LINHA DO TEMPO DO BRASIL: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

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LINHA DO TEMPO DO BRASIL: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA por Mind Map: LINHA DO TEMPO DO BRASIL: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

1. 1500: Pedro Álvares Cabral desembarca no Brasil, iniciando o processo de invasão e colonização territorial/cultural.

1.1. Primeiros escritos no Brasil: cartas de reconhecimento escrita por padre;

1.2. Companhia jesuítica com o Ratio Studiorum, uma coletânea com observações pedagógicas com o objetivo de instruir rapidamente todo o jesuíta docente sobre os seus deveres e o porquê de existir o seu cargo para unificar o pensamento durante a expansão missionária;

1.3. A língua é concebida como expressão de pensamento.

2. 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/1996 (LDB 9394/1996).

2.1. Concepção de língua calcada na interação, comunicativa da língua.

3. 1971: Lei de Diretrizes e Bases da Educação 5692/71 (LDB 5697/71).

3.1. Resultante da intervenção militar de 1964;

3.2. O ensino médio vinha com a proposta de profissionalização dos estudantes; as escolas deveriam escolher os cursos que iriam ofertar, dessa forma, tirando o espaço que era ocupado anteriormente por estudo clássico ou científico que visava preparar o estudante para o ensino superior;

3.3. A concepção de língua como instrumento de comunicação;

3.4. A gramática normativa passa a ser descritiva, porém não causa muitas mudanças, pois pode acabar voltando-se para a gramática normativa como variedade correta;

3.5. “Nesse cenário, a gramática passou a ser minimizada nos livros didáticos, e os textos de jornais e revistas passaram a conviver com os textos literários. A linguagem oral também passou a ser valorizada e, pela primeira vez, apareceram nos livros didáticos exercícios voltados para o desenvolvimento da linguagem oral em seu uso cotidiano.”.

4. 1960: “A ciência linguística chegou ao curso de Letras, todavia são teorias estruturalistas, dentre elas a comunicacional, a gerativista e transformacional que continuam imperando em grande parte desses cursos.” (STIEG & ALC NTARA; P. 18).

5. 1960: O número de estudantes matriculados no ensino primário duplicou enquanto no ensino médio triplicou.

6. 1959: Nomenclatura Gramatical Brasileira.

6.1. Promulgação da portaria n° 36 de 28/01/1959.

6.2. Uniformização e simplificação da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB);

7. 1946: Promulgação da constituição com uma inspiração na ideologia liberal-democrática que possibilitou o acesso às escolas.

7.1. Filhos dos trabalhadores podem acessar a escola;

7.2. Reformulou as funções e os objetivos das instituições, sobretudo mudanças nas disciplinas.

8. 2014: A primeira versão da Base Nacional Comum Curricular é elaborada.

8.1. Documento criado para orientar o ensino das escolas brasileiras, desde o Ensino Infantil ao Ensino Médio. Contém as expectativas gerais e específicas de cada disciplina e série, incluindo conteúdos que devem ser ensinados em todo o território nacional.

8.1.1. A BNCC foi homologada pelo Ministério da Educação no fim de 2017.

9. 1998: Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).

9.1. É um documento um produto da intencionalidade política, não discutido com profissionais que trabalham na área, qual trouxe problemáticas e de difícil entendimento;

9.2. Com o intuito de uma intensa reforma no ensino para democratizar o ensino como referência na/para a elaboração de currículos escolares;

9.3. Concepção de língua calcada na interação, como atividade discursiva e cognitiva.

10. 1932: Organização do ensino básico em duas etapas: ensino fundamental e ensino médio.

10.1. Tinha como objetivo a formação do homem para todos os setores da vida nacional e para o ingresso no ensino superior;

10.2. A Língua Portuguesa é obrigatória nos cinco ciclos fundamentais e a Literatura no ensino médio para os candidatos ao curso de direito.

11. 1871: “O cargo de “professor de português” foi criado no país por decreto.”. (SOARES, 1998, p. 10).

11.1. É visto como marco inicial do estudo e ensino da língua por alguns teóricos;

11.2. “Crêa um Professor especialmente destinado ao ensino da lingua vernacula e mais um repetidor, além dos que existem no curso preparatorio annexo á Escola Militar, e supprime os dous lugares de Ajudante e de Agente da mesma Escola”. Decreto n° 4.773, de 23 de agosto de 1871. (Portal da Câmara dos Deputados).

12. 1808: Latim foi retirado dos ensinos fundamental e médio.

12.1. Crescente publicação de gramáticas brasileiras escritas pelos professores;

12.2. A gramática portuguesa ganhou autonomia e desprendeu-se do papel secundário que estava efetuando frente à latina; ratificando a importância dos estudos de gramática na escola.

13. 1837: Criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.

13.1. Instalou e consagrou o padrão de ensino de língua no Brasil;

13.2. Os professores desse colégio foram os autores dos principais manuais de gramática e retórica usados durante os Séculos XIX e XX.

13.2.1. Antologia Nacional, 1894, dominou durante 70 anos o ensino de português; 43ª datada em 1969.

13.2.1.1. Legislação que reafirma o direito à educação garantido pela Constituição Federal, estabelecendo os princípios, responsabilidades e deveres do Estado em relação à educação pública;

14. 1759: Marquês de Pombal cria lei obrigando o ensino de Língua Portuguesa.

14.1. Expulsão dos jesuítas do Brasil;

14.2. Em 1772, foi estabelecido o Ensino Público Oficial;

14.3. “A imposição de uma língua nacional por meio dos colonizadores, impedindo a existência de um bilinguismo e a homogeneização cultural pela homogeneidade linguística.” (STIEG & ALC NTARA; P. 15).

14.4. O encaminhamento do ensino por meio da tradição gramatical, pelas unidades de Gramática e Retórica;

14.5. A concepção de língua como expressão de pensamento.

15. 1549: Inicia-se o processo de catequização forçada dos povos originários pela Companhia de Jesus, ou Jesuítas como são conhecidos.

15.1. “Para que a catequização fosse realizada, era necessário que os indígenas aprendessem a língua portuguesa para a leitura de trechos bíblicos e o ensino da prática religiosa católica”.

16. 1808: A coroa portuguesa chega ao Brasil.

16.1. Com a chegada da família real, são criadas escolas, bibliotecas e gráficas, e com elas, revistas e jornais.

17. Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) programa que distribuía material didático para todo país que entendia-se garantir o acesso igualitário e comum a todos.

18. “Recomendar a adoção da Nomenclatura Gramatical Brasileira, que segue anexa à presente Portaria, no ensino programático da Língua Portuguesa e nas atividades que visem à verificação do aprendizado, nos estabelecimentos de ensino.” (Portal da Língua Portuguesa).

19. 1980: São levantadas propostas para mudança do ensino linguístico por meio do funcionalismo (textualidade) e da discursividade (ensino pautado na perspectiva discursiva de linguagem) tanto no eixo da leitura quanto da produção. Dessa forma, a linguagem verbal não tratava-se apenas de um instrumento, mas também de uma atividade.

20. A nova lei vinculava o ensino à ideologia do governo vigente, ou seja, a língua é considerada um instrumento de desenvolvimento focado no uso, a disciplina de língua portuguesa passa a ser chamada de comunicação e expressão.

21. O aluno passa a ser considerado emissor e receptor de códigos diversos (verbais ou não), nos livros didáticos há menos gramática e mais textos literários que incluíam textos jornalísticos e de revistas. Pela primeira vez há exercícios voltados para o desenvolvimento da linguagem oral e seu uso cotidiano - ensino pragmático e utilitários.