1. Inflamação Cronica
1.1. se o agente causador da inflamação aguda persistir dá-se início ao processo de inflamação crônica. Este processo pode durar vários dias, meses ou anos
1.2. caracterizada pela ativação imune persistente com presença dominante de macrófagos no tecido lesionado
1.2.1. os macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só para o agente causador da inflamação, mas também para os tecidos da pessoa
1.3. a inflamação crônica é quase sempre acompanhada pela destruição de tecidos
1.4. entre os processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite, asma e processos alérgicos, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais, doença celíaca e diabetes.
2. Inflamação Aguda
2.1. resposta inflamatória
2.1.1. vasodilatação
2.1.1.1. calor
2.1.1.2. rubor
2.1.2. aumento da permeabilidade vascular
2.1.2.1. edema
2.1.3. aumento da pressão tissular
2.1.3.1. dor
2.1.3.2. perda de função
2.2. mediação
2.2.1. neutrófilos
2.2.2. basófilos
2.2.3. mastócitos
2.2.4. eosinófilos
2.2.5. macrófagos
2.2.6. células detríticas e epiteliais
2.3. lesão
2.3.1. plaquetas liberam proteínas
2.3.2. mastócitos degranulam liberando histamina e serotonina
2.3.2.1. medeiam a vasodilatação e o aumento da permeabilidade
2.3.3. neutrófilos respondem à lesão e sua migração para o local é induzida por quimiocinas
2.3.3.1. fagocitam os patógenos e liberam mediadores que contribuem na resposta inflamatória
2.3.3.1.1. atraem os macrófagos para o local de inflamação
2.3.4. os macrófagos, ao serem ativados, apresentam fagocitose aumentada e liberação aumentada de mediadores
2.3.4.1. citocinas produzidas pelos macrófagos que atraem os leucócitos
2.3.5. a participação dos eosinófilos está ligada a infecção por helmintos, assim como a participação dos basófilos está ligada a alérgenos e parasitas
2.3.6. acumulação de células mortas e micro-organismos, em conjunto com fluidos acumulados e várias proteínas, forma o que é conhecido com pus
2.3.7. uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e algumas citocinas iniciam o processo de cicatrização
3. Exsudato
3.1. A exsudação é uma etapa natural da cicatrização, sendo que o líquido expelido é resultado de sangue cujas plaquetas e glóbulos vermelhos foram filtrados
3.1.1. Pode apresentar variações na aparência, consistência e volume de acordo com o tipo e origem da ferida. Fatores externos também podem influenciar, como é o caso de infecções e colonizações por bactérias
3.1.1.1. tem papel fundamental no processo de cicatrização das lesões de pele, pois mantém o leito da ferida úmido, favorecendo a migração celular e acelerando a cicatrização
3.1.1.1.1. se não controlado, o exsudato em excesso pode causar a maceração dos bordos da lesão, retardando o processo cicatricial e, em alguns casos, aumentando o tamanho da lesão
3.2. Tipos de exsudato
3.2.1. Exsudato seroso: com coloração clara, é originado a partir do soro do sangue e secreções de células. Geralmente, surge nas fases de desenvolvimento de reações inflamatórias agudas. Também pode ser encontrado nos estágios precoces de infecção bacteriana.
3.2.2. Exsudato sanguinolento: tem coloração vermelho vivo e indica a ruptura de vasos
3.2.3. Exsudato purulento: tem coloração amarelada, esverdeada, marrom e poder apresentar odor fétido. Geralmente, indica a presença de infecções
3.2.4. Exsudato seropurulenta: coloração amarela opaca, fina esbranquiçada. Mistura do exsudato seroso com o purulento
3.2.5. Exsudato fibrinoso: quando há extravasamento de grandes quantidades de proteínas plasmáticas e massas de fibrina. Caracterizado pela formação de placas esbranquiçadas, com aspecto de uma membrana sobre a lesão
4. Recrutamento de Leucócitos
4.1. indução de moléculas de adesão na célula endotelial
4.1.1. enquanto isso, quimiocinas, produzidas no local da injúria, entram nos vasos sanguíneos ligados à proteoglicanas e ficam dispostas em altas concentrações na superfície endotelial. Estas quimiocinas agem ativando os leucócitos
4.2. na transmigração ou diapedese, as quimiocinas agem permitindo a aderência de leucócitos e estimulando-as a migrarem para os espaços inter-endoteliais
4.3. o tipo de emigração leucocitária varia de acordo com o tempo de resposta inflamatória e com o tipo de estímulo
4.4. após o extravasamento, os leucócitos emigram para os tecidos em direção ao lado da injúria, por um processo chamado quimiotaxia
4.5. respostas funcionais induzidas pela ativação de leucócitos
4.5.1. produção de metabólitos do ácido araquidônico dos fosfolipídios
4.5.2. degranulação e secreção de enzimas lisossomais e ativação de explosão oxidativa
4.5.3. secreção de citocinas
4.5.3.1. ativação de macrófagos
4.5.3.2. modulação de moléculas de adesão de leucócitos por diferentes citocinas e integrinas
4.6. Etapas da fagocitose
4.6.1. Reconhecimento e aderência da partícula que será “ingerida” pelo leucócito: é iniciado pelo reconhecimento de partículas por receptores expressos na superfície do leucócito;
4.6.2. Digestão formando um vacúolo fagocitário
4.6.3. Degradação ou eliminação do material ingerido
4.6.3.1. Etapa de eliminação do agente infeccioso ou célula necrótica, através de enzimas lisossomais por mecanismos oxigênio-dependente