PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL por Mind Map: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

1. PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES NA DEPRESSÃO E EM TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

1.1. A ligação entre desesperança e suicídio

1.1.1. Vários estudos demonstraram que pessoas deprimidas têm probabilidade de ter altos graus de desesperança, e que a falta de esperança aumenta o risco de suicídio (Beck et al., 1975, 1985, 1990; Fawcett et al., 1987).

1.1.2. Brown e colaboradores demonstraram que uma intervenção cognitivo-comportamental, incluindo a tarefa de escrever um plano de ação anti-suicídio, reduz o risco de suicídio.

1.2. Estilo atributivo na depressão

1.2.1. Abramson e col., propuseram que as pessoas deprimidas colocam significados aos eventos da vida que são negativamente distorcidos em três domínios:

1.2.1.1. 1 - Interno x Externo: A depressão é associada a uma tendência de fazer atribuições aos eventos da vida que são enviesadas em sua própria direção interna.

1.2.1.2. 2 - Global x Específico: em vez de ver os eventos negativos somente com uma relevância isolada ou limitada, pessoas com depressão podem concluir que essas ocorrências têm implicações de longo alcance, globais ou totalmente abrangentes.

1.2.1.3. 3 - Fixo versus mutável: situações negativas ou problemáticas são vistas como imutáveis e improváveis de melhorar no futuro.

1.2.1.4. Indivíduos deprimidos subestimam a quantidade de feedback positivo recebido e despendem menor esforço às tarefas depois de lhe dizerem que seu desempenho é ruim.

1.3. Distorções na resposta ao feedback

1.3.1. Indivíduos não-deprimidos apresentam padrões que podem indicar um viés positivo que serve a si mesmos – eles podem ouvir feedback mais positivo do que aquele realmente dado ou minimizar a relevância de feedback negativo

1.3.2. O terapeuta precisa reconhecer e abordar possíveis distorções de feedback.

1.4. Estilo de pensamento em transtornos de ansiedade.

1.4.1. Pessoas que apresentam transtornos de ansiedade demonstraram ter vários vieses característicos no processamento de informações

1.4.2. Uma dessas áreas de disfunção é um nível elevado de atenção a informações no ambiente sobre ameaças em potencial.

1.4.3. Pessoas com transtornos de ansiedade também, comumente, vêem os ativadores de seu medo como sendo perigosos de maneira não-realista ou com potencial para feri-las (Fitzgerald e Phillips, 1991)

1.4.4. Pacientes com transtornos de ansiedade freqüentemente fazem uma estimativa reduzida de sua capacidade de enfrentar ou lidar com as situações carregadas de medo.

1.5. Aprendizagem, memória e capacidade cognitiva

1.5.1. A depressão geralmente é associada a comprometimentos substanciais na capacidade de se concentrar e no desempenho das funções de aprendizagem e memória, que exigem esforço ou abstração

2. VISÃO GERAL DOS MÉTODOS DE TERAPIA

2.1. Conhecida por suas intervenções eficazes e pelo fato de os pacientes geralmente gostarem de se envolver em exercícios específicos.

2.2. Duração e foco da terapia

2.2.1. Concentra-se no aqui-e-agora. Porém, é essencial ter uma perspectiva longitudinal

2.2.2. A TCC é uma terapia voltada para o problema geralmente aplicada em um formato de curto prazo.

2.2.3. Normalmente dura de 5 a 20 sessões

2.2.4. Em caso de co-morbidade, sintomas crônicos ou resistência ao tratamento, cursos mais longos de TCC podem ser necessários.

2.2.5. Transtornos de personalidade, psicoses ou transtorno bipolar podem precisar ir além das 20 sessões.

2.2.6. Psiquiatras experientes nesse método podem usar a TCC em combinação com farmacoterapia em sessões curtas durante a fase de manutenção de depressão recorrente, transtorno bipolar ou outras doenças crônicas.

2.2.7. Sessões de 45 a 50 minutos.

2.2.8. Sessões de menos de 50 minutos são recomendadas para pacientes internados, pessoas com psicose e sintomas que interferem na concentração.

2.2.9. Abordagem voltada para o problema.

2.3. Conceitualização de caso

2.3.1. Relação Terapêutica

2.3.1.1. Confiança e serenidade.

2.3.1.2. Beck e col.: empirismo colaborativo

2.3.1.3. Enfrentamento de uma série de cognições e comportamentos.

2.3.1.4. Pacientes: feedback ao terapeuta, ajudam na programação das sessões e praticam intervenções da TCC no dia a dia.

2.3.1.5. Terapeutas ajudam a estruturar as sessões, dão feedback e orientam os pacientes sobre como usar os métodos da TCC.

2.3.2. Questionamento socrático

2.3.2.1. Relação empírica colaborativa. Ajuda pacientes a reconhecerem e modificarem o pensamento desadaptativo.

2.3.2.2. Perguntas ao paciente que estimulam a curiosidade e o desejo de inquirir.

2.3.2.3. Descoberta guiada.

2.3.3. Estruturação e psicoeducação.

2.3.3.1. Agenda e feedback.

2.3.3.2. Paciente e terapeuta dão e recebem feedback para confirmar a compreensão e moldar o direcionamento da sessão.

2.3.3.3. Leitura de livros de auto-ajuda, apostilas, questionários de avaliação e programas de computador.

2.3.4. Reestruturação cognitiva

2.3.4.1. Ajuda o paciente a reconhecer e modificar esquemas e pensamentos automáticos desadaptativos.

2.3.4.2. O método mais usado é o questionamento socrático.

2.3.4.3. Registros de pensamento.

2.3.4.4. Identifica erros cognitivos, examina evidências, reatribuição, listar alternativas racionais e ensaio cognitivo.

2.3.5. Métodos comportamentais

2.3.5.1. Romper padrões de evitação ou desesperança.

2.3.5.2. Enfrentar gradativamente situações temidas.

2.3.5.3. Reduz emoções dolorosas ou excitação autonômica.

2.3.5.4. Desenvolver habilidades de enfrentamento.

3. Cognições tem influência controladora sobre as emoções e comportamentos.

4. Simples: Regras sobre a natureza física do ambiente, gerenciamento prático das atividades cotidianas ou leis da natureza que podem ter pouco ou nenhum efeito sobre a psicopatologia.

5. Conjunto de teorias bem desenvolvidas que são usadas para formular planos de tratamento e orientar as ações do terapeuta.

6. ORIGENS DA TCC

6.1. Nas tradições filosóficas orientais, como o taoísmo e o budismo, a cognição é considerada como uma força primária na determinação do comportamento humano.

6.1.1. Dalai Lama: “se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, então poderemos não só aprender a lidar com o sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo e em primeiro lugar, evitar que muito dele surja”

6.2. Princípios centrais

6.2.1. O modo de agir ou de se comportar pode afetar profundamente os padrões de pensamento e as emoções.

7. ZOROASTRO

7.1. 3 Pilares:

7.1.1. Pensar bem, agir bem, falar bem

8. AARON BECK

8.1. O primeiro a desenvolver teorias e métodos para aplicar as intervenções cognitivas e comportamentais a transtornos emocionais.

8.2. Princípios psicanalíticos.

8.3. As primeiras formulações de Beck centravam-se no papel do processamento de informações desadaptativo em transtornos de depressão e de ansiedade.

8.4. Tríade cognitiva - pensamento em três domínios: si mesmo, mundo e futuro.

8.5. Suas teorias e métodos estenderam-se a depressão, transtornos de ansiedade, transtornos alimentares, esquizofrenia, transtorno bipolar, dor crônica, transtornos de personalidade e abuso de substâncias.

8.5.1. Os componentes comportamentais do modelo de terapia cognitivo-comportamental tiveram seu início nos anos de 1950 e 1960

8.5.1.1. Pesquisadores clínicos começaram a aplicar as idéias de Pavlov, Skinner e outros behavioristas experimentais.

8.6. Conceitualizou um relacionamento estreito entre cognição e comportamento

9. Joseph Wolpe e Hans Eysenck

9.1. Pioneiros na exploração do potencial das intervenções comportamentais, como a dessensibilização e treinamento de relaxamento.

10. MODELO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

10.1. Evento - Pensamento - Emoção - Ação / Não ação

10.2. O processamento cognitivo recebe um papel central nesse modelo, porque o ser humano continuamente avalia a relevância dos acontecimentos internamente e no ambiente que o circunda.

10.3. Cognições estão freqüentemente associadas às reações emocionais.

10.4. O modelo básico de TCC é um construto usado para ajudar os terapeutas a conceitualizarem problemas clínicos e implementarem métodos da TCC específicos.

10.4.1. Simplificado para voltar a atenção do terapeuta para as relações entre pensamentos, emoções e comportamentos e para orientar as intervenções de tratamento.

11. MEICHENBAUM E LEWINSOHN E COL.

11.1. Incorporaram teorias e estratégias cognitivas a seus tratamentos e observaram que a perspectiva cognitiva acrescentava contexto, profundidade e entendimento às intervenções comportamentais.

12. CONCEITOS BÁSICOS

12.1. Níveis de Processamento Cognitivo

12.1.1. Consciência (nível mais alto da cognição)

12.1.1.1. Estado de atenção no qual decisões podem ser tomadas racionalmente.

12.1.1.2. A atenção consciente nos permite: 1. monitorar e avaliar as interações com o meio ambiente; 2. ligar memórias passadas às experiências presentes; 3. controlar e planejar ações futuras

12.1.2. Pensamentos automáticos

12.1.2.1. Privativos ou não-declarados, ocorrem de forma rápida à medida que avaliamos o significado de acontecimentos em nossas vidas

12.1.2.2. Desadaptativos ou distorcidos

12.1.2.3. Disfuncionais

12.1.2.4. Podem ocorrer na presença de emoções fortes.

12.1.3. Erros Cognitivos

12.1.3.1. 6 categorias principais de erros cognitivos: abstração seletiva, inferência arbitrária, supergeneralização, maximização e minimização, personalização e pensamento absolutista.

12.1.4. Esquemas

12.1.4.1. Princípios duradouros de pensamento que começam a tomar forma no início da infância e são influenciados por uma infinidade de experiências de vida.

12.1.4.2. Crenças e pressupostos intermediários: Regras condicionais como afirmações do tipo se-então, que influenciam a auto-estima e a regulação emocional.

12.1.4.3. Crenças nucleares sobre si mesmo: Regras globais e absolutas para interpretar as informações ambientais relativas à auto-estima.

13. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE TCC PARA AJUDAR A PREVENIR A RECAÍDA.

13.1. Vantagem: aquisição de habilidades que podem reduzir o risco de recaída.

13.2. Nas fases finais da o terapeuta se concentra na prevenção da recaída ao ajudar o paciente a identificar problemas em potencial, os quais têm uma alta probabilidade de causar dificuldades.

13.3. Técnicas de treinamento para praticar maneiras eficazes de enfrentamento.