Exame Físico do Abdome II

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Exame Físico do Abdome II por Mind Map: Exame Físico do Abdome II

1. Propedêutica Física do Fígado

1.1. Inspeção

1.1.1. observar presença de abaulamentos

1.1.2. se houver abaulamento em toda área de projeção hepática, é sinal de hepatomegalia

1.1.2.1. grandes hepatomegalias podem causar imobilidade respiratória

1.2. Palpação

1.2.1. 1. realizada com as mãos em garra paralelas (processo de Mathieu) pesquisando desde a fossa ilíaca direita até a borda inferior do fígado - durante as inspirações

1.2.1.1. na expiração, aprofundam-se os dedos em garra, subindo de 2 em 2 cm até a borda do fígado "bater"/encontrar a mão do examinador

1.2.1.2. examinador de costas para o paciente

1.2.2. 2. ou palpação bimanual (processo de lemos torres)

1.2.2.1. a mão esquerda é usada na tração anterior do ângulo lombar, enquanto a direita palpa buscando a borda hepática

1.2.2.2. examinador de frente para o paciente

1.2.3. Objetivo da palpação: descrever as características do limite inferior do fígado

1.2.3.1. borda fina? granulosa? "em saco de batata"? cortante? dura? mole? dolorosa?

1.2.4. Em casos de ascite: usa-se uma mão em cima da outra para palpação

1.3. Percussão

1.3.1. delimita o limite superior do fígado: 5o espaço intercostal direito

1.3.2. a macicez absoluta marca o contato direto do fígado com a parede torácica

1.3.3. Timpanismo: ar

1.3.3.1. sinal de Jobert: sinal clínico que indica desaparecimento da macicez e aparecimento de hipertimpanismo na região hepática

1.3.3.1.1. perfuração gastro intestinal ou da vesícula biliar

1.3.4. dor à percussão: presença de hepatomegalia ou abscessos hepáticos

1.3.4.1. sinal de Torres Homem: aparecimento agudo de dor na região hepática durante a percussão leve

1.4. Ausculta

1.4.1. atrito: inflamação fibrinosa da cápsula de Glisson e do peritônio correspondente nos processos inflamatórios ou neoplásicos do parênquima hepático

2. Propedêutica da Vesícula Biliar

2.1. Inspeção

2.1.1. normalmente, a vesícula não é visível à inspeção da parede anterior do abdome

2.1.2. a vesícula é somente visível em casos de empiema, colecistite aguda, quando se encontra em distensão pronunciada

2.1.3. aparece como tumor móvel com os movimentos respiratórios

2.2. Palpação

2.2.1. Sinal de Murphy: palpação do hipocôndrio direito

2.2.1.1. se for positivo indica colecistite aguda (vesícula inflamada)

2.2.1.2. esse sinal é pesquisado no ponto cístico: corresponde ao ponto localizado na borda subcostal direita, na linha hemiclavicular

2.2.1.3. com o paciente em decúbito dorsal, pede-se pra que ele inspire profundamente e ao mesmo tempo comprimimos o ponto cístico; o paciente terá uma parada na inspiração devido a dor

2.2.2. Sinal ou Regra de Courvoisier-Terrier

2.2.2.1. ocorre quando em um paciente ictérico, ao palparmos o hipocôndrio direito, encontramos uma massa ovalada que é a vesícula distendida, que se torna palpável por efeito de massa de neoplasia de vias biliares (principalmente câncer de cabeça de pâncreas)

2.2.2.2. icterícia + vesícula palpável

3. Propedêutica do Baço

3.1. Inspeção

3.1.1. em condições normais, não há abaulamento na área esplênica

3.1.2. nas esplenomegalias, o abaulamento no hipocôndrio esquerdo pode estender-se para epigástrio, flanco esquerdo, região umbilical e até a fossa ilíaca esquerda

3.1.3. Baço grande, duro, indolor e pesado = metástase

3.2. Palpação

3.2.1. 1. palpação em garra ou processo de mathieu-cardarelli

3.2.1.1. examinador fica à esquerda do paciente, comas mãos em garra, a cada inspiração, a borda do baço será percebida pelas polpas digitais

3.2.1.2. palpação começa na fossa ilíaca direita e vai subindo em direção ao hipocôndrio esquerdo

3.2.2. 2. processo bimanual

3.2.3. 3. posição de schuster

3.3. Percussão

3.3.1. baço não é percutível em situação normal

3.3.2. se for percutível: está aumentado de volume

3.3.3. nem todo baço percutível é palpável, mas todo baço palpável é percutível

3.3.4. começamos pela linha axilar anterior depois pela média

3.3.4.1. se não houver macicez, pode-se dizer que o baço não é percutível

3.3.5. espaço de Traube: quando percutimos o baço, encontramos timpanismo por conta dsse espaço (estruturas aéreas, gasosas, principalmente o cólon)

3.3.5.1. espaço em formato de lua crescente, circundado pela borda inferior do pulmão esquerdo, borda anterior do baço, rebordo costal esquerdo

3.4. Ausculta

3.4.1. atrito nas peri-esplenites

4. Aorta Abdominal

4.1. Inspeção

4.1.1. abaulamento pulsátil = aneurisma de aorta pulsátil

4.1.1.1. aneurisma de aorta abdominal, tumor justaposto à aorta e sobe todo o sistema

4.2. Palpação

4.2.1. palpação seguindo a linha alba, um pouco mais para a esquerda e vemos se é possível palpar

4.2.1.1. normalmente não é palpável

4.2.2. a direção da pulsação indica se ela é originada diretamente da aorta (acompanha os dedos) ou se é transmitida por uma massa localizada sobre os tecidos (passa verticalmente, so acompanhando a ponta do dedo)

4.3. Ausculta

4.3.1. deve ser feita sobre a localização da artéria

4.3.1.1. aneurisma = encontramos sopro