CLASSIFICAÇÃO DAS FLORESTAS BRASILEIRAS

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
CLASSIFICAÇÃO DAS FLORESTAS BRASILEIRAS por Mind Map: CLASSIFICAÇÃO DAS FLORESTAS BRASILEIRAS

1. OMBRÓFILAS

1.1. FLORESTA OMBRÓFILA DENSA: -Presença de fanerófitas, lianas lenhosas e epífitas em abundância (característica que a diferencia de outras classes; -Floresta Ombrotérmica (elevadas T e altas precipitações bem distribuídas durante o ano); -Dossel uniforme e emergente.

1.1.1. OMBRÓFILA DENSA ALUVIAL: -Situada dentro de terraços aluviais flúvicos; -Formação "ribeirinha" ao longo dos cursos d'água; -Fanerófitos de crescimento rápido, casca lisa, tronco cônico e por vezes com a forma de botija e raízes tabulares; -Devido à exploração nessas localidades, o dossél torna-se uniforme; -Presença de muitas palmeiras, lianas herbácea, epífitas e poucos parasitas. -Principais espécies: Cuba pintandra(L) Gaertn, Virola surinamensis(Rol. ex Rottb) Warb e Tapirira guianensis Aubl.

1.1.2. OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS: -Em geral, ocupa planícies costeiras, capeadas por tabuleiros pliopleistocênicos do Grupo Barreiras; -O corre desde o estado AM até o RJ, com florística caracterizada por ecótipos dos gêneros Ficus, Alchornea, Handroanthus e pela ochlospecie Tapirira guianensis Aubl; -Do Rio são João(RJ) para o sul, denominam duas espécies, sendo elas a calophyllum brasiliense Cambess e Ficus organensis. Estabelecidos em terrenos acima do nível do mar.

1.1.3. OMBRÓFILA DENSA SUBMONTANA: -Encontradas em áreas dissecadas do relevo montanhoso e dos planaltos com solos mediamente profundo; -Composta por fanerófitas de alto porte; -Caracterizada por espécies que variam de acordo com a altitude.

1.1.4. OMBRÓFILA DENSA MONTANA: -Situadas no alto dos planaltos e das serras, entre 600 a 2000 m de latitude; -Estrutura do dossél uniforme é representada por ecótipos relativamente finos, com casca grossa e rugosa, folhas miúdas e de consistência coriácea.

1.1.5. OMBRÓFILA DENSA ALTO-MONTANA: -Formação arbórea mesofanerófita com +/- 20 m de altura; -Se localizam no cume das montanhas, sobre Neossolos Litólicos; -Fanerófitos com troncos e galhos finos, folhas miúdas e coriáceas, com casca grossa e fissuras; -Florística formada por famílias de dispersão universal, embora as espécies sejam endêmicas; -"Mata nuvigínea", é o nome dado aos isolamentos florestais formados em locais onde a água evapora e se condensa em neblina.

1.2. FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA: -A anos, foi considerado um tipo de transição entre a floresta Amazônica e as áreas extra-amazônicas; -Apresenta 4 faciações florísticas que alteram a fisionomia ecológica: *palmeiras *cipós *sororoca *bambu.

1.2.1. OMBRÓFILA ABERTA ALUVIAL: -Estabelecida ao longo dos cursos d'água; -Ocupa as planícies e os terraços que inundam; -Possuem características ecológicas e da composição florística, semelhantes às Florestas Ombrófilas do tipo Densa Aluvial; -Destaca-se por apresentar um grande número de palmeiras de grande porte e as vezes, lianas lenhosas e herbáceas.

1.2.2. OMBRÓFILA ABERTA DAS TERRAS BAIXAS: -Esta formação foi submetida à intensa devastação florestal, devido a expansão agrícola; É encontrada em estado natural, mas, em associação com outras angiospermas; -Apresenta predominância da faciação com palmeiras; -No Piauí e no Maranhão, essa formação é denominada "floresta-de-babaçu".

1.2.3. OMBRÓFILA ABERTA SUBMONTANA: -Distribuída por toda a Amazônia e outras áreas; -Presença de palmeiras; -Na Amazônia esta formação acorre comas 4 faciações florísticas (palmeiras, cipós, bambu e sororoca); -A floresta aberta com bambu, se encontra principalmente no Acre e Amazonas, a floresta aberta com plameiras, no Maranhão e Piauí, já a floresta-de-cipó, é distribuída por toda Amazônia e a floresta com sororoca, é quase exclusiva d a Bacia do Rio Xingu (essa última apresenta menor representatividade).

1.2.4. OMBRÓFILA ABERTA MONTANA: -Ocupa a faixa altimétrica entre 600 a 2000 m; -Restrita a poucos planaltos do sul da Amazônia e muitas serras do norte; -Apresenta faciações com palmeiras e cipós, sendo a última, mais comum.

1.3. FLORESTA OMBRÓFILA MISTA: -Conhecida também como "mata-da-araucária", sendo esta área, conhecida como "clímax climático"; -Possui refúgios nas Serras do Mar e da Mantiqueira; -Apresenta 4 formações florestais.

1.3.1. OMBRÓFILA MISTA ALUVIAL: -Encontrada em terraços associados à rede hidrográfica; -Compreende planícies aluviais, onde as araucárias estão associadas a outras espécies que variam de acordo com a altitude e localização.

1.3.2. OMBRÓFILA MISTA SUBMONTANA: -Esta formação constitui disjunções em altitudes inferiores a 400 m; -Localizadas em diferentes pontos do "Cráton Sul-Rio-Grandense" e outras áreas do Planalto das araucárias.

1.3.3. OMBRÓFILA MISTA MONTANA: -Situada entre 400 e 1000 m de latitude; -Preservada atualmente em poucas localidades, como o Parque Nacional do iguaçu (PR); -Algumas áreas com a presença dessa formação, foram substituídas por monocultura de soja e trigo.

1.3.4. OMBRÓFILA MISTA ALTO-MONTANA: -Compreende altitude > que 1000 m; - Sua maior ocorrência é no Parque Nacional Aparados da Serra e na crista do Planalto Meridiano, sendo todos os dois na região sul; -Atualmente, essa formação encontra-se bem conservada no parque Estadual Campos do Jordão (SP) e em Monte Verde (MG).

2. ESTACIONAL

2.1. FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL

2.1.1. ESTACIONAL DECIDUAL ALUVIAL: - Exclusiva das bacias dos rios do Estado do Rio Grande do Sul, encontra-se bastante desfalcada dos seus elementos principais, explotados para uso doméstico; - A composição florística desta formação é preferencialmente constituída por espécies higrófitas deciduais, adaptadas ao ambiente aluvial, onde dominam mesofanerófitos

2.1.2. ESTACIONAL DECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS: - Formação encontrada em áreas descontínuas e relativamente pequenas, ocorrendo com maior expressividade na Bacia do Rio Pardo, no sul do Estado da Bahia. - A florística desta formação, característica de solos eutróficos calcários

2.1.3. ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA: - Na formação encontram-se dispersas as maiores disjunções de floresta decidual, a seguir descritas de acordo com as áreas mais representativas em que foram observadas, abrangendo várias áreas.

2.1.4. ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA: - Para identificá-las devem ser observados os seguintes parâmetros altimétricos de acordo com as latitudes pode ser explicada pelas grandes diferenças de temperatura que influem na composição florística, observando se que quanto mais ao sul, menor o espaço da faixa altimétrica.

2.2. FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

2.2.1. ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL: - É uma formação encontrada com maior frequência na grande depressão pantaneira mato-grossense-do-sul, sempre margeando os rios da Bacia do Rio Paraguai.

2.2.2. ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS: - É uma formação encontrada frequentemente revestindo tabuleiros do Pliopleistoceno do Grupo Barreiras, desde o sul da cidade de Natal (RN) até o norte do Estado do Rio de Janeiro, nas cercanias do Município de Campos dos Goytacazes, bem como até as proximidades do Município de Cabo Frio, aí então já em terreno quaternário.

2.2.3. ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA: - Formação estabelecida acima de 500m de altitude; - Situam-se principalmente na face interiorana da Serra dos Órgãos, no Estado do Rio de Janeiro e na Serra da Mantiqueira, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (Itatiaia) e do Espírito Santo (Caparaó).

2.2.4. ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA: -Esta formação ocorre frequentemente nas encostas interioranas das Serras da Mantiqueira e dos Órgãos, e nos planaltos centrais capeados pelos arenitos Botucatu,Bauru e Caiuá, dos períodos geológicos Jurássico e Cretáceo; - Na borda sul amazônica, no contato da Floresta Ombrófila com a Savana (Cerrado), revestindo,inclusive, terrenos terciários.

2.3. FLORESTA ESTACIONAL SEMPRE VERDE

2.3.1. ESTACIONAL SEMPRE VERDE ALUVIAL: - Os ambientes desta formação são as Planícies Aluviais; - A floresta apresenta árvores emergentes,com altura média em torno dos 25 m.

2.3.2. ESTACIONAL SEMPRE VERDE DAS TERRAS BAIXAS: - Os ambientes desta formação são os terrenos sedimentares das depressões dos Rios Paraguai, Guaporé e Araguaia; - Em altitudes em torno de 200 m Apresenta na sua composição indivíduos de grande porte, que destacam no seu dossel, podendo atingir 35 a 40 m.

2.3.3. ESTACIONAL SEMPRE VERDE SUBMONTANA: - Os ambientes desta formação são, basicamente, os terrenos sedimentares do Planalto dos Parecis, especialmente na região do Alto Xingu; - Em altitudes que variam de 300 m a 450 m; - Apresentando uma estrutura exuberante com dossel emergente e altura superior aos 30 m, exibindo uma estrutura fina, de porte baixo, com dossel uniforme, fraca de espécies de valor comercial e com baixa diversidade.