Febre amarela - medicina

Febre Amarela

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Febre amarela - medicina por Mind Map: Febre amarela - medicina

1. Histórico

1.1. Trazido da África para o continente americano por meio dos navios de escravos pelo século 16 -> Aedes aegypti e o vírus

1.2. A primeira referencia a doença no Brasil foi relatada em 1692 -> surto na Bahia.

1.3. 1850 e 1902 a febre amarela ocorreu no rio de Janeiro anualmente.

1.4. Em 1900 Finlay confirmou que a doença era devido ao mosquito infectado.

1.4.1. Trabalho de saneamento foram sendo feitos para combater a transmissão

1.5. Emílio ribas, 1901, promoveu campanha preventiva de combate ao mosquito Aedes aegypti.

1.6. Em 1903, Oswaldo Cruz, instituiu medidas de saneamento no RJ, SP e MG

1.6.1. Essas medidas tomaram com base o conhecimento sobre o ciclo arbovírico -> combate ao mosquito e medidas de notificação

1.7. Vacina antiamarílica começou a ser produzida no instituto oswaldo cruz em 1937

2. ETIOLOGIA

2.1. Gênero: Flavivirus

2.1.1. Família: Faviviridae

2.2. São favivírus esféricos, envelopados, com projeções em sua superfície. Possuem fita simples de RNA

3. EPIDEMIOLOGIA

3.1. Possui ciclo silvestre e urbano

3.1.1. Ciclo silvestre

3.1.1.1. O mosquito se alimenta do sangue de macacos infectados e passam a transmitir o virus pela picada. Ai entrar em contato com o homem em seu habitat silvestre, infecta o homem com o arbovírus

3.1.1.1.1. Haemagogus janthinomys, leucocelaenus e albomaculatus. Sabethes

3.1.1.2. Endêmica da região Amazônica e Planalto Central.

3.1.1.3. Os primaras funcionam como amplificadores da doença e possuem efeito sentinela.

3.1.1.4. Hospedeiro virémico: Macacos

3.1.2. Ciclo Urbano

3.1.2.1. Reurbanização da doença é evitada por:

3.1.2.1.1. Combate ao mosquito vetor urbano

3.1.2.1.2. Vacina antiamarílica

3.1.2.2. O homem é o hospedeiro da doença, pego na zona silvestre e transmite o vírus ao mosquito de zona urbana que transmite o vírus através da picada

3.1.2.2.1. Aedes aegypti

4. PATOLOGIA

4.1. Infecção sistêmica

4.1.1. O vírus é liberado por células nos dutos linfáticos para os vasos sanguíneos produzindo a viremia

4.1.1.1. Vírus infecta os órgãos que tem tropismo:

4.1.1.1.1. Coração

4.1.1.1.2. Rim

4.1.1.1.3. Fígado

4.1.1.1.4. Pode afetar o cérebro e o baço também!

5. TRATAMENTO

5.1. CASO LEVE E MODERADO COM REGULAR ESTADO GERAL, HIDRATADO, SEM VÔMITOS, SEM HISTÓRIA E SINAL DE HEMORRAGIA

5.1.1. Acompanhamento ambulatorial

5.1.1.1. Sintomáticos para febre e dor

5.1.1.1.1. Dipirona e paracetamol (pode ser comprimido ou gotas)

5.1.1.1.2. NÃO DAR ASPIRINA, ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS E CORTICOSTEROIDES

5.1.1.2. Hidratação Oral

5.1.1.2.1. 60ml/kg/dia podendo ser apenas com solução salina ou 1/3 inicial com solução salina e 2/3 restantes com liquido caseiro.

5.1.1.2.2. Pode ser feita em casa

5.2. CASOS MODERADOS E GRAVES COM DESISDRATAÇÃO MODERADA OU INTENSA E VÔMITOS, SEM HEMORRAGIA ATIVA

5.2.1. Hospitalização em enfermatia

5.2.1.1. Sintomáticos para febre e dor

5.2.1.1.1. Dipirona e Paracetamol

5.2.1.2. Hidratação oral ou parenteral

5.2.1.3. Controle de diurese

5.2.2. Parâmetros clínicos e de proteinúria devem ser repetidos pelo menos a cada 4 horas e os exames laboratoriais diariamente

5.3. CASO APAREÇAM SINAIS DE ALERTA PARA FORMAS GRAVES E MALIGNOS

5.3.1. Unidade de terapia intensiva

5.3.1.1. Manutenção da nutrição e prevenção de hipoglicemia

5.3.1.2. Sondagem nasogástrica para evitar distensão gástrica e aspiração

5.3.1.3. Omeprazol e cimetidina para prevenir hemorragia gástrica

5.3.1.4. Ressuscitação hídrica e uso de drogas vasoativas

5.3.1.5. Administração de oxigênio

5.3.1.6. Correção de acidose matabólica

5.3.1.7. Plasma fresco congelado no caso de hemorragia

5.3.1.8. Diálise precoce, se instalada insuficiência renal.

6. A doença

6.1. Período de incubação

6.1.1. 3 a 5 dias após a picada

6.2. Quadro clínico

6.2.1. Assintomáticos

6.2.1.1. Metade dos infectados

6.2.2. Leves ou moderadas

6.2.2.1. 30% dos casos

6.2.2.2. Cursa com: Doença febril não especifica ou até icterícia

6.2.3. Graves

6.2.3.1. 20% dos casos

6.2.4. Malignas

6.2.4.1. 5 a 10% dos casos

6.2.4.2. Forma que cursa com icterícia, disfunção de múltiplos órgãos e hemorragias

6.2.5. FASE INICIAL - PERÍODO DE INFECÇÃO

6.2.5.1. Febre, calafrios, cefaleia intensa, dor lombossacral, mialgia generalizada, anorexia, náusea e vômitos, hemorragias gengivais de pequena intensidade ou epistaxe

6.2.5.2. PODE HAVER SINAL DE FAGET!!!!

6.2.5.2.1. Febre alta atrelada a bradicardia

6.2.5.3. Dura aproximadamente 3 dias

6.2.6. FASE DE REMISSÃO

6.2.6.1. Melhora dos sintomas que duram 24 horas

6.2.7. FASE GRAVE - PERÍODO TOXÊMICO

6.2.7.1. Os sintomas e a febre reaparecem.

6.2.7.2. Vômito torna-se mais frequente, dor epigástrica, prostração e icterícia.

6.2.7.3. Diarreia e vômitos com aspecto de borra de café

6.2.7.4. Insuficiência hepatorrágica

6.2.7.4.1. Icterícia, oligúria, anúria, albuminúria

6.2.7.5. Manifestações hemorrágicas

6.2.7.5.1. Gengivorragias, epistaxe, otorragia, hematêmese, melena, hematúria, sangramento em locais de punção venosa

7. DIAGNÓSTICO

7.1. Sorológico

7.1.1. Mac-Elisa

7.1.1.1. Detecção de IgM

7.1.2. podem ser usados também:

7.1.2.1. Inibição da hemaglutinação

7.1.2.2. fixação do complemento

7.1.2.3. Imunofluorescência indireta

7.1.2.4. Neutralização

7.2. Virológico

7.2.1. RT-PCR

7.2.1.1. Alta sensibilidade e rapidez

7.2.1.2. Permite analisar a ocorrência de mutações e características filogenéticas do vírus infectante

7.3. Laboratorial

7.3.1. Hibridização de ácidos nucleicos

7.3.2. Imuno-histoquímica

7.3.3. Estudos anatomopatológicos em caso de óbitos e eventualmente biópsia

7.4. EXAMES COMPLEMENTARES

7.4.1. Bilirrubina direta e total

7.4.1.1. Elevação da BD sugere lesão mais intensa dos hepatócitos

7.4.2. Aminotransferases (TGO e TGP)

7.4.2.1. Valores >1.000U/L são indicativos de doença associada com lesão extensa do tecido hepático

7.4.3. Ureia e Creatinina

7.4.3.1. Em geral, valores de creatinina acima de 1,5mg/dL podem indicar complicações e/ou doença renal

7.5. Sinais de alerta para formas graves

7.5.1. Clínicos

7.5.1.1. Icterícia, hemorragias, colúria, oligúria, vômitos constantes, diminuição do nível de consciência, dor abdominal intensa

7.5.2. Laboratoriais

7.5.2.1. Hematócrito em elevação, transaminases acima de 10 vezes o valor de referencia. TGO mais elevada. Creatinina elevada. Coagulograma alterado (tempo de coagulação > 20 min).

8. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

8.1. Formas leves e moderadas

8.1.1. Pode ser confundido com outras doenças infecciosas do sistema respiratório, digestiva ou urinário

8.2. Formas graves

8.2.1. Malária, leptospirose, forma fulminantes de hepatites, febres hemorrágicas de etiologia viral, dengue hemorrágica, septicemia e outras doenças com curso íctero-hemorrágica

9. Prevenção e controle

9.1. Vacina antiamarílica

9.1.1. Usar nos 9 meses de idade

9.1.2. Contraindicações

9.1.2.1. Idosos com idade superior a 60 anos e não hígidos

9.1.2.2. Pessoas imunodeprimidas com contagem de linfocitos <200 celulas/mm3

9.1.2.3. Não é recomendado para gestantes, exceto em situações de emergência epidemiológia, vigência de surto ou epidemias, viagem para área de risco

9.2. Controle vetorial

9.2.1. Detecção precoce da presença viral

9.2.2. Abate do mosquito e larvas do Aedes Aegypti

9.2.3. O ciclo silvestre não tem como fazer esse controle vetorial

9.3. REURBANIZAÇÃO???

9.3.1. O aumento dos casos de FA silvestre, somado ao aumento da densidade do Aedes aegypti no meio urbano e baixa cobertura vacinal são fatores que favorecem a risco de reurbanização no Brasil.