1. A razão enquanto agente autônomo em busca da evolução da humanidade se tornou um projeto historicamente frustrante, pois foi a partir da técnica científica que muitos males ocorreram à humanidade, como a bomba atômica e outra tecnologias de guerra, que foram utilizadas para dizimar indivíduos e destruir culturas inteiras a partir de conflitos bélicos. Outro fator preponderante no esfacelamento da confiança demasiada na racionalidade foram as desigualdades sociais que continuaram caracterizando o mundo. n Assim, historicamente, verifica-se que a tomada dos rumos da humanidade por parte da racionalidade maximizada não faz com que o ser humano e as sociedades necessariamente evoluam.
2. um filósofo alemão chamado Friedrich Nietzsche (1844 - 1900) denunciou todo o poder dado à razão, afirmando que, apesar de sua importância, ela não deverla tomar para si o carater de promovedora autêntica e exclusiva de um certo tipo de projeto humano. Para o filósofo alemão, a razão seria um entre muitos outros órgãos humanos e não possuia a qualidade de chamar para si tamanho poder de norteamento da espécie. Assim, era ela, legitimamente, uma Importante ferramenta para a sobrevivência da humanidade, mas não era toda poderosa.
3. o autor inglês Aldous Huxley imagina uma organização social que fosse regulamentada pela razão, de modo absoluto. Uma sociedade na qual é realizado até mesmo o controle da sexualidade e da reprodução, promovendo a uniformização dos comportamentos e hábitos, isto é, a uniformização dos individuos com vias ao progresso técnico da espécie.
4. os efeitos da confiança demasiada na técnica científica e na razão fizeram com que a obra do autor inglês gerasse consequências diversas das esperadas pelos otimistas da modernidade. Tais otimistas acreditavam que, com o advento da ciência e das novas tecnologias, a humanidade caminharia rumo a um novo tipo de vivência em sociedade e a um novo tipo de concepção individual.
5. A Escola de Frankfurt acreditava que existiriam dois tipos clássicos de teorias: as teorias tradicionais e as teorias críticas. As primeiras abarcavam o sentido de legitimar certas construções sociais e coadunar com o status quo predominante na sociedade. As teorias tradicionais visavam Fig.7.3 - Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt. 1924 à legitimação do modo como a sociedade funcionava e justificavam o porquê de ser como era. Um exemplo era uma teoria que explicava o motivo de existirem pessoas muito ricas e pessoas muito pobres;
