Sindromes Ictero-Hemorrágicas Febris

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Sindromes Ictero-Hemorrágicas Febris por Mind Map: Sindromes Ictero-Hemorrágicas Febris

1. Meningococcemia

1.1. Causada pela Neisseria meningitidis.

1.1.1. É a manifestação clínica da forma septicêmica da doença, na qual o comprometimento do SNC pode estar ausente.

1.2. Evolução muito rápida!!! Mal-estar geral, fraqueza, hipotensão, exantema purpúrico ou hemorrágico com lesões petequiais (mais nas extremidades, mas pode ocorrer nas mucosas).

1.2.1. Infecções fulminantes podem levar à Síndrome de Waterhouse-Friderichsen.

1.3. Diagnóstico laboratorial: isolamento do meningococo em um fluído orgânico (líquor, sangue, etc).

1.3.1. Identificação de antígenos pela prova do látex e imunoeletroforese cruzada são confirmatórios.

1.4. Tratamento: antibióticos (opção inicial são as cefalosporinas de 3ª geração, como Ceftriaxona e Cefotaxima. Em alérgicos aos beta-lactâmicos pode-se usar o Cloranfenicol.

1.4.1. No caso de meningococcemia acompanhada de meningite, usar corticoides associado ao antibiótico (Dexametasona, por exemplo).

2. Malária

2.1. transmitida pela picada do mosquito Anopheles

2.1.1. Há diferentes cepas de plasmódios, resultando em diferentes quadros clínicos e respostas às drogas antimaláricas.

2.2. P. vivax: sintomatologia variada e depende do estado imune do paciente, Febre a cada 48h, artralgia, cefaleia, fadiga, calafrios, N/V, tremores, icterícia, hepatomegalia e esplenomegalia.

2.3. P. falciparum: síndrome febril não ocorre com regular periodicidade, cefaleia, calafrio, astenia, N/V, colúria, icterícia, anemia, hepatomegalia e esplenomegalia.

2.4. Diagnóstico: gota espessa (colhe-se uma gota de sangue e verifica-se a presença do parasito no material. Pode-se fazer o teste do esfregaço, QBC, testes rápidos, IF e ELISA.

2.5. Tratamento: antimaláricos (Cloroquina, Amadiaquina, etc).

3. Chikungunya

3.1. Transmissão por Aedes Aegypti ou albopictus.

3.2. Incubação 4 a 7 dias.

3.3. Sintomas: maioria autolimitado. Sintomas de febre alta repentina, dores intensas em articulações, manchas vermelhas pelo corpo.

3.4. Uma parte dos indivíduos pode desenvolver a forma crônica: dores articulares por 6 meses a 1 ano.

3.5. Tratamento: antipiréticos analgésicos e soro EV

4. Zika Virus

4.1. Sintomas: 80% ASSINTOMÁTICO Outros sintomas incluem cefaleia, exantema maculopapular, conjuntivite, prurido. Desaparecem em 3-7 dias.

4.2. Tratamento: paracetamol ou dipirona. Contraindicado o uso de AAS ou AINES. Repor líquidos EV. Prevenção: não deixar água parada.

5. Leptospirose

5.1. Transmissão da bactéria Leptospira interrogans por urina de roedores. Comum surtos em alagamentos e enchentes.

5.1.1. Há 3 períodos na doença: período de incubação, dura 30 dias. Período septicêmico: pancapilarite pela bactéria no sangue. Dura 4-7 dias. Período Imune: presença de Ac, dura 10 a 30 dias.

5.1.2. Sintomas: maioria evolui de forma autolimitada. Inicio subito de febre, calafrios, mialgia em panturrilhas, hiperemia conjuntival, taquipnéia e sudorese.

5.1.2.1. Forma anictérica: sintomas no SNC

5.1.2.2. Forma ictérica: icterícia aparecendo no 3º ao 7 º dia após incubação. Indicador de gravidade. Há oligúria e IRA em 60¨% desses casos. Sintomas diminuem na 3ª semana.

5.1.2.2.1. Síndrome de Weil: tríade de hemorragia, icterícia e Ins, Renal Aguda. É o componente mais grave e letal da leptospirose. Leva acometimento pulmonar por hemorragia.

5.2. Tratamento: hidratação EV, furosemida e manitol se não houver diurese espontânea. Hemodiálise se mesmo assim não responder a furosemida. PENICILA G CRISTALINA EV 6-10 MILHÕES UI 4/4H POR 6 DIAS.

5.3. Diagnóstico: visualização direta da bactéria em plasma/líquor no período septicêmico. Sorologia IgG e IgM a partir da 2ª semana(período imune). Pode-se usar teste de aglutinação microscópica

6. Febre Amarela

6.1. Primatas são reservatório. TRANSMISSÃO: picada do mosquito Aedes Aegypti. Ecoturismo e vacinação com t > 10 anos são fatores de risco.

6.2. Sintomas: 90% são formas leves em indivíduos que possuem anticorpos ou foram vacinados. Período de incubação de 3-6 dias, com febre posterior. Cefaleia e astenia podem estar presentes.

6.2.1. Forma moderada:imunidade contra outros flavivirus. Icterícia, febre, náuseas e vômitos, cefaleia. . Autolimitada.

6.2.2. Forma grave: todos os sintomas já citados + Sinal de Faget (dissociação pulso-temperatura). Manifestações hemorrágicas: epistaxe, gengivorragia, hematúria, hematêmese, melena. Oligúria por I.R.A. e Ins. Resp. Aguda por hemorragia alveolar.

6.3. Exames: isolamento viral (padrão ouro) nos primeiros 5 dias. Após esse período realizar sorologia por ELISA (IGM + se infecção < 3 meses). PCR pode ser realizado.

6.4. Tratamento: não possui terapia especifica, apenas hidratação e antitérmicos. Manifestações graves realizar suporte em UTI(monitorar volemia, prevenir hemorragias G.I com inibidores de H2 e diálise se Ins. Renal).

7. Hantaviroses

7.1. Clínica semelhante à leptospirose, causam a febre hemorrágica com síndrome renal.

7.1.1. Transmitida a partir de roedores silvestres e seus excretas.

7.2. Evolução clínica em 5 fases: febril, hipotensiva, oligúrica, diurética e de convalescença.

7.2.1. Febre elevada, calafrios, cefaleia retrooorbitária, fotofobia, mialgias, N/V, petéquias no palato mole e nas axilas.

7.2.1.1. Síndrome cardiopulmonar por hantavírus: clínica semelhante à SARA, causando progressiva infiltração de líquido no pulmão (taquipneia, hipoxemia grave e taquicardia).

7.2.1.2. Novo tópico

8. Dengue

8.1. Tem evolução rápida e um amplo espectro clínico (varia de casos assintomáticos até graves formas de choque).

8.1.1. Forma assintomática: só é identificada através da sorologia (IgG e IgM antivírus de dengue).

8.1.2. Forma oligossintomática: evolução efêmera(2-4 dias), pode apresentar síndrome febril, exantemática ou um misto de ambas.

8.1.3. Forma clássica: febre do dengue. Prostração, febre, cefaleia, mialgias, dor ocular, disgeusia, exantema pruriginoso ou não.

8.2. Diagnóstico: Elisa (IgG e IgM), imuno-histoquímica ou PCR.

8.3. Tratamento: não há um tratamento específico. A infusão de líquidos deve ser controlada para não precipitar o edema pulmonar.

8.4. Tratamento: Não há medicação específica. Consiste em fazer hidratação e usar analgésicos e antitérmicos. Evitar uso de AINEs (principalmente AAS)

8.4.1. Febre hemorrágica do dengue: inicia da mesma maneira que a FD e evolui para essa fase entre o 3° e o 8° dia. Há hemoconcentração, plaquetopenia e algum sangramento (espontâneo ou pela prova do laço).