Desevolvimento psicossexual à partir da Psicanálise Freudiana

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Desevolvimento psicossexual à partir da Psicanálise Freudiana por Mind Map: Desevolvimento psicossexual à partir da Psicanálise Freudiana

1. Introdução à teoria:

1.1. Conceitos-chave:

1.1.1. PULSÕES VITAIS: São os impulsos dinâmicos que tem uma fonte e uma finalidade. É, em suma, uma necessidade que precisa e satisfação. Em termos de energia vital. Este conceito está relacionado ao livro 'Além do princípio do prazer' escrito por Freud. Para Freud o princípio do prazer tem como propósito alcançar o próprio fazer do indivíduo assim como, em detrimento, evitar que o prazer se desperte. Essas pulsões estão concentradas totalmente no ID.

1.1.1.1. PULSÕES SEXUAIS: Se originam nas pulsões de autoconservação, mas se vinculam ao prazer libidinal. As pulsões sexuais se subdividem em duas. Sua fonte advém dos processos somáticos do próprio organismo ( com reflexos em todo seu corpo ou em regiões localizadas). Estas pulsões podem ser de vida ou morte. Morte: extrema agressividade e somente. Vida: Libido gratificada.

1.1.1.1.1. Pulsões de vida

1.1.1.1.2. Pulsões de morte:

1.1.1.2. PULSÕES DE AUTOCONSERVAÇÃO: Energias que buscam a conservação da própria existência. Por exemplo: A fome e sede. Porém estas, são as bases para as pulsões sexuais.

1.1.2. Id (Isso): O Id consiste em um teor totalmente inconsciente. É o reservatório da energia psíquica da libido e condiciona fortemente os acontecimentos psíquicos. Irracional e impulsivo procura o prazer alheio à realidade e à moral.

1.1.3. Superego: Este conceito representa a interiorização psíquica da autoridade dos pais, em suma. É constituído por ideias morais. Procura através do Ego controlar o Id. Aspira à perfeição moral e tende a reprimir de forma severa as infrações à moralidade.

1.1.4. Ego: Consiste, segundo as bases teóricas Freudianas, como representante da realidade e do mundo externo derivando do Id procurando o possível satisfazer os seus impulsos. Não obstante, procura também satisfazer as exigências morais do superego. Ele promove o equilíbrio psíquico, pelo esta seria sua função na visão freudiana. Ele é quem media o Id e o superego.

1.1.5. Complexo de Édipo: Fã da cultura greco-romana, Freud viu na tragédia de Sófocles a representação perfeita para uma teoria a respeito da sexualidade infantil e suas consequências na vida adulta. O complexo de Édipo é a formulação inconsciente, na criança, que abriga um desejo pelo genitor do sexo oposto e, paralelamente, uma hostilidade para com o do mesmo sexo, isso está relacionado ao ciúme. É, portanto, praticamente junto com a psicanálise que nasce essa estruturação subjetiva dos desejos, rivalidades, escolhas e identificações da criança.Segundo Freud, esse complexo costuma durar dos 3 aos 5 anos de vida da criança, ao longo da chamada fase fálica e vai ir embora a partir dos 6, quando o desenvolvimento da sexualidade entra num período de stand-by antes da puberdade.

1.1.6. Objeto Externo: Este conceito não é uma representação psíquica, mas sim uma própria consolidação de um terceiro diante do primeiro sujeito. A própria construção do outro indivíduo como ele é.

1.1.7. Objeto Interno: É a representação fantasiosa boa ou má do objeto externo. Esta representação é formada devido a própria percepção fenomenal da experiência do sujeito. O motor para as ditas representações advém das pulsões já destacadas.

1.1.8. Objeto Parcial: São as construções das percepções parciais (boas e gratificantes ou más e agressivas) dos possíveis tipos de representações que o sujeito pode ao longo do desenvolvimento (principalmente no início ) incorporar ao seu mundo interno (espaço psíquico simbólico) de terceiros.

1.1.9. Objeto Total: São as construções totais das percepções ( novamente: sendo boas ou más) que o sujeito incorpora ao seu mundo interno de terceiros. A consolidação total sob o aspecto emocional e simbólico de determinado outro no seu mundo interno.

1.1.10. Introjeção: É o processo de colocar para dentro todos os tipos de percepções externas dos objetos externos e ambientes. A introjeção é ferramenta que colhe a matéria-prima externa para gurda-la internamente.

1.1.11. Projeção: Atribuição de um mau sentimento ou bom sentimento que você tem em alguém ou algo. São representações que se desenvolve de si mesmo sobre outros.

2. 1⁰ Fase oral: Vai do nascimento ao segundo ano de vida. Relacionado ao seio materno. É quando os atos de morder o seio, sugar e engolir o leite materno geram satisfação ao bebê. E não apenas por saciar a fome. É por prazer mesmo. “Só podemos relacionar essa obtenção de prazer à excitação da região da boca e dos lábios, partes do corpo a que chamamos, então, zonas erógenas, e o prazer alcançado no ato de sugar, nós o caracterizamos como sexual.” Não seria para menos, portanto, que bebês levam à boca praticamente tudo o que encontram – e que existe um objeto mágico, simulacro do seio materno, chamado chupeta. Segundo Freud, problemas nesse estágio de desenvolvimento, com uma satisfação precária ou excessiva desse prazer, podem ter consequências na vida adulta do indivíduo. No caso do excesso, “Tais crianças se tornarão, quando adultos, finos apreciadores de beijos, preferirão beijos perversos ou, sendo homens, trarão consigo um poderoso motivo para beber e fumar.” Já as mulheres, segundo Freud, terão nojo de comida. “Muitas de minhas pacientes com distúrbios de alimentação, constrição na garganta e vômitos foram enérgicas ‘chupadoras’ na infância.”

3. 2⁰ Fase anal: Ocorre entre os 2 e 4 anos e é a fase em que a criança descobre as mil e uma utilidades do próprio cocô. Mais especificamente, do ato de colocar esse cocô para fora – ou não. Onde ela tem o controle dos seu esfíncter anal. Segundo Freud, a criança tem sensações agradáveis ao esvaziar o intestino, e isso se desenvolve para uma obtenção de prazer pelo estímulo do ânus – outra zona erógena. “As crianças que utilizam a habilidade excitatória erógena da fase anal se revelam no fato de reter a massa fecal até que esta, acumulando-se, provoque fortes contrações musculares e, na passagem pelo ânus, exerça um grande estímulo na mucosa. Isso deve produzir, juntamente com a sensação de dor, uma sensação de volúpia.” Não à toa, Freud também chamou essa fase de sadoanal. Mas essa fase é mais complexa do que a busca do prazer autoerótico. Freud afirma que a criança considera esse cocô como uma extensão do próprio corpo. E assim se depara com uma das grandes decisões de toda uma vida: fazer ou não fazer? A decisão está entre uma atitude narcisista – a de reter o cocô para ele mesmo – ou de amor ao próximo – já que considera que, ao defecar, está abrindo mão dessa extensão do corpo e dando um presente aos pais, os pobres coitados que tanto se afligem com a criança que não faz cocô e a enchem de iogurte de ameixa. “Do erotismo anal procede, por emprego narcísico, a teimosia, como significativa reação do ego a exigências dos outros; o interesse dirigido às fezes se torna interesse por presente, e depois [já na fase adulta] por dinheiro”, teoriza Freud. Segundo a psicanálise, conflitos na fase anal também repercutirão na personalidade do adulto. Um sujeito “anal-expulsivo” gosta de desperdício e extravagância; o “adulto-retentor” vai na direção contrária: preza pela limpeza e a arrumação.

4. 3⁰ Fase Fálica (ou genital infantil): Depois de ter descoberto as alegrias do ânus, a criança, por volta dos 4 aos 5 anos, volta a sua atenção para o pênis – ou para a falta dele, com o complexo de castração de que falamos no capítulo anterior. É nessa fase que a criança percebe as diferenças anatômicas entre meninos e meninas, e também que passa a ter prazer ao manipular seus órgãos genitais. Associa o pênis a uma ideia de poder, já que quem tem pênis em casa é o pai, a pessoa mais poderosa da família. Na fase fálica, essa percepção da presença do pai, numa relação que até então parecia exclusiva entre a criança e a mãe, desperta o complexo de Édipo.

4.1. Neurose e Psicose: O objetivo da castração no complexo de Édipo, em última análise, é tornar a criança um ser neurótico, ou seja, fazee com que ela tanha uma vida psicológi saudável. A psicose é então, por sua vez, a consequencia de não cuidados para com o desenvolvimento psicológico do sujeito devido à muitas deixas da mãe e também da figura paterna.

5. 4⁰ Fase do período da latência:Dos 6 aos 11 anos, a criança dá um tempo na sua exploração do parque de diversões da sexualidade. Coincidindo com o período em que a escola fica mais séria, a libido – concebida por Freud como a energia sexual na vida psíquica, mas também como uma energia de vida, que nos leva para a frente é direcionada para outras coisas. Principalmente para o desenvolvimento social e intelectual. É hora de interagir com os amiguinhos – pela primeira vez sem supervisão integral dos adultos –, de criar apego ao primeiro caderno... É tanta coisa nova na cabeça da criança que a sexualidade fica meio encostada. Talvez uma reunião de forças para a fase que virá em seguida: a puberdade. Sobre esse intervalo de alguns anos, Sigmund Freud comenta: “o período de latência parece ser uma das precondições da aptidão humana para desenvolver uma cultura superior”. Mas ele também tem uma explicação mais “psicanalítica” para a formação desse período. É quando o complexo de Édipo da fase fálica se esvai. A autoridade do pai é incorporada inconscientemente na personalidade da criança, e o resultado disso é a formação do núcleo do superego (de que falaremos mais adiante), assumindo para si a severidade paterna e perpetuando a proibição contra o incesto. Assim, segundo Freud, “as tendências libidinais pertencentes ao complexo de Édipo são em parte dessexualizadas e sublimadas”. Sublimação, no contexto da psicanálise, é o direcionamento das energias sexuais e destrutivas para outras atividades, que não tenham sexo e porrada no meio. Ou seja, quando a criança para de focar na sexualidade, sua libido – sua energia – fica liberada para servir a outros aprendizados. E saímos da fase de latência como seres humanos melhores.

6. 5⁰ Fase Genital adulta: Com a manifestação da puberdade, a partir dos 11 anos, a sexualidade volta a mil por hora. Nem haveria como ser de outro modo, já que meninos começam a ter ereções a torto e a direito, ejaculam dormindo ou no chuveiro, os seios das meninas crescem, eles e elas começam a se masturbar... A identidade infantil é deixada para trás – o estágio genital se prolonga para o resto da vida –, e isso acarreta um fenômeno decisivo: a percepção do outro. Até então, nas chamadas fases pré-genitais, Freud diz que a sexualidade na criança é narcísica, voltada para si mesma – ela sente prazer estimulando a própria boca, o ânus, seu pênis ou clitóris. Já na fase genital, esse narcisismo diminui, e a libido é direcionada para outras pessoas, com as quais o indivíduo quer obter sua satisfação. “A pulsão sexual, que era predominantemente autoerótica, encontra um objeto sexual”, diz Freud. E a boa notícia é que esse objeto está, agora, fora do núcleo familiar: serão as pessoas que você elegerá como potenciais parceiros de cama. Sem pai e mãe na história.