A Ética Deontológica Kantiana

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A Ética Deontológica Kantiana por Mind Map: A Ética Deontológica Kantiana

1. É possível todos agirem segundo essa máxima?

1.1. A máxima é de uma natureza tal que seria autocontraditória caso fosse concebida dessa forma.

1.1.1. Exemplo: a máxima "Faz promessas que não pretendes cumprir, se isso te permitir resolver problemas pessoais

1.1.1.1. Não passa o teste da universalização

1.1.1.2. Não pode ser concebida sem contradição.

1.1.1.3. O próprio ato de fazer promessas deixaria de fazer sentido

1.2. Sim. A máxima passa no teste da universalização.

2. Tipos de Ações

2.1. AÇÕES CONTRÁRIAS AO DEVER

2.2. Proibidas: coisas que nunca podemos fazer intencionalmente

2.2.1. UM comerciante engana os seus clientes.

2.2.2. Imorais

2.3. Violações dos direitos fundamentais das pessoas

2.4. AÇÔES CONFORMES AO DEVER (de acordo com o dever)

2.5. Não são realizadas por dever, mas sim por interesse, sentimentos ou inclinações pessoais

2.5.1. Um comerciante não engana os seus clientes porque gosta deles.

2.5.2. Sem valor moral

2.6. AÇÕES POR DEVER

2.6.1. RAZÃO

2.6.1.1. LIBERDADE

2.6.1.1.1. AUTONOMIA

2.6.1.2. Agimos bem quando ouvimos a voz da razão através da LEI MORAL

2.6.1.2.1. Lei moral: Deves em qualquer circunstância cumprir o dever por dever

2.7. Únicas que têm valor moral intrínseco

2.8. São realizadas por si mesmas

3. Objeções

3.1. NÃO PERMITE RESOLVER CONFLITOS ENTRE DEVERES ABSOLUTOS.

3.2. Situação hipotética: A Ana prometeu a um amigo cumprir a sua última vontade, que ele exprimiu numa carta para ser lida após a sua morte. A sua vontade, como a Ana descobre, depois de ler a carta, é que ela assassine o António, o seu maior inimigo.

3.2.1. Vídeo

3.3. Se a Ana nunca deve quebrar promessas, então deverá cumprir a última vontade do seu amigo. se ela também nunca deve assassinar alguém, então não deverá cumpri-la.

3.3.1. Conflitos de deveres que não têm solução.

3.4. NÃO É CONSISTENTE COM O FACTO DE HAVER MÁXIMAS IMORAIS UNIVERSALIZÁVEIS. A máxima "Mata qualquer pessoa que te estorve" é imoral, mas parece resistir ao teste do imperativo categórico.

3.5. Implica, erradamente, que os nossos desejos e emoções não têm um papel a desempenhar no domínio da moralidade

3.5.1. A compaixão, a simpatia e o remorso são emoções que associamos, erradamente, à moralidade.

3.6. Não permite faze uma avaliação conclusiva de uma ação quando não somos capazes de determinar com exatidão qual é a máxima subjacente à mesma (indeterminação)

3.6.1. Exemplo: Imaginemos um pai que num sábado de manhã decide ir passear ao parque com o seu filho. Ação pode ter sido motivada pelo cumprimento do dever ou pelo prazer de brincar com o filho.

3.7. Implica, erradamente, que só temos obrigações morais para com seres racionais, morais e autónomos

4. AGIR

4.1. MÁXIMA (regra ou princípio segundo o qual agimos)

4.1.1. Traduz-se em

4.1.1.1. IMPERATIVOS (OBRIGAÇÕES)

4.1.1.1.1. IMPERATIVOS CATEGÓRICOS

4.1.1.1.2. Imperativos hipotéticos

4.2. Regra ou princípio que nos manda agir de uma determinada maneira

5. Ética deontológica

5.1. A única coisa que tem valor intrínseco é a boa vontade

5.2. A ação correta é aquela que é executada por uma BOA VONTADE

5.2.1. Motivada pelo puro cumprimento do dever

5.2.1.1. Quando agimos corretamente, estamos a agir racionalmente

5.3. ÉTICA NORMATIVA

5.3.1. Ramo da ética que lida diretamente com o problema do critério ético da moralidade de uma ação: "O que é que torna uma ação moralmente certa ou errada?"

5.3.1.1. Algo que tem valor intrínseco

5.3.1.1.1. Tem valor em si mesmo

5.4. AVALIAR UMA AÇÃO

5.4.1. Avaliar as intenções ou motivações dos agentes

5.4.1.1. Imagine-se que a Ana é uma pessoa extremamente caridosa que retira imenso prazer de ajudar os mais necessitados. Um dia a Ana ganha o Euromilhões e decide usar o dinheiro naquilo que lhe dá mais prazer: oferece todo o dinheiro a uma instituição de caridade.

5.4.1.1.1. Para Kant, a ação da Ana não tem valor moral.

5.5. Deveres absolutos

5.5.1. Sem exceções

5.5.1.1. É sempre errado mentir, quebrar promessas ou matar intencionalmente alguém

5.5.2. Há certas coisas que não podemos intencionalmente fazer, mesmo que tivessem as melhores consequências imagináveis

6. Racionalidade

6.1. A autonomia da vontade é a racionalidade

6.2. Somos livres quando obedecemos à lei moral

6.3. Se percebemos o que está certo mas não o fazemos, porque vai contra os nossos interesses, desejos ou sentimentos, então não somos livres.