1. INTENSIDADE
1.1. Depende do grau de obstrução vascular. Podendo ser total ou parcial, rápida (por trombo) e lenta onde acontece a obstrução progressiva por uma placa de aterosclerose
1.2. Em pequena intensidade resulta em degenerações e hipotrofia. Se intensa e prolongada provoca necrose a área atingida(infarto)
2. CAUSAS
2.1. OBSTRUÇÃO DA LUZ VASCULAR
2.1.1. Principal causa de isquemia,causada por várias formas de obstrução anatômica (aterosclerose,trombose,embolia,etc).
2.2. COMPRESSÃO DA LUZ VASCULAR
2.2.1. Normalmente causada por tumores (tecidos que aumentam de volume onde não havia espaço anteriormente) e edema.
2.3. DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
2.3.1. Acontece em estados de choque pela redução da pressão arterial. O aumento da pressão venosa também provoca redução do gradiente arteriovenoso, explicando a redução do fluxo sanguíneo nos capilares e isquemia em locais de estase venosa.
2.4. AUMENTO DA VISCOSIDADE DO SANGUE
2.4.1. Representa a fluidez ou a resistência de sua composição.Acontece a diminuição do fluxo sanguíneo pelo aumento da produção de eritrócitos,especialmente na microcirculação.
2.5. AUMENTO DA DEMANDA SANGUÍNEA/02
2.5.1. Sozinho não causa isquemia,mas adquire importância quando associada a redução do suprimento por qualquer motivo.Células com alto metabolismo são mais suscetíveis à isquemia.
2.6. ESPASMO ARTERIAL (FENÔMENO OU DOENÇA DE RAYNAUD)
2.6.1. Caracterizada pela isquemia paroxística bilateral dos dedos induzido pelo frio ou estímulo emocional e aliviado pelo calor. É devido a vasoconstrição das artérias digitais e palmar ou plantar,causando dor e necrose.
2.7. HEMOGLOBINA ALTERADA (CARBOXIHEMOGLOBINA)
2.7.1. A hemoglobina transporta pouco O2 no sangue e muito CO2,causando intoxicação por monóxido de carbono e podendo gerar hipotensão.
3. AS CONSEQUÊNCIAS DEPENDEM:
3.1. Da extensão e sua localização
3.2. Da velocidade de instalação (súbita ou lenta)
3.3. Da existência de circulação colateral
3.4. Da vulnerabilidade do tecido
3.5. Da irrigação
3.6. Do órgão ou tecido atingido
3.7. Grau de redução do calibre da artéria afetada
3.8. Da capacidade de transporte de O2
4. CONCEITO
4.1. Deficiência no aporte sanguíneo a determinado órgão ou tecido por diminuição da luz de artérias,arteríolas ou capilares.Provocada por redução da oferta de sangue e/ou aumento da demanda.
5. DIVIDIDA EM:
5.1. REVERSÍVEL
5.1.1. 1-Diminuição de 02 provoca alterações diretas nas mitocôndrias.
5.1.2. 2-diminui a fosforilação oxidativa e os níveis de ATP
5.1.3. 3-A diminuição do ATP compromete o sistema de produção protéica celular e a bomba de sódio e potássio,aumentando os níveis de cálcio e levando a tumefação celular
5.2. IRREVERSÍVEL
5.2.1. Persistência da isquêmia
5.2.2. Vacuolização das mitocôndrias, instaurando-se eventos de lesão celular irreverssível
6. COMPLICAÇÕES
6.1. Infarto
6.2. Hipóxia ou Anóxia (deficiência parcial ou total de O2)
6.3. Degeneração
6.4. Hipotrofia
6.5. Necrose
6.6. Gangrena (Quando a isquemia é súbita ou intensa)
6.7. Angina
7. TIPOS
7.1. ISQUEMIA RELATIVA OU TEMPORÁRIA
7.1.1. Presente nos casos de obstrução vascular parcial,quando há aumento da atividade metabólica de um órgão ou setor do organismo.
7.2. ISQUEMIA SUBTOTAL TEMPORÁRIA
7.2.1. Resulta nos casos de obstrução vascular incompleta que garante o fluxo sanguíneo mínimo; os neurônios perdem sua atividade funcional. Reperfusão nas primeiras horas após um AVC. Pode salvar certas áreas de penumbra isquêmica
7.3. ISQUEMIA ABSOLUTA TEMPORÁRIA
7.3.1. Há interrupção passageira do suprimento sanguíneo,como nos casos de parada cardíaca com ressucitação bem-sucedida,quando há oclusão arterial por trombo seguida de trombólise terapêutica ou em órgãos removidos para transplante até serem ligados à circulação do receptor.
7.4. ISQUEMIA PERSISTENTE
7.4.1. Provocada principalmente por placas de aterosclerose,trombos e embolia que causa bloqueio total ou subtotal da irrigação por tempo prolongado.