ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DIFERENTES LIMITAÇÕES: UMA ANÁLISE INTERDISCIPLINAR

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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DIFERENTES LIMITAÇÕES: UMA ANÁLISE INTERDISCIPLINAR por Mind Map: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E DIFERENTES LIMITAÇÕES: UMA ANÁLISE INTERDISCIPLINAR

1. Relacionado ao nível de instrução das pessoas com diagnóstico de AVC, 1.559 (69,8%) não possuem instrução ou possuem Ensino Fundamental incompleto, 186 (8,3%) possuem Ensino Fundamental completo ou médio incompleto, 378 (16,9%) possuem Ensino Médio completo e Superior incompleto e 108 (4,8%) possuem superior completo, conforme os dados pesquisados (IBGE, 2013).

1.1. Pinheiro e Vianna (2012) encontraram em seu estudo relação entre as variáveis socioeconômicas e a mortalidade por AVC, em que a mortalidade é maior quanto pior a escolaridade, pior a renda e maior a taxa de pobreza.

2. Devido à alta taxa de pessoas com sequelas de AVC, evidencia-se a importância do processo de reabilitação. Portanto, a prevenção e o tratamento deste agravo em saúde estão relacionados a fatores condicionantes modificáveis, à mudança no perfil epidemiológico no país e ao acesso à serviços de reabilitação.

2.1. Se faz necessária a atuação interdisciplinar de profissionais capacitados e articulados com a rede de atenção pública.

2.2. O acesso ao processo de reabilitação demonstra-se deficiente, apenas 0,27% das pessoas realizaram fisioterapia para o AVC e 0,12% realizaram algum tipo de tratamento para reabilitação, prejudicando o quadro funcional do usuário

3. Nas últimas décadas, o Brasil vem mudando o seu perfil epidemiológico, as doenças crônicas não transmissíveis, em destaque as doenças do aparelho circulatório.

4. Entre as mais importantes está o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), AVC refere-se ao rápido desenvolvimento de sinais clínicos de distúrbios focais e/ou globais da função cerebral, com um complexo conjunto de sintomas que duram pelo menos 24 horas e resultam da origem vascular (BRASIL, 2013).

4.1. 85% dos casos, ocorre obstrução ou rompimento de um ou mais vasos sanguíneos, gerando isquemia transitória ou permanente. Já em 15% dos casos ocorre o rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, ocasionando sangramento para o interior da cavidade cerebral. (TEJEDOR et.al, 2001).

4.2. Com base na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada no ano de 2013, verificou-se que o AVC ocorre igual,mente em ambos os sexos, em prevalência de 39,8% dos casos na faixa etária de adultos jovens (30 a 59 anos).

4.3. 69,8% das pessoas afetadas possuem baixo grau de escolaridade.

4.3.1. Há proporção elevada na cor branca (48,2%) e parda (41,1%).

5. RISCOS POTENCIAIS

5.1. Sedentarismo

5.2. Obesidade

5.3. Contraceptivos Orais

5.4. Alcoolismo

6. FATORES NÃO MODIFICÁVEIS

6.1. Idade avançada

6.2. História Familiar de ocorrência de AVC

6.3. Baixo peso ao nascer.

6.4. Sexo masculino

6.5. população Negra.

6.6. OBJETIVO

6.6.1. O presente artigo tem como objetivo, analisar dados dos sistemas de informações online do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, para avaliar o perfil dos portadores de AVC e qual o seu grau de limitação.

7. ASPECTOS MODIFICÁVEIS

7.1. Has

7.2. Tabagismo

7.3. Dislipidemia

7.4. Diabetes Melitus

7.5. Doenças Cardiovasculares

7.6. (BRASIL, 2013).

8. METODOLOGIA

8.1. estudo observacional transversal, que busca investigar fenômenos ou fatos sem realizar intervenções no desfecho da pesquisa.

8.2. A busca dos dados foi realizada nos sistemas de informações on-line do (IBGE) e (DATASUS) vinculado ao Ministério da Saúde.

8.3. Utilizou-se como base a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2013 por estes órgãos, este que é um levantamento epidemiológico de base comunitária realizado nas regiões do Brasil.

8.3.1. Objetivo: refletir sobre as condições de saúde da população brasileira com enfoque em três perspectivas: estilo de vida, percepção do estado de saúde e doenças crônicas.

9. RESULTADOS E DISCUSSÃO

9.1. Segundo a pesquisa em 2013, 2.231 milhões de pessoas maiores de 18 anos referiam diagnóstico médico de AVC, aproximadamente 12% da população do censo 2010.

9.2. Desta população 90,5% residem em áreas urbanas e apenas 9,5% na zona rural.

9.3. 50 % dos acometidos são do sexo feminino e 49,9% do sexo masculino.

9.3.1. A partir da análise dos dados para a variável referente ao sexo, no Brasil não se verificou diferença significativa entre feminino e masculino.

9.3.1.1. Estudo realizado no Rio Grande do Sul em uma região composta por 36 municípios, corrobora para esta afirmação, onde dos 125 casos de internações por AVC, 63 (50,4%) eram do sexo feminino e 62 (49,6%) do sexo masculino, estes casos possuem prevalência de 78,4% de AVC isquêmico

9.4. prevalência entre a faixa etária dos 30 a 59 anos (48,2%).

9.5. Prevalência na cor branca (39,8%). (IBGE,2013).

9.6. Devido à porcentagem baixa de atendimentos aos indivíduos com AVC, torna-se necessário o atendimento em reabilitação. Este que é um processo clínico-terapêutico, visa fornecer ao paciente que sofreu AVC a readquirir capacidades físicas, cognitivas e emocionais e também aprender novas formas de realizar determinadas tarefas.

9.7. Estima-se que no mundo, entre 25% a 74% dos 50 milhões de sobreviventes de AVC têm alguma dificuldade física, cognitiva ou emocional e que necessitam de algum grau de assistência para realizar atividades da vida diária.

9.7.1. 42% das pessoas negam limitações; 20% possuem pouca limitação; 13% referem moderada limitação; 16% relatam intensa limitação e 9% possuem limitação muito intensa (DATASUS,2013).

9.7.2. Especificamente, ao grau intenso ou muito intenso de limitações, 568 pessoas referem esta condição (25,4% dos indivíduos com AVC), com maior proporção na faixa etária entre 30 a 59 anos, seguida de 18 a 29 anos ou 65 a 74 anos conforme a região (IBGE,2013).

9.7.3. A dificuldade predomina no sexo masculino (329 = 57,9%), na cor branca (277 = 48,7%) e em grau de ensino baixo, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto(466 = 82,0%) (IBGE,2013).

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

10.1. A taxa de sobrevida é reflexo da conjuntura da diminuição da mortalidade por AVC e o aumento do envelhecimento.

10.2. Devido às altas taxas de deficiências após o AVC e de sua cronicidade, a qualidade de vida destes usuários muda de forma intensa devido ao impacto das sequelas na vida cotidiana. Existe um forte consenso entre os especialistas que o elemento mais importante em qualquer programa de reabilitação é a prática, bem orientada e contínua.

10.3. Para alguns pacientes, a reabilitação constituirá um processo constante de aquisição, manutenção e aperfeiçoamento de capacidades e poderá envolver a participação de diferentes profissionais (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas e assistente social) atuando de forma interdisciplinar, com intervenção na comunidade durante meses ou anos após o Acidente Vascular Cerebral (SILVA, 2010).