Hipertensão Arterial na Gestação
por Cauan Santos Trintinalia
1. DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
1.1. O diagnóstico de hipertensão arterial na gravidez é feito quando os níveis pressóricos são iguais ou superiores a 140/90 mmHg.1-3
1.1.1. A Síndrome Hipertensiva da Gestação pode ser classificada então em quatro formas distintas.
1.1.1.1. 1) pré-eclâmpsia/eclâmpsia (doença hipertensiva específica da gravidez) quando a hipertensão arterial surge após 20 semanas de gestação e associada à proteinúria (≥ 0,3g de proteína em urina de 24 horas ou ≥ 2 cruzes em uma amostra urinária);
1.1.1.2. 2) hipertensão crônica de qualquer etiologia quando identificada antes da gestação ou antes de 20 semanas de gestação;
1.1.1.3. 3) pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica a paciente previamente hipertensa desenvolveu proteinúria após 20 semanas de gestação;
2. O que é?
2.1. A hipertensão gestacional ou hipertensão induzida pela gravidez é definida como o desenvolvimento de uma nova hipertensão arterial em uma mulher grávida após 20 semanas de gestação. A hipertensão pode surgir antes de 20 semanas se a mulher tiver múltiplos fetos ou uma mola hidatiforme.
3. Cuidados de enfermagem
3.1. Aferir PA rigorosamente (paciente na posição sentada e em decúbito lateral esquerdo).
3.2. Avaliar os sinais e sintomas:
3.3. o Edema.
3.4. o Oligúria (< 500ml/24horas).
3.5. o Dor epigástrica ou no quadrante superior direito.
3.6. Verificar resultados de exames:
3.7. o Trombocitopenia < 100.000/mm3.
3.8. Permitir tempo para perguntas da paciente ou acompanhante.
3.9. Monitorar os sinais vitais de hora em hora, de acordo com a prescrição médica.
3.10. Manter o ambiente tranqüilo.
3.11. Coletar sangue para realização de exames, caso seja solicitado pela equipe médica.
3.12. Instruir quanto à importância de relatar sintomas como cefaléia, alterações visuais, tonteira e dor epigástrica.
3.13. Puncionar e manter acesso venoso periférico, de acordo com a prescrição médica.
3.14. Aplicar medicações conforme prescrição médica.
3.15. Manter grades laterais elevadas para evitar lesão em caso de convulsão.
3.16. Preparar a unidade da paciente mantendo material para oxigenoterapia (fluxômetro, catéteres,
3.17. umidificador, máscara de Hudson e macronebulizador) prontos para utilização.
3.18. Preparar e manter próximo ao leito material para uma possível parada cardiorrespiratória.
3.19. Tomar as medidas para a possibilidade de cesariana (preparação da sala cirúrgica, materiais e
3.20. equipamentos necessários).
3.21. Reunir os equipamentos e materiais necessários para os cuidados imediatos e possível reanimação do RN.