Manejo clínico das intercorrências da Amamentação

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Manejo clínico das intercorrências da Amamentação por Mind Map: Manejo clínico das intercorrências da Amamentação

1. Baixa produção de leite

1.1. Melhorar o posicionamento e a pega do bebê, quando não adequados

1.2. Orientar o aumento da frequência de mamadas

1.3. Oferecer as duas mamas em cada mamada

1.4. Massagear a mama durante as mamadas ou ordenha

1.5. Dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas

1.6. Trocar de mama várias vezes em uma mamada, se a criança estiver sonolenta ou se não sugar vigorosamente

1.7. Após a mamada, ordenhar o leite residual;

1.8. Evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores (intermediários) de mamilos

1.9. Consumir dieta balanceada

1.10. Repousar sempre que possível, explicando sobre o pico de prolactina

2. Achismo de leite fraco

2.1. Acolher a mulher com suas dúvidas e limites para amamentar

2.2. Ouvir as suas queixas

2.3. Desmistificar achismo e explicar quais as vantagens de amamentar

2.4. Respeitar s sua decisão

3. Traumas mamilares

3.1. Prevenção

3.1.1. Verificar o que ocorre e orientar a técnica adequada quanto ao posicionamento e a pega

3.1.2. Orientar os cuidados para que os mamilos mantenham-se secos, expondo-os ao ar livre e à luz solar

3.1.3. Trocar frequentemente os forros utilizados, quando houver vazamento de leite

3.1.4. Informar para o não uso de produtos que retirem a proteção natural do mamilo, como sabões e álcool

3.1.5. Falar sobre amamentação em livre demanda, colocando a criança no peito assim que der os primeiros sinais de que quer mamar

3.1.6. Esclarecer cuidados necessários para evitar ingurgitamento mamário

3.1.7. Orientar, quando necessário, a extração ou ordenha manual da aréola antes da mamada, se ela estiver ingurgitada

3.1.8. Instruir a mulher a, se for preciso interromper a mamada, introduzir o dedo mínimo pelo canto da boca do bebê, para que a sucção seja interrompida antes de a criança ser retirada do seio

3.1.9. Recomendar o não uso de protetores (intermediários) de mamilo, pois esses, além de não serem eficazes, podem ser a causa do trauma mamilar

3.2. Instalados

3.2.1. DiscutIr com a mulher sobre o que está acontecendo

3.2.2. Examinar as mamas e verificar a mamada identificando se há problemas na pega

3.2.3. Caracterizar o tipo de lesão, a fim de indicar o melhor tratamento e condutas corretas.

3.2.4. Iniciar a mamada pela mama menos afetada

3.2.5. Ordenhar um pouco de leite antes da mamada, o suficiente para desencadear o reflexo de ejeção do leite

3.2.6. Explorar as diferentes posições de amamentar, reduzindo a pressão nas áreas machucadas e dolorosas

3.2.7. Instruir o uso de um protetor alternativo para o mamilo entre as mamadas, diminuindo o contato da área machucada com a roupa

3.2.8. O uso de analgésico sistêmico por via oral, em caso de dor importante

3.2.9. Antibioticoterapia tópica (ou sistêmica, em casos mais graves), em caso de infecção

3.2.10. Em caso de dor intensa, a suspensão temporária da sucção na mama afetada, podendo retirar o leite manualmente e dar ao bebê em copo ou colher, até que o mamilo melhore

3.2.11. Quando não houver infecção no mamilo, a lanolina purificada poderá diminuir o desconforto

4. Ingurgitamento mamário – bloqueio de ductos

4.1. Prevenção

4.1.1. Amamentação em livre demanda

4.1.2. Iniciada o mais cedo possível, preferencialmente logo após o parto

4.1.3. Não uso de complementos (água, chás e outros leites)

4.2. Diagnosticado

4.2.1. Escutar a mulher e perguntar a ela o que acha ser a causa

4.2.2. Elogiar sempre o esforço dela em tentar fazer o melhor para o seu filho

4.2.3. Esvaziar as mamas, por meio da ordenha manual

4.2.4. Exercícios de relaxamento

4.2.5. Períodos de curto descanso enquanto o bebê dorme

4.2.6. Fazer extração do leite se a mama estiver tensa antes da mamada, para que fique macia, facilitando a pega adequada do bebê

4.2.7. Massagens delicadas nas mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento

4.2.8. Suporte para as mamas, com o uso de sutiã com alças largas e firmes

4.2.9. Aplicação de compressas frias úmidas por no máximo 10 minutos, em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas. Em situações de maior gravidade, podem ser feitas de 2 em 2h

4.2.10. Esvaziar as mamas, por meio da ordenha manual

4.2.11. Massagens delicadas nas mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento

4.2.12. Suporte para as mamas, com o uso de sutiã com alças largas e firmes

4.2.13. Aplicação de compressas frias úmidas por no máximo 10 minutos, em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas. Em situações de maior gravidade, podem ser feitas de 2 em 2h

4.2.14. Pode ser necessário o uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios.

5. Candidíase

5.1. Prevençãp

5.1.1. Manter os mamilos secos, arejados e expô-los à luz solar alguns minutos ao dia

5.1.2. Usar sutiãs de malha de algodão, trocá-los diariamente, passar ferro quente

5.1.3. Evitar o uso de conchas protetoras e absorventes da mama

5.1.4. Caso não seja possível eliminar os itens chupetas e bicos de mamadeira, higienizá-los, lavando e fervendo-os por 20 minutos, pelo menos uma vez ao dia

5.2. Tratamento

5.2.1. Via medicamentosa

5.2.1.1. Uso de nistatina, clotrimazol, miconazol ou cetoconazol tópicos por no mázimo 2 semanas

5.2.1.1.1. Deve ser aplicado nas mamas e na boca do bebê por 5 dias ou até os sintomas acabarem e, depois, de 3 a 4 vezes por dia, até se completarem as 2 semanas

5.2.2. Via dietética

5.2.2.1. Usar probióticos 1-2 cápsulas ao dia por 3 meses

5.2.2.2. Suplementação com ferro, cobre, zinco, selênio, complexo B, vitamina C e E, betacaroteno

5.2.2.3. consumir abacaxi ou mamão antes do almoço e jantar

5.2.2.4. Evitar açúcar refinado, rapadura, mel, adoçantes artificiais (exceto stévia) e gordura (frituras, empanados)

5.2.2.5. Evitar leite e derivados

5.2.2.6. Evitar alimentos industrializados

5.2.2.7. Evitar castanhas e frutas secas

5.2.2.8. Evitar café e refrigerantes

5.2.2.9. Evitar fumo, corantes, verduras ensacadas e com agrotóxico (consumir alimentos orgânicos)

5.2.3. Medidas higiênicas

5.2.3.1. Higienizar a boca do bebê, duas vezes ao dia, com o dedo envolto numa gaze ou fralda, molhadas em água filtrada, para que não se forme placa de leite

5.2.4. Apoio à mulher

5.2.4.1. Estimular nela a resiliência às adversidades

5.2.4.2. Discutir com a mulher a possibilidade de suspender a amamentação na mama afetada por alguns dias, caso não suporte a dor

5.2.4.3. Lembra-la da ordenha manual e como oferecer o leite ao bebê até que seja possível a retomada da sucção

6. Dificuldades de pega

6.1. Acolhimento adequado para ajudar as mães e as famílias

6.2. Bebê que não suga ou tem sucção fraca

6.2.1. Trocar a posição da mamada quando a recusa está associada à dor

6.2.2. Estimular o bebê mais sonolento enquanto está mamando, fazendo massagens nos pés ou nas costas. retirando um pouco das roupas para que ele tenha um ligeiro desconforto, mantendo-o alerta

6.3. Confusão de bicos

6.3.1. Se a mãe pensa em dar a chupeta, ou já a oferece, fazer isso o mínimo possível

6.3.2. Substituir o bico da mamadeira por colher ou copo

6.4. Abertura da boca e protração da língua

6.4.1. Alguns bebês têm dificuldade em fazer uma abertura adequada da boca, é preciso estimular os reflexos do bebê para que este faça uma boa abertura

6.4.2. Orientar a mãe para que faça massagens suaves, subindo da comissura labial até a asa do nariz do bebê, favorecendo um relaxamento muscular e uma abertura mais ampla

6.5. Mamilos planos ou invertidos

6.5.1. Encorajar a mãe quanto à capacidade de amamentar

6.5.2. Promover confiança e empoderamento à mulher, deve-se afirmar a ela que, com paciência e perseverança, poderá amamentar, uma vez que o bebê não deve sugar os mamilos, mas a aréola

6.6. Freio lingual curto

6.6.1. Orientar a mãe a buscar a avaliação de um fonoaudiólogo para confirmação do diagnóstico e encaminhamento para se preciso for, realização de frenectomia