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LEPTOSPIROSE por Mind Map: LEPTOSPIROSE

1. Diagnóstico

1.1. Diagnóstico Especifico

1.1.1. Sorológicos

1.1.1.1. Reação de soroaglutinação macroscópica

1.1.1.1.1. Acessível e rápido

1.1.1.2. Reação de soroaglutinação microscópica

1.1.1.2.1. Muito sensível e específico; Método de referência padrão

1.1.1.2.2. Uma reação de soroaglutinação é positiva nas diluições iguais ou superiores a 1:100.

1.1.1.3. ELISA

1.1.2. Cultura das leptospiras cultivadas do sangue ou liquor

1.1.2.1. Meios mais utilizados: STUART E SEMISSÓLIDO DE FLETCHER

1.1.3. Exame microscópico

1.2. Diagnósticos inespecifico

1.2.1. Se basear em elementos positivos de ordem epidemiológica e clínica

1.2.1.1. Contatos com animais ou com águas contaminadas, principalmente em períodos de enchentes.

1.2.1.2. Relato de sintomas como febre cefaleia intensa, mialgia (MUSCULO DA PANTURRILHA) e icterícia.

1.2.2. Exame de Urina

1.2.2.1. Elevação nos níves de ureia e creatinina.

1.2.2.2. Fração de excreção de Sódio aumentada

1.2.2.3. O Potássio, mesmo na insuficiência renal aguda, encontra-se em níveis séricos normais ou diminuídos

1.2.2.3.1. FATOR IMPORTANTE POIS É UMA CARACTERÍSTICA FREQUENTE NA LEPTOSPIROSE GRAVE COM IRA.

1.2.3. Eletrocardiograma

1.2.3.1. alterações de ritmo cardíaco e alterações eletrocarfiográficas

1.2.4. Coagulograma

1.2.4.1. PLAQUETOPENIA; Alongamento do tempo de protombina; O fibrinogênio e os fatores de do fibrinogênio/fibrina estão com frequência elevados;

1.2.5. Raio X de toráx

1.2.5.1. Edema e extravasamento de sangue no interstício pulmonar

1.2.6. Hemograma

1.2.6.1. Quase sempre anemia, contagem de leucócitios normal ou elevada, netrofilia com desvio a esquerda. Velocidade de hemossedimentação encontra-se elevada

1.2.7. Função hepática

1.2.7.1. TGO e TGP se alteram não ultrapassando valores de 100UI

1.2.7.2. A creatinafosfoquinase e as mucoproteínas com frequência estão elevadas.

2. Diagnóstico Diferencial

2.1. Da forma anictérica

2.1.1. Pode ser confundida com diversas doenças infecciosas, dentre as quais gripe, febre tifoide, sepse por gram-negativos, malária, período virêmico da febre amarela, toxoplasmose com comprometimento muscular, além de outras infecções inespecíficas

2.2. Da forma ictérica

2.2.1. Formas ictéricas de febre tifoide, sepse por gram-negativos, malária por Plasmodium falciparum, febre amarela no período toxêmico, hepatites viróticas graves, como na forma fulminante, além de colecistites, colangites, síndrome hemorrágica pelo vírus Hantaan, e outras doenças em que febre, icterícia, fenômenos hemorrágicos e insuficiência renal podem ser encontrados.

2.2.2. Os dados epidemiológicos e o auxílio laboratorial, por meio de exames que avaliem o comprometimento de cada órgão, são fundamentais

3. Tratamento

3.1. Quatro milhões de unidades por dia de penicilina G cristalina divididas em quadro doses, ou 200 mg de doxiciclina por dia para os adultos por sete dias

3.2. Como a forma grave da leptospirose é de difícil diferenciação diagnóstica de quadros de sepse devido a outras etiologias e acompanhadas ou não de icterícia, sugere-se a administração empírica de esquemas antimicrobianos mais amplos, como o uso de ceftriaxona ou cefotaxima nas doses usualmente recomendadas.

3.3. Medidas de suporte para corrigir os fatores pré-renais que estão relacionados com o agravamento da insuficiência renal

3.3.1. Hidratação preferencialmente por via endovenosa

3.3.1.1. Solução fisiológica ou Ringer

3.3.2. Hipopotassemia

3.3.2.1. Administração de potássil

3.3.3. Diuréticos - Furosemida

3.3.3.1. Visa converter os quadres de insuficiência renal oligúrica em não oligúrica

3.4. Medidas de suporte relacionada as alterações pulmonares

3.4.1. Administração de oxigênio através do catéter ou máscara pelo uso de ventilação mecânica assistida ou controlada.

3.4.2. Ter cuidado com a reposição hídrica para evitar o agravamento de insuficiência respiratória

3.5. Outros procedimentos, como nutrição parenteral ou enteral, transfusões de sangue, plaquetas e crioprecipitados, uso de antiácidos, uso de bloqueadores dos receptores H2 como a ranitidina ou inibidores de bombas de próton como o omeprazol, são recomendados e dependerão da avaliação e da necessidade da terapêutica do caso em questão.

4. Etiologia

4.1. Ordem Spirochaetales; Familia Leptospiraceae; Gênero Leptospira

4.1.1. As leptospiras são bactérias aeróbicas obrigatórias, helicoidais, flexíveis e móveis

4.1.2. Possuem alta sobrevivência em alga doce e solo úmido

4.1.2.1. Aspecto relacionado ao crescimento de leptospirose relacionado as enchentes e inundações

4.2. Sorotipo prevalente no Brasil é o icterohaemorrhagiae

5. Epidemiologia

5.1. São zoonoses capazes de afetar animais domésticos e selvagens

5.2. Transmissão

5.2.1. O PRINCIPAL reservatório é o RATO

5.2.1.1. LEPTOSPIRÚRIA -> Eliminação de urina por toda vida do animal depois de infectado pela leptospira

5.2.1.2. Por ser o rato, a transmissão ocorre no mundo inteiro; Não tem limite geográfico

5.2.2. Cão também é identificado como um elemento de importância na transmissão ao homem

5.2.2.1. As vacinas contra as leptospiras aplicadas rotineiramente nos cães domésticos são capazes de protegê-los contra a doença, mas não contra o estado de portador.

5.2.3. Bovinos, Suínos, ovinos, caprinos e equino. Animais silvestres e até répteis podem transmitir a doença

5.2.4. VIAS DE TRANSMISSÃO

5.2.4.1. VIA DIRETA

5.2.4.1.1. contato direto com sangue, tecido, órgãos ou urina de animais infectados

5.2.4.2. VIA INDIRETA

5.2.4.2.1. contato do homem com a água ou o solo contaminados com a urina dos animais portadores

5.3. Meio de passagem

5.3.1. A leptospirose atinge a circulação sanguínea através da pele ou da mucosa íntegra por meio de abasões na pele

5.4. Grupos mais expostos

5.4.1. Profissionais

5.4.1.1. Trabalhadores de abatedouros, peixeiros, lavradores, criadores de animais, colhedores de arroz, lixeiros, escavadores de túneis.

5.4.2. Lazer e recreação

5.4.2.1. Pescaria, caçadas, natação em locais contaminados com a urina do animal

5.5. Incidência maior no período de Janeiro a Abril; Faixa etária em adultos jovens dos 10 aos 39 anos, mais frequente em 20 e 29 anos; Predomínio do sexo masculino contaminado

6. Patogenia

6.1. Penetram através da mucosa ou pele

6.1.1. Atingem a corrente sanguínea

6.1.1.1. Alcançam todos os órgãos e tecidos do organismo

6.1.1.1.1. Olhos e liquor

6.1.1.1.2. Fígado

6.1.1.1.3. Rins

6.1.1.1.4. Coração

6.1.1.1.5. Músculo esquelético

7. Quadro Clínico

7.1. Período de incubação

7.1.1. 3 a 13 dias podendo chegar de 1 a 24 dias

7.2. Pode ser de pequena intensidade ou inespecíficos semelhante a uma gripe; Ou quadros intensos com a forma ictero-hemorrágica ou Síndome de Weil

7.3. FORMA ANICTÉRICA

7.3.1. EVOLUÇÃO BIFÁSICA

7.3.1.1. (Fase de leptospirosemia) Fase de febre e de sintomas bem inespecíficos, seguida de desfervescencia da febre e, após um a dois dias, (Fase imune) vem o reaparecimento da febre com menor intensidade e sinais e sintomas em vários órgãos

7.3.1.1.1. Fase de Leptospirosemia

7.3.1.1.2. Fase imune

7.4. Forma ictérica ou ( Síndrome de Weil )

7.4.1. Forma bastante grave; "Síndrome de Weil" deve ser utilizado para descrever o quadro clínico associado a grave disfunção hepática.

7.4.1.1. Sinal: Icterícia

7.4.1.1.1. A icterícia ocorre de 3 a 7 dias após o início da doença

7.4.1.1.2. Coloração amarelo-avermelhada

7.4.1.2. Essa síndrome, além da icterícia é acompanhada de:

7.4.1.2.1. Disfunção renal

7.4.1.2.2. Fenômenos hemorrágicos

7.4.1.2.3. Alteração hemodinâmicas, cardíacas, pulmonares e da consciência

7.4.1.3. Urina escura, mas com fezes acólicas não são geralmente observadas.

7.4.2. Não apresenta ciclo bifásico