A Contribuição da Sociologia da Educação para a Compreensão da Educação Escolar.

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A Contribuição da Sociologia da Educação para a Compreensão da Educação Escolar. por Mind Map: A Contribuição da  Sociologia da Educação  para a Compreensão da  Educação Escolar.

1. Escola pública e desigualdade social.

1.1. A escola pública é a maior expressão da escola com instituição social, aquela que tem sua origem na modernidade, exigência do modo de produção capitalista moderno industrial.

1.1.1. No Brasil, podemos considerar como marco histórico do surgimento da escola pública o Manifesto dos Pioneiros Pela Educação Nova por seu conteúdo escolanovista.

1.1.1.1. Saviani (2007) faz uma cuidadosa análise do Manifesto considerando-o heterogêneo e contraditório, pois expressa princípios elitistas e, ao mesmo tempo, princípios igualitaristas. Como documento doutrinário da Escola Nova, o Manifesto traz uma proposta de política educacional em defesa da escola pública e de um sistema nacional de educação pública.

1.2. Para os Pioneiros, a função social da escola (campo específico da educação) explicitava-se pela sua organização como instituição social limitada na sua ação educativa pela pluralidade e diversidade das forças que concorrem ao movimento das sociedades, considerando que, entre todos os deveres do Estado, a educação é o maior.

1.2.1. A educação escolarizada – a educação na escola –, tanto conceitualmente quanto na prática social, reflete o caráter contraditório que encontramos na sociedade capitalista moderna.

1.3. Ditadura x Nova LDB

1.3.1. A nova LDB, instrumento político da organização da educação no Brasil, traz a marcado neoprodutivismo (SAVIANI, 2007), ou seja, a renovação neoliberal da teoria do capital humano. Essa abordagem fez com que a LDB aprovada (cuja organização popular sofreu um grande golpe no final de sua elaboração) se tornasse um instrumento para a política educacional marcada pela inclusão-excludente.

1.3.2. No entanto, durante a Ditadura Militar, a escola pública expandiu-se. Essa aparente contradição, por um lado, refere-se ao modelo econômico em desenvolvimento que exigia escolarização da população, e por outro, exigia o controle da escolarização, em especial no que diz respeito ao ingresso ao ensino superior, maior foco de resistência ao regime no interior da sociedade brasileira

1.4. a escola pública precisa evoluir enquanto instituição social. Para isso, não significa uma formação instrumental, “interessada” na manutenção do um modo de produção capitalista moderno que, por definição material e histórica, é injusto e desigual. Faz-se necessário que a escola pública contribua na formação plena – crítica – dos sujeitos sociais.

2. A Escola como instituição social.

2.1. Educação, Escola e Sociedade..

2.1.1. “[...] o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2005, p.13).

2.1.2. : “[...] a finalidade imediata da educação (muitas vezes não cumprida) é a de tornar possível um maior grau de consciência, ou seja, de conhecimento, compreensão da realidade da qual nós, seres humanos, somos parte e na qual atuamos teórica e praticamente” (RIBEIRO, 2001).

2.1.3. O ponto de partida da educação transformadora, que tem caráter fortemente crítico, é a constatação de que a escola não transforma diretamente a sociedade, mas instrumentaliza os sujeitos que, na prática social, realizam o movimento de transformação.

3. A grande contribuição da Sociologia da Educação de Pierre Bourdieu foi, sem dúvida, a de ter fornecido as bases para um rompimento frontal com a ideologia do dom e com a noção moralmente carregada de mérito pessoal. A partir de Bourdieu, tornou-se praticamente impossível analisar as desigualdades escolares, simplesmente, como frutos das diferenças naturais entre os indivíduos (NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2002, p.15-35)