A filosofia latino americana: pano de fundo do pensamento filosofico brasileiro

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
A filosofia latino americana: pano de fundo do pensamento filosofico brasileiro por Mind Map: A filosofia latino americana: pano de fundo do pensamento filosofico brasileiro

1. Alguns dos filósofos que começaram a pensar a partir da perspectiva da América Latina:

1.1. J. B. Alberdine (Argentina, 1810-1884), o primeiro a defender que a filosofia latino-americana deve nascer das necessidades latino-americanas e não procurar imitar a filosofia européia.

1.2. José Martí (Cuba, 1853-1895) “evidenciava os valores indígenas e as irrenunciáveis peculiaridades culturais e políticas da América Latina.”

1.2.1. José C. Mariátegui (Peru, 1894-1930) “ao resgatar os valores associativos dos povos indígenas do Peru, aponta para um “socialismo indo-americano, combate ao imperialismo e o conjunto das relações de poder cristalizadas no sistema colonial.”

1.3. Samuel Ramos (México, 1897-1959)buscou os elementos de um “pensamiento de América”, de uma “filosofia de lo americano”, uma história regional de idéias.

1.4. Leopoldo Zea (México, 1912-2004) “observa que a América européia mantinha oculta uma América real de raízes norte-americanas”.

1.5. Augusto Salazar Bondy (Peru, 1925 - 1974) propôs a constituição de uma filosofia da libertação que aprofundasse os estudos das causas da dependência e auxiliasse na verdadeira independência da América Latina.

2. Novo Tópico

3. “Pensamentos dominantes”: essencialmente de derivação europeia e norte-americana

3.1. “É necessário estudar a filosofia proveniente da tradição europeia, mas é tanto mais imprescindível investigar o pensar que se constitui ao longo da história dessa região, a partir da sua complexa realidade, das suas problemáticas, da pluralidade e do entrelaçamento de diferentes culturas e, principalmente, da antítese que os oprimidos erguem em relação à tese imposta pelos dominadores.”

4. Filosofia da Libertação

4.1. Alavancada pelas lutas coloniais, pelas insurgências populares e pelos diversos ensaios de um pensamento crítico e alternativo ao modelo civilizatório dominante.

4.2. Esboçada no II Congresso Nacional de Filosofia em 1971, em Córdoba/Argentina.

4.3. Intenção de reflexão acerca da realidade da América Latina para descobrir as raízes e as conexões com o sistema colonial implantado nessa região de modo a procurar caminhos para libertação.

4.4. Estudar condições históricas, econômicas, sociais, políticas, e culturais que estruturem a América Latina e desvendar suas contradições.

4.5. “Essa filosofia expressa a necessidade de construir instrumentos teóricos para enfrentar problemas ausentes na filosofia dos países hegemônicos.”

5. Características de uma filosofia latino-americana:

5.1. Se estrutura com consciência critica da situação de dependência;

5.2. assume posições de luta e de ruptura frente ao sistema colonizador (existente até hoje sob outras formas);

5.3. trabalha para a criação e realização de um outro modelo de sociedade;

5.4. “nasceu como decorrência da longa história do colonialismo”;

5.5. “teve seu auge no período das ditaduras, entre 1960 e 1980, quando alcançou uma intensa e elevada elaboração teórica”

6. MAPA MENTAL

7. Disciplina de Pesquisa em Serviço Social 1 - 2019.2

8. Aluno: Allan Willian Souza Rocha

9. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

10. A filosofia universal para além do mundo ocidental

10.1. Não há, portando, A filosofia enquanto tal, uma forma única e canônica de pensar nem um saber igual para todos os tempos e lugares.

10.2. Povos fora da Europa, em diferentes formas e graus criam meios de produção e reprodução e chegam a desenvolver racionalidade

11. A genealogia de uma filosofia “latino-americana”

11.1. Ocorreu, na América Latina, uma mescla de culturas e ideologias oriundas do processo de colonização nada pacífico promovido pelos invasores europeus

11.2. Essa miscigenação forçada acarretou num encontro-choque entre o “Velho” e o “Novo” mundo.

11.3. A realidade e as reações dos povos ameríndios e a miscigenação imposta, motivaram grandes reflexos sobre a economia, o modo de pensar e a cultura europeia.

12. Resistência aos “pensamentos dominantes” porém não exclusivos e nem absolutamente hegemônicos

12.1. “A história da América Latina é constelada de muitas ações de resistência e de criações culturais e expressões filosóficas que se constituíram de forma crítica e em oposição à imposição externa.”

12.2. “A partir das lutas pela independência que começaram a se delinear idéias libertárias, projetos de identidade nacional e propostas de unidade latino-americana que preparam o terreno para a formação de uma filosofia com características próprias, que passou a ser chamada de latino-americana.”

13. SEMERARO, Giovanni. A filosofia latino-americana: pano de fundo do pensamento filosófico brasileiro. In: REBUÁ, Eduardo, et al. Pensamento social brasileiro: matrizes nacionais populares. São Paulo: Editora Idéias & Letras, 2017. p 139- 157.

13.1. REFERÊNCIA