vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Ref. ESE, Cap. III, item 19

1.2. "A qualificação de mundos inferiores e mundos superiores nada tem de absoluta; é, antes, muito relativa. Ref. ESE, Cap. III; item 8 Emerge então a pergunta: O que é levado em consideração para classificar os mundos como inferiores, intermediários e superiores? Três fatores: o grau evolutivo dos seus habitantes, o estado em que se acham e a destinação que trazem.

1.2.1. O grau evolutivo dos seus habitantes: "...muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes." Ref. ESE, Cap. III; item 3

1.2.2. O estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando como base os matizes (espectros) salientes ( que se destacam). Ref. ESE, Cap. III, item 4.

1.2.3. "Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que essa se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual." Ref. ESE, Cap. III, item 3

1.3. Mundos Inferiores:

1.3.1. Mundos primitivos: destinados às primeiras encarnações da alma humana; Ref. ESE, Cap. III, item 4

1.3.1.1. "Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei."Ref. ESE, Cap. III, item 8

1.3.1.2. "Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos... eles não são seres degradados, mas crianças que estão a crescer... difícil é reconhecer-se nos Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, os que foram esses seres primitivos, do mesmo modo que no homem adulto se custa a reconhecer o embrião."Ref. ESE, Cap. III, item 8

1.3.2. Mundos de expiação e provas: onde domina o mal; Ref. ESE, Cap. III, item 4. A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Ref. ESE, Cap. III, item 13

1.3.2.1. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados. Ref. ESE, Cap. III, item 14

1.3.2.2. Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já viveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Ref. ESE, Cap. III, item 14

1.3.2.2.1. Comentário: Aqui é uma clara referência à teoria da chamada raça Adâmica a qual nos traz que, em um mundo que no passado estava em transição para se tornar "de regeneração" Espíritos que permanceram insistindo no mal foram banidos para um planeta inferior, a Terra, a fim de não perturbarem os bons que lá estavam e evoluírem os Espíritos mais novos por contato social nesse novo planeta.

1.4. Mundos de regeneração: as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; Ref. ESE, Cap. III, item 4 Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. Ref. ESE, Cap. III, item 17

1.4.1. Nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam. Ref. ESE, Cap. III, item 18

1.4.2. A alma penitente, encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita eqüidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis. Ref. ESE, Cap. III, item 17

1.4.3. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados... Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Ref. ESE, Cap. III, item 17

1.5. Mundos Superiores: a forma corpórea aí é sempre a humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre e não está, conseguintemente, sujeito às necessidades, nem às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria provoca... os sentidos são aptos a percepções a que neste mundo a grosseria da matéria obsta. A leveza específica do corpo permite locomoção rápida e fácil: em vez de se arrastar penosamente pelo solo, desliza, a bem dizer, pela superfície, ou plana na atmosfera, sem qualquer outro esforço além do da vontade, conforme se representam os anjos... Ref. ESE, Cap. III, item 9

1.5.1. A pouca resistência que a matéria oferece a Espíritos já muito adiantados torna rápido o desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infância... a vida é proporcionalmente muito mais longa do que na Terra. Em princípio, a longevidade guarda proporção com o grau de adiantamento dos mundos... A morte de modo algum acarreta os horrores da decomposição; longe de causar pavor, é considerada uma transformação feliz, por isso que lá não existe a dúvida sobre o porvir. Durante a vida, a alma, já não tendo a constringi-la a matéria compacta, expande-se e goza de uma lucidez que a coloca em estado quase permanente de emancipação e lhe consente a livre transmissão do pensamento. Ref. ESE, Cap. III, item 9

1.5.2. Mundos ditosos: onde o bem sobrepuja o mal; Ref. ESE, Cap. III, item 4. O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é galgar a categoria dos Espíritos puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo; Ref. ESE, Cap. III, item 10

1.5.3. Mundos celestes ou divinos: habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem; Ref. ESE, Cap. III, item 4. No vosso (mundo, a Terra), precisais do mal para sentirdes o bem; da noite, para admirardes a luz; da doença, para apreciardes a saúde. Naqueles outros não há necessidade desses contrastes. A eterna luz, a eterna beleza e a eterna serenidade da alma proporcionam uma alegria eterna, livre de ser perturbada pelas angústias da vida material, ou pelo contacto dos maus, que lá não têm acesso. Ref. ESE. Cap. III, item 11

2. Objetivo: Possibilitar o entendimento a respeito da formação da existência e das diversas categorias de mundos habitados sob a perspectiva da Doutrina Espírita

3. Terra: mundo de provas e expiações

3.1. Qual seria então a destinação da Terra?

3.2. "A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias." Ref. ESE, Cap. III, item 4. A Terra oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita... como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. Ref. ESE, Cap. III, item 15.

3.2.1. "Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração...a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império." Ref. ESE, Cap. III, item 6

3.2.2. "...do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais."Ref. ESE, Cap. III, item 7

3.3. Transição planetária: O que nos diz a Doutrina e a literatura Espírita?

3.3.1. São chegados os tempos. Em que sentido devem entender essas palavras proféticas? Ref. A Gênese, Cap. XVIII.

3.3.1.1. Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer coisa de místico e de sobrenatural, parecendo-lhes prenunciadoras da subversão das leis da Natureza. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 1

3.3.1.1.1. Essas gerações (do período da transição) vêem uma causa sobrenatural, maravilhosa, miraculosa no que, em realidade, mais não é do que a execução das leis da Natureza. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 10.

3.3.1.1.2. "...a Jesus, pois, foi lícito dizer que ela se assinalaria por fenômenos extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais no céu, que mais não são do que meteoros, sem ab-rogação das leis naturais. O vulgo, porém, ignorante, viu nessas palavras a predição de fatos miraculosos."Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 10.

3.3.1.1.3. Quando se vos diz que a Humanidade chegou a um período de transformação e que a Terra tem que se elevar na hierarquia dos mundos, nada de místico vejais nessas palavras; vede, ao contrário, a execução de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 8. Que lei é essa que A Gênese está se referindo?

3.3.1.2. "...O nosso globo, como tudo o que existe, esta submetido à lei do progresso. Ele progride, fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Ambos esses progressos se realizam paralelamente, porquanto o melhoramento da habitação guarda relação com o do habitante." Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 2

3.3.1.2.1. Moralmente, a Humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que o melhoramento do globo se opera sob a ação das forças materiais, os homens para isso concorrem pelos esforços de sua inteligência. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 2

3.3.1.2.2. "Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral." Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 6.

3.3.1.3. "Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus..." Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 2

3.3.1.3.1. A Humanidade terrestre, tendo chegado a um desses períodos de crescimento, está em cheio, há quase um século, no trabalho da sua transformação, pelo que a vemos agitar-se de todos os lados, presa de uma espécie de febre e como que impelida por invisível força. Assim continuará, até que se haja outra vez estabilizado em novas bases. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 9

3.3.2. Sinais dos tempos: "Uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Há, inevitavelmente, luta de idéias. Desse conflito forçosamente se originarão passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplanado e restabelecido o equilíbrio. É, pois, da luta das idéias que surgirão os graves acontecimentos preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais." Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 7.

3.3.2.1. "...verdadeira confusão geral, mas que passa como furacão, após o qual o céu volta a estar sereno, e a Humanidade, reconstituída sobre novas bases, imbuída de novas idéias, começa a percorrer nova etapa de progresso." Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 9.

3.3.2.1.1. As teorias sociais continuam seu caminho, tocando muitas vezes a curva tenebrosa do extremismo, mas as revelações do além- túmulo descem às almas, como orvalho imaterial, preludiando a paz e a luz de uma nova era. Ref. A Caminho da Luz; Emmanuel; Cap. 24 p. 207.

3.3.2.1.2. Enquanto as utopistas da reforma exterior se entregam à tutela de ditadores impiedosos, como os da Rússia e da Alemanha, em suas sinistras aventuras revolucionárias, prossegue ele, o Espiritismo, a sua obra educativa junto das classes intelectuais e das massas anônimas e sofredoras, preparando o mundo de amanhã com as luzes imorredouras da lição do Cristo. Ref. A Caminho da Luz; Emmanuel; Cap. 24 p. 207.

3.3.2.2. O progresso intelectual realizado até ao presente, nas mais largas proporções, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no avanço geral da Humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 18.

3.3.2.2.1. Enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos seus conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais, razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus semelhantes e de os destruir. Ref. Ibidem

3.3.2.2.2. Será ainda o progresso moral que, secundado então pelo da inteligência, confundirá os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a controvérsias e, em conseqüência, aceitáveis por todos. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 19.

3.3.2.3. Faz-se-lhe mister vencer tais resistências e essa será a obra da nova geração. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 23. A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as idéias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 24.

3.3.2.3.1. Haverá, portanto, uma luta inevitável, mas luta desigual, porque é a do passado decrépito, a cair em frangalhos, contra o futuro juvenil. Será a luta da estagnação contra o progresso, da criatura contra a vontade do Criador, uma vez que chegados são os tempos por ele determinados. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 26.

3.3.2.4. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, se- não, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso... Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 27.

3.3.2.4.1. A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas... neste sentido é que Jesus declarava:“Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.” Ref. Ibidem

3.3.2.4.2. "...a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusiva- mente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração." Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 28.

3.3.2.4.3. Quando a Terra se achar livre deles (daqueles que insistem nas fileiras do mal), os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores. Ref. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 28.

4. Terra mundo de regeneração

4.1. O caráter, os costumes, os usos, tudo está mudado. É que, com efeito, surgiram homens novos, ou, melhor, regenerados. As idéias, que a geração que se extinguiu levou consigo, cederam lugar a idéias novas que desabrocham com a geração que se ergue. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 13.

4.1.1. Enfraquecem-se os preconceitos de raça, os povos entram a considerar-se membros de uma grande família; pela uniformidade e facilidade dos meios de realizarem suas transações, eles suprimem as barreiras que os separavam e de todos os pontos do mundo reúnem-se em comícios universais, para as justas pacíficas da inteligência. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 21.

4.2. Tornada adulta, a Humanidade tem novas necessidades, aspirações mais vastas e mais elevadas; compreende o vazio com que foi embalada, a insuficiência de suas instituições para lhe dar felicidade. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 14

4.2.1. O passado já não pode bastar às suas novas aspirações, às suas novas necessidades... sua razão amadurecida reclama alimentos mais substanciosos. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 14

4.3. O espírito de incredulidade, que se apodera das massas, ignorantes ou esclarecidas, e as levava a rejeitar com a forma a substância mesma de toda crença, parece ter sido um sono, a cujo despertar se sente a necessidade de respirar um ar mais vivificante. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 22

4.3.1. A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social; mas, não há fraternidade real, sólida, efetiva, senão assente em base inabalável e essa base é a fé, não a fé em tais ou tais dogmas particulares, que mudam com os tempos e os povos... mas a fé nos princípios fundamentais que toda a gente pode aceitar e aceitará: Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os seres. Ref. A Gênese, Cap. XVIII, item 17

5. Elementos Gerais do Universo (existência)

5.1. É dado ao homem conhecer o princípio das coisas? Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo. Ref. LE Cap.2 q.17

5.1.1. Quando poderá saber aquilo que hoje não lhe é possível saber? “O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui."Ref. L.E. Cap 2. q.18

5.2. Quais são os elementos gerais do universo? Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Ref. L.E. Cap. 2 q. 27

5.2.1. Deus: Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Ref. LE Cap 1. q. 1 (para mais detalhes verificar Módulo III do material de apoio)

5.2.2. Matéria: "é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que esse se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação...existe em estados que ignorais, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.” Ref. LE. Cap.2 q. 22 e q.22 "a" (1857)

5.2.3. O espírito (com "e"minúsculo): O princípio inteligente do Universo. Ref. L.E. Cap.2 q.23.

5.2.3.1. A inteligência é um atributo essencial do espírito. Ref. L.E. Cap.2 q.24.

5.2.3.2. O pensamento é um atributo da alma. Ref. L.E. q.89 "a"

5.2.3.3. O espírito independe da matéria e não é uma propriedade dessa, ou seja, a união do espírito e da matéria é necessária para intelectualiza-la. Ref. L.E. Cap.2 q.25.

5.2.3.3.1. Comentário: Ou seja, pode-se dizer que o princípio inteligente do universo precisa da matéria para se tornar racional! Daí a necessidade no reino hominal da reencarnação.

5.2.3.4. "Espírito" com "E" maiúsculo ≠ "espírito" com"e"minúsculo: "Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.” Ref. L.E. q. 76 Assim, Espírito com "E maiúsculo" é o princípio inteligente ( ou seja o espírito com "e" minúsculo) só que individualizado. Ref. L.E. q 79

6. Formação da Matéria

6.1. Podemos estabelecer como princípio absoluto que todas as substâncias, conhecidas e desconhecidas, por mais dessemelhantes que pareçam, quer do ponto de vista da constituição íntima, quer pelo prisma de suas ações recíprocas, são, de fato, apenas modos diversos sob que a matéria se apresenta; variedades em que ela se transforma sob a direção das forças inumeráveis que a governam. Ref. A Gênese, cap. VI, item 3

6.1.1. ...quer a substância que se considere pertença aos fluidos propriamente ditos, isto é, aos corpos imponderáveis, quer revista os caracteres e as propriedades ordinárias da matéria, não há, em todo o Universo, senão uma única substância primitiva;o cosmo,ou matéria cósmica. Ref. A Gênese, cap. VI, item 7

6.2. Fluido Cósmico Universal ( outros nomes encontrados na codificação: fluido, substância e matéria cósmico primitiva ou elementar, éter ou plasma divino, hausto do criador e força nervosa do Todo-o-Sábio ) x Matéria:

6.2.1. 1- Ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Ref. L.E. q 27

6.2.1.1. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Ref. Ibidem

6.2.1.2. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Ref. Ibidem

6.2.1.3. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Ref. Ibidem

6.2.1.4. Comentário: Veja que o Espírito se liga ao corpo por meio do perispírito. Cada mundo, dependendo da evolução dos Espíritos que nele estão habitando, tem um FCU compatível, mais ou menos sutil dependendo do grau de desenvolvimento. "De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial? “Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.” Ref. L.E. q. 94

6.2.2. Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Ref. A Gênese, cap. VI, Leis e forças: item 10

6.2.2.1. A substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde pelos espaços interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas... mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações... nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a Natureza há tirado todas as coisas. Ref. A Gênese, cap. VI, item 17

6.2.2.2. A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz. Ref. A Gênese, cap. VI, item 17

6.2.2.2.1. Comentário: Seria o FCU uma face primária do próprio Deus? Veja que o tópico que fala sobre este assunto na Gênese não é sobre o tema "fluidos"como era de se esperar, mas sobre a formação universal da matéria e dentro dela "Leis e forças eternas", ou seja, é no FCU que estão gravadas todas as leis eternas, a programação divina que expressa os desígnios de Deus e que estão contidas as forças fundamentais as quais sabemos hoje serem responsáveis por darem forma a matéria 4: 1-Gravidade; 2- Força eletromagnética; 3- Força nuclear forte e 4- Força nuclear fraca. (Assunto já apresentado no módulo IV)

6.2.2.2.2. Todas essas forças são eternas e universais, como a criação. Sendo inerentes ao fluido cósmico, elas atuam necessariamente em tudo e em toda parte, modificando suas ações pela simultaneidade ou pela sucessividade, predominando aqui, apagando-se ali, pujantes e ativas em certos pontos, latentes ou ocultas noutros, mas, afinal, preparando, dirigindo, conservando e destruindo os mundos em seus diversos períodos de vida, governando os maravilhosos trabalhos da Natureza, onde quer que eles se executem, assegurando para sempre o eterno esplendor da criação. Ref. A Gênese, cap.VI, item 11

6.2.2.3. Toda criatura, mineral, vegetal, animal ou qualquer outra — porquanto há muitos outros reinos naturais, de cuja existência nem sequer suspeitais — sabe, em virtude desse princípio vital e universal, apropriar as condições de sua existência e de sua duração. Ref. A Gênese, cap. VI, item 18

6.2.2.4. Comprovação da existência de algo análogo ao que o Espiritismo chama de FCU pela ciência, o chamado "*Campo de Higgs" * Definição de Campo: é uma força que age influenciando um determinado espaço de determinada forma.

6.2.2.4.1. Como funciona o bóson de Higgs

6.2.2.4.2. Comentário: A primeira manifestação do Campo de Higgs é a formação da chamada "Partícula de Deus" ou Bóson de Higgs que literalmente é a partícula elementar que dá massa a tudo o que existe, desde as mais simples partículas que formam outras partículas como Quarks, Positrons, Neutrinos, Elétrons, etc, que constituem os átomos dos diversos elementos (Hidrogênio, Carbono, Nitrogênio...) que formam moléculas de substâncias como a água, que formam corpos inanimados como pedras e metais... que formam seres vivos simples como vegetais, bactérias e fungos... e complexos como animais vertebrados e irracionais e que finalmente evoluem para um ser racional e capaz de sentir a presença de Deus e entender que algo existe mesmo sem estar em sua presença, o homem. Esse é o caminho que vem desde o invisível até o visível, do intangível ao material, do sutil ao grosseiro.

6.3. Formação dos mundos e da Terra

6.3.1. Tudo o que a esse respeito se pode dizer e podeis compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço.” Ref. LE q. 39

6.3.1.1. O movimento circular produzido pela gravitação, rigorosamente igual, de todas as zonas moleculares em direção ao centro, logo modificou a esfera primitiva, a fim de a conduzir, de movimento em movimento, à forma lenticular. Ref. A Gênese; cap. VI

6.3.1.2. Um desses planetas será a Terra que, antes de se resfriar e revestir de uma crosta sólida, dará nascimento à Lua, pelo mesmo processo de formação astral a que ela própria deveu a sua existência. Ref. A Gênese, cap. VI, item 24.

6.3.2. O poder criador nunca se contradiz e, como todas as coisas, o Universo nasceu criança. Revestido das leis mencionadas acima e da impulsão inicial inerente à sua formação mesma, a matéria cósmica primitiva fez que sucessivamente nasces- sem turbilhões, aglomerações desse fluido difuso, amontoados de matéria nebulosa que se cindiram por si próprios e se modificaram ao infinito para gerar, nas regiões incomensuráveis da amplidão, diversos centros de criações simultâneas ou sucessivas. Ref. A Gênese, Cap. VI, item 16

6.3.3. Pode um mundo completamente formado desaparecer e disseminar-se de novo no Espaço a matéria que o compõe? “Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.” Ref. LE q 41

7. Formação do Espírito

7.1. Acerca do modo da criação dos Espíritos, entretanto, não posso ministrar mais que um ensino muito restrito, em virtude da minha própria ignorância e também porque tenho ainda de calar-me no que concerne a certas questões, se bem já me haja sido dado aprofundá-las. Ref. A Gênese, cap. VI,item 19

7.1.1. Os Espíritos são distintos da Divindade e não são porções dessa, tal como uma máquina é criação do homem e não o próprio homem! Ref. L.E. q.77

7.1.2. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, assim como os corpos são a individualização do princípio material. L.E. q. 79

7.1.3. Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela sua vontade. Mas, repito ainda uma vez, a origem deles é mistério.” L.E. q.81

7.2. Terá o princípio espiritual sua fonte de origem no elemento cósmico universal? Será ele apenas uma transformação, um modo de existência desse elemento, como a luz, a eletricidade, o calor, etc.? Ref. A Gênese, cap. XI, item VI

7.2.1. Se fosse assim, o princípio espiritual sofreria as vicissitudes da matéria; extinguir-se-ia pela desagregação, como o princípio vital; momentânea seria, como a do corpo, a existência do ser inteligente que, então, ao morrer, volveria ao nada, ou, o que daria na mesma, ao todo universal.

7.3. O Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização. Unicamente a datar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades. A Gênese, cap. VI,item 19

7.3.1. Do ponto de vista material, apenas há seres orgânicos e inorgânicos. Ref. L.E q. 585

7.3.2. Do ponto de vista moral, há evidentemente quatro graus. Ref. L.E. q. 585 ( Há de se entender que moral, no sentido utilizado, não alude relação com ética, mas à parte imaterial ou espiritual do ser) Reinos mineral, vegetal, animal e hominal. Ou seja, o que está sendo dito é que o processo de individuação do princípio inteligente necessita que o princípio material se desenvolva em corpos pertencentes a esses 4 reinos para que aquele consiga utilizá-los como instrumento para seu desenvolvimento.)

7.3.2.1. As plantas, porém, são sempre plantas, como os animais sempre animais e os homens sempre homens. Ref. L.E. q. 591

7.3.2.2. "...emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais? “Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal.” L.E. q. 606 Alínea "a"

7.3.2.3. Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação, não? “Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres...é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. Ref. L.E q. 607 alínea "a".

7.3.3. Tendo a matéria que ser objeto do trabalho do Espírito para desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que ele pudesse atuar sobre ela. Ref. A Gênese, cap. X, item 10

7.3.3.1. Tendo a matéria que ser, no mesmo tempo, objeto e instrumento do trabalho, Deus, em vez de unir o Espírito à pedra rígida, criou, para seu uso, corpos organizados, flexíveis, capazes de receber todas as impulsões da sua vontade e de se prestarem a todos os seus movimentos. Ref. Ibidem

7.3.3.2. "...não é a sua vestidura de carne que o coloca acima do bruto e faz dele um ser à parte; é o seu ser espiritual, seu Espírito."Ref. A Gênese, cap. X, item 14. A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecê-lo. L.E. q.610

7.4. Reino mineral: A matéria inerte, que constitui o reino mineral, só tem em si uma força mecânica. Ref. L.E. q. 585

7.4.1. Comentário: Lembre que foi informado no mód. IV, resumo sobre a teoria da mecânica quântica, que a definição de massa para essa teoria é uma força que interage com o campo elementar (Campos de Higgs) na qual ela está atuando. De onde, portanto, vem a massa? Cada partícula que tem massa é uma "excitação" produzida por essa força no Campo de Higgs

7.5. Reino vegetal: Ainda que composta de matéria inerte, são dotadas de vitalidade. Ref. L.E. q. 585; não possui consciência, pois não pensam. Ref. L.E. q. 586; têm impressões físicas, mas não experimentam sensações, não têm percepções e, por isso, não sentem dor. Ref. L.E. q. 587;

7.6. Reino animal: Também compostos de matéria inerte e igualmente dotados de vitalidade, possuem, além disso, uma espécie de inteligência instintiva, limitada e a consciência de suas existências e individualidades. Ref. L.E. q. 585 Conceito de Instinto: O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação. Ref. A Gênese, cap. 3, item 11

7.6.1. Possuem uma espécie de inteligência, mas cujo exercício quase que se circunscreve à utilização dos meios de satisfazerem às suas necessidades físicas e de proverem à conservação própria. Nada criam, nem melhora alguma realizam. Ref. L.E. q. 593

7.6.2. Os animais não são simples máquinas...a liberdade de ação, de que desfrutam, é li- mitada pelas suas necessidades e não se pode comparar à do homem... A liberdade, possuem-na restrita aos atos da vida material. Ref. L.E. q.595 Não estão sujeitos a expiação. Ref. L.E. q. 602 possuem alma, cuja distância para do homem é equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus. Ref. L.E. q. 597 a; quando vai para erraticidade conserva sua individualidade. Ref. L.E. q. 598;

7.6.2.1. A alma do animal é classificada pelos Espíritos a quem incumbe a tarefa de dizer em qual espécie irá reencarnar e utilizá-la quase que imediatamente. Ref. L.E. q. 599 e 600

7.6.3. Os animais estão sujeitos a lei do progresso e em mundos superiores têm meios mais eficazes de se comunicar. Ref. L.E. q. 601; essa progressão ocorre não pela própria vontade dos animais, como ocorre com o homem, mas pela força das coisas. Ref. L.E. q. 602 (ou seja de fora para dentro)

7.7. Reino hominal: tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial (o homem), indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extramateriais e o conhecimento de Deus. Ref. L.E. q.585. Conceito de inteligência: A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidade das circunstâncias. É incontestavelmente um atributo exclusivo da alma. Ref. A Gênese, cap. 3, item 12.

7.7.1. O corpo tem seus instintos, resultantes da sensação peculiar aos órgãos... Participa, pelo seu corpo, da natureza dos animais e de seus instintos. Por sua alma, participa da dos Espíritos. Ref. L.E. q. 605

7.7.2. Encarnando no corpo do homem, o Espírito lhe traz o princípio intelectual e moral, que o torna superior aos animais...Purificando-se, o Espírito se liberta pouco a pouco da influência da matéria. Ref. Ibidem alínea "a".

7.7.3. O Espírito do homem tem, após a morte, consciência de suas existências anteriores ao período de humanidade? “Não, pois não é desse período que começa a sua vida de Espírito. L.E. q. 608

7.7.3.1. Poderia encarnar num animal o Espírito que animou o corpo de um homem? “Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à sua nascente.” Ref. L.E. q. 612