1. Avaliação Escolar
1.1. DEFINIÇÃO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR
1.1.1. Prof Luckesi “Uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.”
1.1.1.1. Avaliação escolar é um componente do processo de ensino que visa através da verificação dos resultados obtidos determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e assim orientar a tomada de decisões seguintes.
1.1.2. Tarefas da avaliação
1.1.2.1. Verificação
1.1.2.2. Qualificação
1.1.2.2.1. Funções da avaliação
1.1.2.3. Apreciação qualitativa
1.2. AVALIAÇÃO CLASSIFICATÓRIA
1.2.1. Se limita apenas a sua função de controle, a qual faz uma classificação quantitativa somente pelas notas nas provas.
1.2.1.1. Alguns prof. Se vangloriam por deter o poder de aprovar e reprovar
1.2.1.1.1. Ruim por dois aspectos:
1.2.2. Utilizar a nota para recompensa ou punição; Ignorando sua função como professor, de assegura as condições e meios pedagógicos-didáticos para que os alunos sejam estimulados a aprender, sem intimida-los;
1.2.2.1. Prof. julga quem ele “acha” que vai passar de ano e quem não. Causando um certo isolamento e exclusão daqueles que foram condenados, que chegam a deixar a escola;
1.2.2.1.1. Rejeita medidas quantitativa de aprendizagem em favor de dados qualitativos . Considerando que as provas prejudicam o desenvolvimento autônomo e a criatividade.
1.3. CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO
1.3.1. A avaliação é uma parte integrante do processo de ensino e aprendizagem
1.3.1.1. Possui como objetivo explicar conhecimento, habilidade e atitudes
1.3.2. Se manifesta atraves de respostas obtidas por exercícios, provas, trabalhos
1.3.3. Indícios de progresso ou deficiência detectados na assimilação de conhecimento possibilitam a revisão do plano de ensino.
1.3.4. As avaliações também possibilitam tornando mais claros os objetivos
1.3.4.1. São para o desenvolvimentos intelectual, social e moral dos alunos.
1.3.5. A avaliação possibilita o conhecimento de cada um, de sua posição e relação a classe.
1.3.5.1. Estabelece uma base para as atividades de ensino e aprendizagem.
1.3.5.1.1. A avaliação deve ter caráter objetivo, capaz de comprovar se o conhecimentos foi realmnete assimilado.
1.4. ATRIBUIÇÃO DE NOTAS E CONCEITOS
1.4.1. Comprovam a quantidade e qualidade dos conhecimentos adquiridos em relação aos conhecimentos
1.4.2. A análise dos resultados de cada aluno e o conjunto de alunos permite determinar a eficácia do processo de ensino como um todo e as reorientações necessárias.
1.4.3. As notas ou conceitos traduzem de forma abreviada, os resultados do processo de ensino e aprendizagem.
1.4.3.1. Elas não são o objetivo do ensino, apenas expressa níveis de aproveitamento escolar em relação aos objetivos propostos.
1.4.4. O sistema de notas situa o aproveitamento dos alunos numa escala numérica de 1 a 10
1.4.5. O sistema de conceitos
1.4.5.1. usa menções
1.4.5.1.1. Excelente, bem satisfatório, satisfatório, insatisfatório
1.4.5.2. 2 Ou letras
1.4.5.2.1. A, B, C, D
1.4.6. Nesse sistema as faixas em que são situadas os alunos são mais amplas que a escala numérica, igualando os de rendimento escolar aproximado
1.4.7. A escolha do sistema de registro depende da escolha da escola. podendo ser atribuída os dois, primeiro atribuindo as notas depois localizando-as na escala de conceitos.
1.4.7.1. Para tornar a avaliação mais consistente e mais justa, o professor deve assegurar a realização de várias verificações parciais antes de uma prova final de bimestre.
1.4.7.1.1. A atribuição de nota somente após dois meses de aula é uma prática inadequada, pois não reflete o progresso do aluno nas múltiplas formas de manifestação ao seu rendimentos escolar que se verificam no decorrer das aulas.
2. Avaliação Classificatória
2.1. É uma perspectiva de avaliação vinculada a noção de medida.
2.1.1. Que trás a ideia que é possível medir matematicamente e objetivamente as aprendizagens escolares.
2.1.2. A noção de medida supõe a existência de padrões de rendimento a partir dos quais o aluno terá seu rendimento comparado e hierarquizado.
2.2. Ela é realizada através de varias atividades;
2.2.1. Classifica para aprovar ou reprovar.
2.3. Em educação o instrumento de medição do desempenho do aluno é o professor.
2.3.1. Causando perca sua confiabilidade, uma vez que o prof. É um ser humano, impossibilitado de despir-se de sua subjetividade;
2.3.1.1. Isto é comprovado a medida que diferentes prof. Atribuem diferentes notas ao mesmo trabalho.
2.4. A atribuição de nota se tornou tão forte ao ponto de sem ela, acaba-se a motivação e o interesse do aluno.
2.4.1. Contradizendo com a principal da função da avaliação que é orientar as aprendizagens
2.4.1.1. E por outro lado, revelam uma compressão do desempenho do aluno, como sua inteira responsabilidade.
2.4.1.1.1. Daí o fato da existência da premiação ou punição;
2.5. As origens históricas dessa forma de avaliar surgiram no inicio do século xx.
2.5.1. Para Newton o mundo físico seguia um postulado de casualidade, onde uma mesma causa vai sempre produzir o mesmo efeito.
2.5.1.1. Dando forma a um universo mecanicista , que pode ser medido, quantificado e controlado.
2.5.1.1.1. Estudos de medição da inteligência, através dos fatores psicológicos deram forma a teoria dos testes.
2.6. Na educação a teoria do teste proliferou rapidamente, por ser um instrumento de medida e controle.
2.6.1. Que lhe conferia validade e confiabilidade através da medição das mudanças comportamentais dos alunos.
2.6.1.1. Vários estudos sobre mensuração surgiram, mas o de Ralph Tyler se destacou: avaliação por objetivo.
2.6.1.1.1. Tratava de uma proposta de avaliar integrada a um modelo de elaboração curricular, tendo forte caráter o controle de planejamento.
2.7. Na educação forma chamadas de provas objetivas.
2.7.1. Vinculando a avaliação como a ideia medida, verificação ou aferição de aprendizagens.
2.7.1.1. Tornando-se uma pratica centralizada no resultado das aprendizagens como um produto de valor traduzido numericamente (nota).
2.7.1.1.1. Esse tipo de avaliação compõe uma logica educativa estruturada na concepção dominante do ensino. (ensino fechado)
2.8. Avalição classificatória.
2.8.1. Trabalha-se com a ideia de verificar a aprendizagem. (verdadeiro) partindo do principio da existência- de um conhecimento -de uma verdade que deve ser assimilada pelo aluno.
2.8.1.1. Estabelece uma escala de qualidade de desempenho com referencia no conteúdo do programa.
2.8.1.1.1. E nesta escala os alunos são classificados quanto ao seu rendimento nos instrumentos de avaliação. (total de pontos)
3. Avaliação de Conteúdos
3.1. É importante na avaliação de conceitos, resgatar sempre os conhecimentos prévios dos alunos, para analisar o que estiver sendo aprendido.
3.1.1. remete a professor instruir também a observação como uma técnica de levantamento de dados, ampliando as informações sobre o que o aluno está sabendo para além dos momentos formais de avaliação como momentos de provas ou outros instrumentos de avaliação
3.2. Tipos de dimensões
3.2.1. Dimensão Procedimental
3.2.1.1. A dimensão procedimental do conhecimento implica no saber fazer.
3.2.1.2. procedimentos que precisam ser desenvolvidos
3.2.1.3. Nela o aluno precisa saber:
3.2.1.3.1. observar,
3.2.1.3.2. ler,
3.2.1.3.3. registrar,
3.2.1.3.4. procurar dados em várias fontes,
3.2.1.3.5. analisar e concluir a partir dos dados levantados.
3.2.2. Dimensão Atitudinal
3.2.2.1. É aquela que indicará os valores em construção.
3.2.2.2. Manifesta-se mais relaciado em crenças e normas.
3.2.2.3. A aquisição de valores é alcançada através do desenvolvimento de atitudes de acordo com esse sistema de valores
3.2.2.4. As atitude e valores envolvem também normas e valores. valores são princípios ou ideias éticas que permitem às pessoas emitir um juízo sobre as condutas e seu sentido
3.2.2.4.1. Ex: Solidariedade, Responsabilidade, respeito aos outros, etc.
4. Avaliação Formativa
4.1. É uma pratica que permite aproximação do professor aos processos de aprendizagem do aluno
4.2. Tem por objetivo interpretar e compreender os seus processos, e promover ações que ajudem os alunos a avançar no seu desenvolvimento e na suas aprendizagens
4.3. Tem como função permitir ao professor identificar os progressos e dificuldades dos alunos para dar continuidade ao processo, fazendo as mediações necessárias para que as aprendizagens aconteça
4.4. Deve acontecer na organização dos
4.4.1. Tempos
4.4.1.1. Podem ser organizados, por exemplo, em torno de projetos de trabalhos, de oficinas de atividades
4.4.1.1.1. A estruturação do tempo é parte do planejamento mensal ou semanal, uma vez que a natureza da atividade e os ritmos de aprendizagem irão definir o tempo que será utilizado.
4.4.2. Espaços escolares
4.4.2.1. Deve ser ampliado, não pode restringir-se à sala de aula.
4.4.2.1.1. Pátios
4.4.2.1.2. Bibliotecas
4.4.2.1.3. Salas de multimidía
4.4.2.1.4. Laboratórios, etc
4.4.2.2. Além da escola
4.4.2.2.1. Parquea
4.4.2.2.2. Praças
4.4.2.2.3. Centros culturais
4.4.2.2.4. Livrarias
4.4.2.2.5. Fábricas
4.4.2.2.6. Outras escolas
4.4.2.2.7. Teatros
4.4.2.2.8. Cinemas
4.4.2.2.9. Museus
4.4.2.2.10. Salas de exposição
4.4.2.2.11. Universidades, etc
4.4.3. Forma de agrupamento dos alunos
4.4.3.1. Agrupamento interno de uma classe ou entre classes
4.4.3.1.1. Acontece através de reagrupamento de alunos conforme conforme o objetivo da atividade e as necessidades do aluno.
4.4.3.2. Oficinas de livre escolha
4.4.3.2.1. Oficina de cinema
4.4.3.2.2. Oficina de teatro
4.4.3.2.3. Oficina de jogos matemáticos
4.4.3.2.4. Oficina de fotografia
4.4.3.2.5. Oficina de música
4.4.3.2.6. Oficina de vídeo, etc
4.4.3.3. Projetos de Trabalho também permitem que a turma assuma configurações diferentes, de acordo com o interesse e para atendimento às necessidades de aprendizagem.
5. Ação Avaliativa
5.1. Conjunto de iniciativas que os professores fazem para avaliar
5.2. Partes ação avaliativa
5.2.1. Discussão do projeto da escola
5.2.1.1. O que é escola e pra que avaliar?
5.2.2. Planejamento do currículo em ação, dos projetos a serem desenvolvidos, das intenções educativas a serem trabalhadas.
5.2.3. Em seguida Pensar em quais deverão ser os instrumentos que darão conta das dimensões do conteúdo escolar em sua tipologia como:
5.2.3.1. Fatos, conceitos, procedimentos e atitudes.
5.2.4. Reflete-se e defini-se sobre a utilização dos instrumentos, avaliando sua viabilidade e seu valor no levantamento de dados.
6. Instrumentos de Avaliação
6.1. Provas Objetivas
6.1.1. Múltipla escolha
6.1.2. Rápidas para serem feitas pelos alunos e corrigidas pelo professor;
6.1.3. São bons instrumentos para avaliar a aprendizagem de conceitos
6.1.4. Não são adequadas para avaliar procedimentos nem atitudes
6.1.5. Princípios básicos de elaboração segundo Nelcy Ramos:
6.1.5.1. 01 Considerar os objetivos do curso que será avaliado; não favorecer hábitos de "decorar" a matéria.
6.1.5.2. 02 Abranger assuntos de real importância e não apenas a memorização de detalhes;
6.1.5.3. 03 Eliminar assuntos controvetidos;
6.1.5.4. 04 Evitar perguntas capiciosas (ciladas);
6.1.5.5. 05 Prever somente uma resposta certa, conforme o tipo da questão;
6.1.5.6. 06 Colocar a questão centrada no conteúdo na forma de apresentá-la (evitar palavras difíceis, ordem indireta);
6.1.5.7. 07 Construir as questões de modo que possam diferenciar os diversos graus de aprendizagem;
6.1.5.8. 08 Evitar ambiguidade de sentido nas palavras usadas para formular as questões;
6.1.5.9. 09 Evitar o emprego de palavras muito inclusivas como: sempre, todos, nunca, jamais, etc.;
6.1.5.10. 10 Reduzir as negativas. Quando for possível, deve-se grifar a negativa (geralmente estamos interessados em verificar o que é e não aquilo que não é ) e usar não ou exceto com destaque;
6.1.5.11. 11Excluir dados inúteis para a resposta (evitar "enfrentar" a questão). Quando se trata de verificara a habilidade de selecionar dados para a resposta, lembrar-se que os dados não usados devem ser pertinentes ou ter relação com o problema;
6.1.5.12. 12 Evitar redações exatamente iguais às dos livros e apostilas para
6.1.6. Tipos de questões
6.1.6.1. Perguntas de respostas curtas; Perguntas de preenchimento de lacunas ; Questões de associação; Questões de falso ou verdadeiro; Alternativas constantes ou escola dupla; Questões de múltipla escolha; Questões de comparação quantitativa; Alternativas múltiplas; Análise de relações; Relação de avaliação; Compreensão de textos, mapas, figuras, etc.; Questões de orientação.
6.1.6.1.1. Todas tem vantagens e desvantagens e exigem cuidados na elaboração, aplicação e correção
6.1.7. Quando corretamente elaboradas e aplicadas possibilita:
6.1.8. Não pode confundir e sim lidar com a situação de evocação ou de reconhecimento na situação de avaliação
6.2. Provas Abertas /Operativas
6.2.1. Respostas abertas
6.2.2. Demanda leitura do aluno e escrita do professor, mais tempo para ler e comentar
6.2.3. Bom instrumento para avaliar construção conceitual associadas a observação e auto avaliação.
6.2.4. Pode ou não operatória, dependendo da elaboração da questão.
6.2.5. As respostas são dissertativas e os espaços não devem ser delimitados
6.2.6. Ordenação em três partes segundo Ronca e Terzi:
6.2.6.1. Primeira mais ampla com um tema que exija a expressividade escrita em forma de redação;
6.2.6.2. Segunda de proposições de perguntas mais simples e pequenas; Terceira constituída de problemas
6.3. Observação E Registro
6.3.1. Processo que ajuda ao professor, através de técnica, a aprender dados sobre acontecimentos, enquanto estão acontecendo. Sempre dever ser seguida de registros Para observar o professor precisa:
6.3.1.1. Definir o que vai "olhar" com mais cuidado;
6.3.1.2. Organizar o instrumento no qual vai registrar o que quer observar;
6.3.1.3. Fazer um roteiro para a sua observação
6.3.2. Definir em que situações estará observando:
6.3.2.1. enquanto os alunos estão trabalhando em grupo, numa atividade mais coletiva,
6.3.2.2. qenquanto se deslocam para atividades de vivência cultura ( teatro, cinema, museus, festas na escola ) num trabalho de campo;
6.3.3. Estar atento ao envolvimento nas atividades propostas, às duvidas manifestadas, aos silêncios, às expressões corporais, aos olhares, à apresentação de comportamentos diferenciados em situações escolares diferentes, refletindo sobre o que podem significar tais reações. .
6.3.3.1. Preparar-se para a coleta de dados
6.3.4. Etapa de operação:
6.3.4.1. Pode-se usar fotos,
6.3.4.2. vídeos,
6.3.4.3. gravador em áudio,
6.3.4.4. fichas ou cadernos.
6.3.4.5. utilizar as observações em conjunto com os dados das provas,
6.3.4.6. auto-avaliações,
6.3.4.7. trabalhos e exercício.
6.4. Auto Avaliação
6.4.1. É um iInstrumento rico para ajudar o aluno a reconstruir o seu processo de aprendizagem desenvolver autonomia
6.4.2. Portfólio - Instrumento conectado a uma pasta com anotações e reflexões do aluno, reconstruído, durante um período X, o seu processo de aprendizagem.
6.4.2.1. Permite ao professor analisar sua prática, a partir dos dados que o instrumento apresenta.
6.4.2.2. O professor deve combinar com os alunos como o portfólio será feito.
6.4.3. É escola quem estabelece o período de reconstituição das aprendizagens com a orientação do professor.
6.4.4. O portfólio compõe a memória da aprendizagem de cada estudante e só pode fazer por ele mesmo, sendo cada um, uma criação única. O que deve ter:
6.4.4.1. Tipos de evidências que constituem o conteúdo do portfólio:
6.4.4.1.1. Artefatos- documentos produzidos durante os trabalhos do cursos. Pode conter atividades de outras disciplinas que tiveram relevância na compreensão do tema estudado.
6.4.4.1.2. Produções – documentos preparados para dar forma e sentido ao portfólio: explicações de metas, reflexões pessoais e cabeçalhos ou títulos.
6.4.4.1.3. Reproduções- documentos que constituem exemplos do trabalho na disciplina que incluem acontecimentos que não são recolhidos em sala de aula.
6.4.4.1.4. Atestados - documentos preparados por outras pessoas: comentários realizados por docentes, por colegas.
6.4.4.1.5. Anotações - pequenos informes que acompanha cada documento.
6.4.4.2. Critérios de avaliação de um portfólio
6.4.4.2.1. critério técnico
6.4.4.2.2. Critério Qualitativo