1. Anamnese
1.1. disfagia: dificuldade para engolir
1.1.1. 1o sólidos e depois líquidos pode indicar doença maligna por obstrução mecânica
1.1.2. disfagia tanto para sólidos quanto para líquidos: doença benigna com alteração motora
1.2. odinofagia: dor ao engolir
1.3. pirose: azia/queimação na região epigástrica
1.3.1. pode estar associada com gastrite ou causa medicamentosa
1.4. dor abdominal: localização e tipo de dor ajudam no diagnóstico
1.5. anorexia: em idosos pode indicar doença do SN ou neoplasia
1.5.1. hiporexia: diminuição do apetite
1.6. náusea/vômito: podem ser por obstrução ou causa hepática
1.6.1. saber tipo/consistência, quantidade, frequência
1.7. constipação/diarréia: frequência, característica, consistência
1.8. hematêmese: vômito com sangue
1.9. melena: fezes pretas ("borra de café") devido ao sangue que pode ser visível ou não nas fezes
1.9.1. indicativo de hemorragia digestiva alta
1.10. enterorragia: presença de sangue vivo em grande volume e habitualmente associado à dor abdominal.
1.10.1. indicativo de hemorragia digestiva baixa
1.10.2. neste caso, o paciente pode evacuar somente sangue, sem a presença de fezes
1.11. hematoquezia: sangramentos retais de pequena quantidade
1.11.1. sinal de hemorragia digestiva baixa
1.11.2. pequenas quantidades de sangue nas fezes ou sangramentos detectáveis somente após a limpeza do ânus
1.12. icterícia
1.13. icterícia + oligúria (baixa produção de urina) = doença no TGI
2. Anatomia
2.1. dividida em 4 quadrantes:
2.1.1. quadrante superior esquerdo
2.1.2. quadrante superior direito
2.1.3. quadrante inferior esquerdo
2.1.4. quadrante inferior direito
2.2. dividido em regiões:
2.2.1. hipocôndrio direito
2.2.2. hipocôndrio esquerdo
2.2.3. epigástrio
2.2.4. flanco esquerdo
2.2.5. flanco direito
2.2.6. mesogástrio
2.2.7. fossa ilíaca esquerda
2.2.8. fossa ilíaca direita
2.2.9. hipogástrio
3. Inspeção
3.1. Estática
3.1.1. alterações de forma
3.1.1.1. abdome plano
3.1.1.2. abdome globoso
3.1.1.2.1. aumentado de forma uniforme
3.1.1.2.2. diâmetro ântero-posterior é maior que o transversal
3.1.1.2.3. causas: obesidade, ascite, pneumoperitônio
3.1.1.3. abdome pendular ou "em avental"
3.1.1.3.1. obesidade de longa duração
3.1.1.3.2. obesidade de longa duração
3.1.1.4. abdome em batráquio
3.1.1.4.1. ascite de longa duração
3.1.1.4.2. diâmetro transversal é maior que o ântero-posterior
3.1.1.5. abdome escavado
3.1.1.5.1. anorexia
3.1.2. abaulamentos, retrações, cicatrizes
3.1.3. pele e anexos
3.1.3.1. herpes zoster
3.1.3.2. fístulas
3.1.3.3. circulação colateral: síndrome da veia cava inferior - sangue é deslocado para a área da veia cava superior
3.1.3.4. equimoses periumbilicais (Cullen) , em flancos (Grey Turner)
3.1.3.4.1. comum nas hepatopatias e em hemorragias
3.1.4. dilatações venosas
3.2. Inspeção Dinâmica
3.2.1. tipo respiratório
3.2.2. movimentos peristálticos
3.2.2.1. podem ser visualizados em pacientes magros, mas geralmente indicam obstrução com hiperperistaltismo
3.2.2.2. quando são visíveis, indicam obstrução
3.2.3. pulsações: aorta abdominal
3.2.4. hérnias
4. Ausculta
4.1. após a inspeção e antes da percussão e palpação
4.2. objetivos: avaliar o estado de motilidade intestinal e pesquisa de sopros vasculares na aorta e seus ramos
4.3. Normal: ruídos hidroaéreos
4.3.1. estalidos e gorgolejos (barulho de água)
4.3.2. frequência: 5 a 34 por minuto
4.3.3. pontos de pesquisa: 1 a 2 pontos em ambos lados do abdome, por 1 minuto
4.4. Patológico
4.4.1. exacerbação: diarréia, obstrução intestinal (fase inicial)
4.4.2. redução: íleo paralítico, obstrução (fase final)
4.4.3. borborigmo: aumento da motilidade intestinal
4.4.4. gargarejo: exacerbação do borborigmo (bolhas grossas)
4.5. Sopros Abdominais
4.5.1. ocorrem por estreitamento da luz ou fístulas arteriovenosas
4.5.2. seguir trajeto da aorta e seus ramos
5. Percussão
5.1. técnica dígito-digital
5.2. identificar a presença de líquido ascítico, massas sólidas, aumento exagerado de ar (meteorismo)
5.3. determinar tamanho do fígado e do baço
5.4. Normal: timpanismo
5.4.1. com exceção do hipocôndrio direito, cujo som deve ser maciço por causa do fígado
5.4.2. Hipertimpanismo: extasia gástrica, obstrução intestinal, pneumoperitônio
6. Palpação
6.1. Objetivos
6.1.1. avaliar o grau de resistência da parede abdominal
6.1.1.1. estabelecer as condições físicas das vísceras
6.1.2. explorar a sensibilidade dolorosa do abdome
6.2. Paciente em decúbito dorsal, confortável, com pernas e braços estendidos
6.3. Estruturas que podem ser palpadas normalmente:
6.3.1. borda inferior do fígado
6.3.2. sigmóide
6.3.3. ceco
6.3.4. cólon ascendente
6.3.5. partes do cólon transverso e descendente
6.3.6. aorta
6.3.7. polo inferior do rim direito
6.4. Estruturas palpáveis em situações patológicas:
6.4.1. duodeno
6.4.2. baço
6.4.3. vesícula biliar
6.4.4. apêndice
6.4.5. intestino delgado
7. Palpação Superficial
7.1. destinada à superfície cutânea da parede abdominal
7.2. mão direita espalmada, com movimentos rápidos e rotativos
7.3. Reconhecer:
7.3.1. hiperestesia cutânea: excesso de sensibilidade
7.3.2. hipertonicidade muscular
8. Palpação Profunda
8.1. avaliar forma, consistência, limites, mobilidade e sensibilidade das vísceras
8.2. ruídos produzidos na palpação:
8.2.1. roncos
8.2.2. borborigmos
8.2.3. gargarejo
8.2.4. patinhação
8.3. Estômago
8.3.1. palpação difícil
8.3.2. grande curvatura: mãos oblíquas com dedos convergentes
8.4. Ceco
8.4.1. fossa ilíaca direita
8.4.2. mãos oblíquas em forma de arco, utilizando borda ulnar
8.4.3. consistência elástica
8.5. Cólon Ascendente
8.5.1. cordão cilíndrico
8.6. Cólon Descendente
8.6.1. examinador à esquerda
8.7. Sigmóide
8.7.1. mãos em arco, de cima para baixo
8.7.2. cordão móvel