Educação matemática e a formação de professores para uma prática significativa

Mapa mental acerca do artigo: SANDES J. P.

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Educação matemática e a formação de professores para uma prática significativa por Mind Map: Educação matemática e a formação de professores para uma prática significativa

1. Reflexões sobre a formação inicial docente e a Educação Matemática

1.1. Discute a formação inicial e a formação continuada do profissional que ensina Matemática, buscando refletir sobre uma educação significativa.

1.1.1. Santos (2017) - Destaca as reflexões de Schön (1983), nas quais o professor é visto como um profissional capaz de transformar sua prática por meio da reflexão e de construir novos saberes a partir das suas experiências, das suas histórias de vida e da sua preocupação com o contexto político-social.

1.1.2. Os saberes e os processos de ensinar e aprender, tradicionalmente desenvolvidos na escola, se tornaram cada vez mais obsoletos e desinteressantes para os alunos. O professor passou, então, a ser continuamente desafiado a atualizar-se e tentar ensinar de um modo diferente daquele vivido em seu processo de escolarização e formação profissional.

1.1.3. "É notório que o professor, em sua formação inicial, não é de fato bem preparado, principalmente no que tange à Educação Matemática, para realizar um trabalho exitoso em sala de aula e, consequentemente, a formação desses estudantes, possivelmente, será precária e representará pouco para sua constituição como sujeito capaz de utilizar, na prática, esses ensinamento adquiridos no ambiente escolar."

1.1.3.1. Não concordo inteiramente com essa afirmação.

1.1.4. Muniz (2009, p. 25) - assinala que o movimento de Educação Matemática surge da necessidade de repensar o papel do professor frente à criança, vista como produtora de conhecimento matemático.

1.1.5. O papel docente é fundamental para a construção de aprendizagens significativas, ele é sem dúvida o ator principal no desenvolvimento cognitivo do aluno.

1.1.6. Lorenzato (2008) - Questões como a baixa remuneração, os poucos incentivos de algumas Secretarias de Educação quanto à formação continuada, entre outros desafios, não deverão ser impeditivos para o profissional manter-se atualizado e isso não o exime de ser competente e, cabe a cada um preencher as lacunas herdadas em sua formação inicial, bem como providenciar sua formação continuada.

1.1.7. Moreira e Manrique (2014) - A oferta de formação continuada aos professores, deve ser oferecida pelas universidades e pelos pares nos contextos educativos. [Tradução dos autores]

2. Aprendizagem Significativa: algumas reflexões

2.1. Diferentes autores têm se preocupado em discutir o conceito de aprendizagem significativa em Matemática, embora tenha sido proposto originalmente na teoria de aprendizagem de David Paul Ausubel (1963, 1968).

2.2. Ausubel (1963) - Entende a aprendizagem significativa como um processo de modificação do conhecimento. Para ele, a aprendizagem significativa é um processo por meio do qual o sujeito que aprende relaciona, de maneira não arbitrária e substantiva, uma nova informação a um aspecto relevante de sua estrutura cognitiva.

2.3. Santos (2008, p. 33) - "a aprendizagem somente ocorre se quatro condições básicas forem atendidas: a motivação, o interesse, a habilidade de compartilhar experiências e a habilidade de interagir com os diferentes contextos". Nessa mesma direção, Anastasiou e Alves (2006) afirmam ser importante entender melhor quem são os estudantes de cada sala, buscando vê-los como pessoas com sonhos, aspirações e, também, desesperanças.

2.4. Rogers (1984) - a aprendizagem significativa é aquela que provoca modificações comportamental e atitudinal, pois é uma aprendizagem que não se limita ao aumento do conhecimento, mas que perpassa pela própria existência do indivíduo.

2.5. Desse modo, é preciso dar sentido ao que se ensina em Matemática.

3. A formação continuada em Educação Matemática e as práticas docentes: um debate necessário

3.1. Para Moreira e Manrique (2014), a formação continuada deve ser considerada uma exigência da atividade profissional dos docentes e que não deve ser vista como uma compensação das fragilidades encontradas na formação inicial.

3.2. Acerca da temática da necessidade de capacitação profissional, Nóvoa (1995) assevera que a formação continuada permite ao professor a descoberta de novas metodologias e participar de discussões teóricas com o intuito de aprimorar e ampliar suas práticas pedagógicas.

3.2.1. Santos (2017) afirma que "a formação continuada no campo da Matemática deve colocar os professore em contato com tendências pedagógicas que proporcionem novos fazeres pedagógicos [...]. Nesse sentido, entendemos que necessitamos de propostas de formação que busquem superar a dicotomia entre teoria e prática, que reconheçam os professores como trabalhadores que produzem conhecimento.".

3.3. Tratando acerca da prática docente recorre a Arruda (2014), que diz que a prática docente constitui o trabalho pedagógico, o qual pode ser considerado como o conjunto de crenças, pressupostos teóricos, concepções, de práticas e ações educativas planejadas e realizadas pelos docentes com a finalidade de favorecer a aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes, o que ocorre em um trabalho conjunto com os próprios alunos e outros profissionais da educação.

3.3.1. Pozo (2002, p. 69) observa que "quem aprende é o aluno; o que o professor pode fazer é facilitar mais ou menos sua aprendizagem. Como? Criando determinadas condições favoráveis para que se ponham em marcha os processos de aprendizagem adequados".

3.4. Uma prática docente na qual o professor seja um aporte para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, tais como refletir, questionar, criar hipóteses ou criticar certamente é imprescindível para uma formação efetiva desse aluno, e o modo como o professor encaminha o seu trabalho pedagógico em sala de aula é o viés que irá direcionar todo o processo da significância na aquisição de novas informações.

3.4.1. O professor de Matemática, nesse aspecto, tem um grande desafio, que é o de "tornar a Matemática interessante, isto é, atrativa; relevante, isto é, útil; atual, isto é, integrada no mundo de hoje"(D'AMBRÓSIO, 2001, p.15)