1. Com a expansão cafeeira e os grandes investimentos em exportação devido a isso, a participação do Brasil no mercado exterior já correspondia a metade da oferta mundial.
1.1. Exportações brasileiras de açúcar em torno de 21%.
2. Atividades Econômicas:
2.1. Agricultura
2.1.1. Quando o Brasil alcançou sua independência, o setor primário correspondia a grande parte do produto interno e das exportações, principalmente a agropecuária.
2.1.1.1. Açúcar
2.1.1.1.1. A importância do açúcar nas exportações totais durante o período imperial cai de 30% para 10%.
2.1.1.2. Fumo
2.1.1.2.1. Por mais que as exportações de fumo tenham se reduzido durante o Brasil Império, a quantidade de toneladas produzidas praticamente triplicou de 1850 (7 mil toneladas) a 1880 (20 mil toneladas).
2.1.1.3. Algodão
2.1.1.3.1. Ao decorrer do Brasil Império, a influência do algodão nas exportações totais cai de 21% para apenas 4%.
2.1.1.4. Café (principalmente a partir de 1830)
2.1.1.4.1. Durante o Brasil Império a participação do café nas exportações totais foi de menos de 20% para mais de 60%.
2.2. Indústria
2.2.1. A indústria em seus primeiros anos de influência era quase irrelevante para a economia do Brasil Império. Em meados da década de 1880 ela alcançou a participação em 10% do PIB nacional.
2.2.1.1. A indústria funcionava em pequenas unidades de produção, até mesmo artesanais incluindo processamento de alimentos, têxtil, vestuário e bebidas.
2.2.1.2. O setor industrial da economia só iria se tornar mais importante e essencial no começo do regime republicano no Brasil.
2.3. Mineração
2.3.1. As atividades de mineração no Brasil durante o Império, especialmente de ouro (Minas Gerais) e diamantes (Minas Gerais e Bahia), alcançaram um pico na década de 1850 e depois declinaram lentamente.
2.3.1.1. Cerca de 10% da extração de ouro (nos melhores anos da mineração) eram feitas por três principais empresas britânicas: Imperial Brazilian Mining Company, St. John Del Rey Mining Company e Brazilian Mining Company.
2.4. Serviços
2.4.1. Os dados sobre os serviços praticados durante o período imperial se resumem ao setor ferroviário.
2.4.1.1. Serviços Estrangeiros
2.4.1.1.1. Companhias de iluminação a gás, serviços de bondes, suprimentos de água e esgotos.
2.4.1.2. Setor Público
2.4.1.2.1. Mantiveram dimensões modestas empregando menos de 20 mil funcionários, incluindo os 10.710 funcionários registrados pelo censo de 1872.
3. Fatores de Produção: Capital
3.1. Crescente da produção cafeeira
3.1.1. Aumento da demanda por uma infraestrutura de exportação.
3.1.1.1. Ferrovias
3.1.1.1.1. Sob vários aspectos as ferrovias representaram importantes ganhos para a economia brasileira. Para os usuários, o aumento da capacidade, rapidez e pontualidade do transporte e alcance de áreas menos acessíveis, com custos reduzidos, para não falar da maior comodidade do ainda limitado número de passageiros, deve ter correspondido a um elevado retorno social.
3.1.1.2. Portos
3.1.1.3. Cabos telegráficos
3.1.1.4. Submarinos
3.1.1.5. Empresas de navegação a vapor
3.1.2. Investimentos expressivos em empresas de serviço público.
3.1.2.1. Água
3.1.2.2. Esgoto
3.1.2.3. Gás
3.1.2.4. Transporte Públlico
3.1.2.5. Energia elétrica
3.1.2.6. Telefones
3.1.2.6.1. Uma curiosidade é que devido a amizade de Dom Pedro II com Alexander Graham Bell, o Brasil foi o segundo país a receber telefonia ligando a residência imperial com as dos ministros do estado. "_Meu Deus, isto fala!"
4. Comércio Exterior:
4.1. Anos 1830-1840
4.2. Anos 1850
4.3. Anos 1880
4.3.1. Com a participação brasileira já em torno de 60%, é visível que os competidores asiáticos do mercado cafeeiro seriam duramente afetados, assim, abrindo espaço para a espetacular expansão da produção nacional no período republicano.
4.3.1.1. As exportações de açúcar já caem para apenas 10%, porém por mais que a relevância deste produto tenha caído em proporção as exportações gerais, no final da década de 1880, o Brasil exportava cerca de 30% a mais de açúcar do que na década de 1850.
4.4. Reorientação Geográfica:
4.4.1. As séries tradicionalmente aceitas de exportação neste período são sabidamente precárias, principalmente até 1839-40.
4.4.2. A partir de 1873, além disto, o café brasileiro teve assegurada livre entrada no mercado norte americano com a implementação da política republicana da “free breakfast table”. No final dos 1880, o Brasil respondia por quase 70% das importações de café dos EUA.
4.4.3. Em contraste, o café era pesadamente taxado na Europa através de imposto de importação ou impostos sobre consumo. As exportações para a Grã-Bretanha caíram desde meados do século de pouco mais de 1/3 do total das exportações para 1/6 ou 1/7 do total enquanto as exportações para os EUA tendiam a ultrapassar 40% do total.
5. Regimes Monetários:
5.1. Depois da independência, o Banco do Brasil continuou a emitir cédulas que constituíam boa parte do meio circulante. Em 1829 não existia praticamente nenhuma circulação metálica, a não ser de cobre. Em vista da grande quantidade de moedas falsas de cobre, o governo permitiu a sua substituição, a partir de 1827, por cédulas.
5.1.1. No quadro da lei de 1833, o Tesouro também emitiu cédulas para o troco da moeda de cobre que tiveram curso legal até 1837. Em 1834 e 1835, em meio à crise dita do “xemxem”, muitos governos provinciais impuseram contra-marcas, diminuindo o valor das moedas de cobre na tentativa de dificultar sua exportação.
5.1.1.1. . A década de 1830 foi marcada por escassez de moeda em um quadro em que a Lei de Gresham – a moeda má expulsa a boa – estimulou a expulsão de ouro, prata e cobre da circulação monetária e do país. A circulação metálica voltou a ser importante apenas no fim da década de 1840, com o reinício da cunhagem de ouro e de prata em maiores valores, mas somente até meados da década de 1860, com breve recuperação nos dois últimos anos do império.
5.2. O segundo sistema monetário do Império, envolvendo a quebra do padrão ou aviltamento (redução do conteúdo do metal precioso das moedas) da moeda metálica, durou em princípio de 1833 e 1846. No final da década de 1840, nova legislação estabeleceu novos padrões para a emissão de moedas de ouro e prata que permaneceriam até 1889.
5.2.1. Dado que a circulação metálica não correspondia a uma proporção expressiva da oferta de moeda, as oportunidades para apropriação relacionada à senhoriagem ou aviltamento da moeda metálica eram limitadas.
5.2.1.1. De fato, não houve erosão de direitos de propriedade relacionados à circulação metálica, talvez devido à melhora das contas públicas. Por outro lado, a expansão da circulação inconversível pressionou os preços domésticos e representou a imposição de imposto inflacionário em benefício do governo nos períodos em que o Tesouro tinha o monopólio de emissão.
5.2.1.1.1. Há indicações, baseadas em índices de qualidade muito desigual, de que os preços pelo menos dobraram no Brasil entre 1830 e 1889. Assim, a inflação, medida por preços ao consumidor, embora muito inferior à que seria tipicamente registrada no período republicano, foi muito superior à registrada nas economias desenvolvidas.