1. É um Trabalho de Conclusão do Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
1.1. Buscou colaborações da Psicologia para o desenvolvimento dessa temática no Brasil, onde o estudo é recente mesmo com enchentes, deslizamentos e secas cada vez mais frequentes.
1.2. Os participantes da pesquisa foram dois psicólogos, um do sexo feminino e outro do sexo masculino, que atuam em situações de emergências e desastres.
1.3. O instrumento utilizado foi uma entrevista semiestruturada.
2. Desastres Naturais
2.1. No entendimento da Defesa Civil brasileira, como o próprio nome indica, são ocasionados por fenômenos da natureza. Já os que derivam da ação humana são denominados mistos.
2.1.1. A ação dos fenômenos naturais é intensificada frente ao resultado da urbanização crescente, pobreza e meio ambiente
2.2. Prevenção
2.2.1. A resposta das pessoas perante o desastre está intimamente ligada às atividades que são realizadas durante a fase de prevenção.
2.2.2. É compreender os fatores que geram os fenômenos naturais, e a aumentar a capacidade de resistência da sociedade contra esses fenômenos. Desse modo, a prevenção dos desastres naturais faz com que a vulnerabilidade da população seja evitada e, através disso, que se obtenha uma vida saudável.
2.2.2.1. O não saber o que fazer em situações de desastres aprofunda a crise, porque o medo e o pânico bloqueiam a reflexão,
2.3. Tema de estudos internacionais.
2.4. Antigamente, a recomendação da Defesa Civil brasileira para lidar com desastres era a de não conversar com as comunidades que estavam em risco para que não houvesse alarme e caos social.
2.5. Os desastres causam muitos danos imateriais, ou seja, de valor simbólico e emocional para as pessoas. Por isso, recomenda-se o acompanhamento psicológico.
3. Resiliência
3.1. Diz respeito ao aprendizado quanto aos riscos e à prevenção, e àquele que ocorre no momento do impacto, com esclarecimentos das ideias quanto ao que deve ser feito para melhorar as fases de prevenção e reconstrução.
4. Empoderamento
4.1. É o fortalecimento da comunidade, por meio da participação ativa dos moradores, é possível fazer com que eles adquiram uma atitude crítica crescente voltada a analisar os problemas e a identificar possíveis soluções.
4.2. Quando a comunidade está consciente dos riscos que sofre em relação ao desastre, está mais bem preparada para evitar, minimizar os impactos e agir diante desses eventos. Conscientizar a comunidade é protegê-la, sendo que é a resposta da comunidade que vai determinar o grau de impacto gerado pelos desastres.
5. A Psicologia
5.1. Um dos interesses é enfrentar a perspectiva psiquiatrizante desse campo, em que são realizadas intervenções que priorizam o pós-desastre.
5.2. A área de atuação do psicólogo em situações de emergências e desastres é ainda muito recente no Brasil, ainda está em processo de desenvolvimento,
5.3. A Psicologia colaborou com o início de ações que relevam a subjetividade, inclusive no âmbito da Defesa Civil.
5.4. Não pode ter caráter reducionista.
5.5. A intervenção do psicólogo nas situações de emergências e desastres pode ocorrer nas três etapas do evento, ou seja, no pré-impacto, no impacto e no pós-impacto.
5.5.1. O psicólogo que cuida disso tem que ser alguém que cuide da prevenção, da preparação, da resposta, da reconstrução.
5.5.2. Deve focar no pré-impacto.