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São Bernardo por Mind Map: São Bernardo

1. Graciliano Ramos

1.1. obra de ficção e modernista;

1.2. Escreveu a obra nos anos 30, um período marcado pela política fundiária, do café com leite e de grandes conflitos sociais no Nordeste;

2. GESTÃO PÚBLICA

2.1. CAP. I - características da administração científica e clássica, ao abordar o termo DIVISÃO DO TRABALHO, que teve início no século XX. Que é um componente da organização da administração que é fundamental para o gestor público;

2.2. CAP. II - "O que é certo é que, a respeito de letras, sou versado em estatística, pecuária, agricultura, escrituração mercantil, conhecimentos inúteis neste gênero. Recorrendo a eles, arrisco-me a usar expressões técnicas, desconhecidas do público, e a ser tido por pedante.";

2.2.1. Habilidades técnicas necessárias para exercer a profissão, como experiência, estudo e treinamento;

2.3. CAP. III - Importância da cidadania e o seu exercer através do voto, amparo legal ao menor e educação. Presentes no Art. 5 da Constituição Federal até o Art. 15 que tratam dos direitos fundamentais e deveres do cidadão;

2.4. CAP. IV - Atos ilícitos de extorsão e corrupção que não devem acontecer. E na esfera pública sob pena de improbidade administrativa e sanções penais cabíveis;

2.5. CAP. VII - Transformações de trabalho e relações sociais com o advento da energia elétrica, automóveis e cinema. O protagonista soube utilizar o momento de crise e desaparecimento de profissões a seu favor, inicialmente;

2.6. CAP. VIII - " Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente". Demonstra saber de instituição burocrática (criada por Max Weber), institucionaliza regras racionais para atingir o objetivo e normas padronizadas de conduta e trabalho; Incitou, também a criação de licitações ou edital para realizar obra pública "Desorientem essas cavalgaduras. Olhem que estou fazendo obra pública e não cobro imposto. É uma vergonha. O município devia auxiliar-me. Fale com o prefeito, dr. Nogueira. Veja se ele me arranja umas barricas de cimento para os mata-burros."

2.7. CAP. IX - Uma característica da burocracia: mão de obra qualificada. E demonstra um reflexo de preocupação da sociedade quando as democracias entram em crise. "Padre Silvestre é revolucionário, explicou João Nogueira. Pretende salvar o país por processos violentos" um medo do comunismo (Revolução Russa de 1917) e descrédito da democracia como conhecemos (incitação a um regime ditatorial);

2.8. CAP. XII - Trecho em que Paulo fala de seus trabalhadores "Mas é bom um cidadão pensar que tem influência no governo, embora não tenha nenhuma. Lá na fazenda o trabalhador mais desgraçado está convencido de que, se deixar a peroba, o serviço emperra. Eu cultivo a ilusão. E todos se interessam." Demonstra uma característica do capitalismo em que o trabalhador é explorável e descartável, ou seja, substituível; O mesmo com a democracia, cultiva-se a ideia de que o voto não tem valor, uma discussão no livro, marcada pelos votos de cabresto e fraude eleitoral, o que acontece ainda hoje em cidades do interior;

2.9. CAP. XIV - "Passeios... Isso é para rico." Presença de marcadores sociais que demonstram a não interação entre ricos e pobres e, também, a má remuneração sem a estipulação de um salário mínimo nacional. O que interfere na qualidade de vida e acesso das pessoas a cultura, entretenimento, saúde, educação e descanso;

2.10. CAP. XXI - Compra de materiais pedagógicos, insistência de Madalena, porém, Paulo via um motivo naquilo para aumentar os eleitores, já que analfabetos não podiam votar segundo a constituição da época. Utilizou-se da aplicação de políticas públicas para palanque eleitoral. "O que agora me importunava eram as caixas com o material pedagógico inútil nestes cafundós" e "O governador se contentaria se a escola produzisse alguns indivíduos capazes de tirar o título de eleitor."

2.11. CAP. XXIV - Atribui a falta de religião, na mulher, um mal social e político. "Que haveria nas palestras? Reformas sociais, ou coisa pior. Sei lá! Mulher sem religião é capaz de tudo". O que demonstra a importância da laicidade do Estado na tomada de decisões e, também, a impessoalidade, para não tornar do ãmbito público uma extensão da vida privada; O que é comprovado depois pela falta de devoção que a sociedade tem para a religião, que leva para caminhos morais e mundanos, o que leva a crer que a religião atua mais como um status e imposição social para a sociabilidade do que como prática de fé;

2.12. CAP. XXV - "Não gosto de mulheres sabidas. Chamam-se intelectuais e são horríveis. Tenho visto algumas que recitam versos no teatro, fazem conferências e conduzem um marido ou coisa que o valha.". Demonstra o quanto a legislação da época e a sociedade discriminavam a mulher que não tinha espaço como cidadã, já que não votava, a não ser por uma brecha que não as proibia. O trabalho na rua, era visto como um desvio de conduta. Essas conquistas foram conseguidas com muito esforço nos anos 30 e até hoje sofrem os reflexos do desleixo e falta de políticas públicas para a inserção de mulheres no mercado de trabalho e sua remuneração incompatível;

2.13. CAP. XXVI - "O meu desejo era pegar Madalena e dar-lhe pancada até no céu da boca. Pancada em d. Glória também, que tinha gasto anos trabalhando como cavalo de matuto para criar aquela cobrinha.". O ciúmes doentio de Paulo Honório, que acabou de forma trágica, poderia ter sido muito pior. A lei Maria da Penha instituída em 2006, pela lei 11.340, ampara e torna mais rígida a violência contra a mulher, depois dela, surgiram várias ONG'S e instituições de apoio psicológico e social para mulheres em situação de vulnerabilidade em decorrência da violência doméstica;

2.14. CAP. XXVII - "Não dou explicações. Padilha baixou a cabeça: — Está certo. Sempre na linha, e por fim uma desta! Entra ano, sai ano, e o trouxa do empregado no toco, direito como um fuso, cumprindo as obrigações, procurando agradar. Quando espera aumento de ordenado, lá vem pontapé." Fala sobre a situação do empregado e como o empregador é arbitrário em sua demissão. Hoje, essas regras que foram estabelecidas durante o governo da Era Vargas, se transformaram nas leis trabalhistas que preveem ser contra a demissão arbitrária, o que também está escrito na Constituição de 1988 no Art. 6.

2.15. CAP. XXXV E XXXVI - Demonstra a crise que acomete a cidade e, também, a economia fazendo com que Paulo Honório, que subiu de classe social, fique inconformado com o andar da situação. A perda das eleições que apoiava, a revisão do limite de terras e, também, a queda drástica de suas economias com a industrialização e modernização de maquinário;

2.16. Ao fim, Paulo Honório aponta a profissão como algo que o deixou "monstruoso" e "horrível". Sua individualidade e egoísmo o separaram de Madalena, que apresentava pensar no coletivo e ser justa com a distribuição de afazeres e procurava sempre discutir temas atuais e relevantes para a sociedade e tempo que vivia. Paulo apresenta características de um governante apresentado por Maquiavel, que tem poder de persuasão, uma pessoa confiável, no caso de Casemiro Lopes, mas não governa por muito tempo, pois não tem o carisma e a amabilidade do povo. Eles o temem e devido a isso, logo depois o abandonam quando ele "perde" Madalena e entra em crise;

3. Um bom gestor público deve se atentar ao tempo e sociedade que o cerca. Perceber suas demandas e maiores desafios. Pensar na coletividade e gerenciar conflitos é uma das maiores qualidades de um gestor, que deve ser imparcial e saber trabalhar em equipe, sendo um líder e não um chefe.

4. Paulo Honório

4.1. 50 anos, escreve o livro para lidar com seus conflitos internos;

4.2. narrador/personagem, não conta a história em uma ordem necessariamente cronológica;

4.3. tinha figuras simbólicas como a coruja e a laranjeira que desencadeavam seu processo criativo da escrita noturna;

4.4. demonstra características do individualismo presente na época em que as oligarquias comandavam;

5. Madalena

5.1. professora, pobre e com uma tia mais velha que a criou vai morar na Fazenda S. Bernardo, depois de casar-se com Paulo e sugere e faz coisas que não o agradam

5.2. mais tarde, casa-se com Paulo Honório;

5.3. atenta-se ao coletivo, vê as situações de uma forma ampla e calma;

5.4. intelectual, escreve para o jornal e debate sobre temas diversos com Padilha, professor da escola criada por Paulo;

5.5. possui características de uma boa gestora ao saber escrever, lidar com contas, ensinar e, principalmente, saber ouvir os trabalhadores de S. Bernardo.