BIOMAS GUILHERME JOSÉ 3°A

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BIOMAS GUILHERME JOSÉ 3°A por Mind Map: BIOMAS GUILHERME JOSÉ 3°A

1. Pampa

1.1. O Bioma Pampa ocupa uma área de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores).

1.2. No Brasil, o Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também porções dos territórios da Argentina e Uruguai

1.3. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas.

1.4. Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos ele apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência.

1.5. Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos de-porco, dentre outras).

1.6. Formas de preservação desse bioma: Evite o plantio de espécies exóticas (não nativas dos Pampas). Muitas espécies exóticas se reproduzem rapidamente e podem matar espécies nativas e reduzir a biodiversidade.

1.7. Curiosidade O Bioma Pampa tem um dia em sua homenagem, o chamado “Dia Nacional do Pampa” ocorre no dia 17 de dezembro. A data é uma maneira de lembrar a importância histórica deste bioma, bem como sobre a necessidade de preservação do mesmo.

2. Cerrado

2.1. O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional.

2.2. Considerado como um hotspots mundiais de biodiversidade, este bioma apresenta extrema abundância de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat.

2.2.1. o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas.

2.3. Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais.

2.4. Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção.

2.5. Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, o Cerrado é o que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral.

2.5.1. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (0,07%).

2.6. Formas de preservação: Evite queimadas. Sabemos que muitas espécies do Cerrado são adaptadas ao de fogo, mas as queimadas frequentes enfraquecem as plantas e matam animais, podendo levá-los à extinção. Retire do Cerrado somente o que for para sua subsistência. Respeite o período de reprodução de cada espécie. Evite o desmatamento das matas ciliares, topos de morro, e encostas. Essas áreas são importantes para a manutenção da qualidade das águas, do solo e da captação de água, que muitas vezes abastece a sua cidade.

2.7. Fauna Quando falamos em fauna do Cerrado, fazemos referência às espécies animais que vivem nessa área. No Cerrado, é possível encontrar espécies endêmicas, ou seja, exclusivas dessa região, bem como espécies que vivem em outros biomas. Como por exemplo:

2.7.1. •Cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus) •EMA (Rhea americana) •Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) •Tamanduá- bandeira (Myrmecophaga tridactyla) •Veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus)

2.8. Flora A flora do Cerrado é bastante diversificada, apresentando plantas com as mais variadas particularidades. Apesar das diferenças, a maioria das espécies apresenta certas características em comum: árvores de pequeno porte, caule retorcido e casca e folhas grossas. Como por exemplo:

2.8.1. • Araticum (Annona crassiflora) • Ipê-amarelo-do-cerrado (Tabebuia aurea) • Jatobá (Hymenaea courbaril) • Lobeira (Solanum lycocarpum) • Mangabeira (Hancornia speciosa)

3. Pantanal

3.1. O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga.

3.2. A sua área aproximada é 150.355  km² (IBGE,2004), ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai.

3.3. Caracterizado pela alternância entre períodos de muita chuva, que acontecem de outubro a março, e períodos de seca nos meses de abril a setembro.

3.4. O solo do Pantanal é principalmente arenoso e argiloso, esse fator associado à baixa declividade e aos muitos rios dessa região contribui para o alagamento do Pantanal.

3.5. A flutuação no nível da água é fundamental para o funcionamento desse bioma. Durante a seca, o material que se decompõe no solo contribui para o enriquecimento da água de inundação durante a cheia.

3.6. Fauna: Bastante diversificada, levantamentos registraram 325  espécies de peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos. Jacarés, capivaras e onças estão entre os principais animais. Destacam-se também a arara-azul e o tuiuiú (ave símbolo do Pantanal).

3.7. Flora: Também é bastante diversificada, formando um mosaico de plantas do Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio e boliviano). Nas áreas alagadas encontramos gramíneas, nas regiões intermediárias desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação rasteira e nas regiões mais altas a paisagem é parecida com a da Caatinga, com árvores de grande porte. No Pantanal é comum a presença de formações vegetais como o carandazal, formado pelas palmeiras carandá, e o buritizal, onde predominam os buritis.

3.8. Formas de preservação: Não compre animais silvestres. Estes animais podem ter sido retirados ilegalmente da natureza. Não corte árvores. Elas podem servir de abrigo para as várias aves que vivem e/ou visitam sazonalmente o Pantanal.

3.9. Curiosidades: Uma espécie rara, mas que foi encontrada no Pantanal em 2010, é o Vampyrum spectrum ou morcego-fantasma-grande. Esse morcego é o maior das Américas, podendo chegar a uma envergadura de 1 metro. Apesar do nome científico de vampiro, é uma espécie carnívora que se alimenta de pequenos roedores e até de outros morcegos.

4. Caatinga

4.1. A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. 

4.2. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver.

4.3. Clima Tropical semiárido. Esse clima é marcado por longos períodos de estiagem, isto é, sem chuvas. O índice pluviométrico é abaixo dos 800 mm/ano. As temperaturas são geralmente elevadas, com uma média de 27 ºC, podendo alcançar números maiores, superiores a 32 ºC.

4.4. Flora O mandacaru é uma espécie de cacto da flora da Caatinga. O período de floração varia conforme a região, o regime de chuvas e a qualidade dos solos. Segundo a Embrapa, a Caatinga apresenta cerca de 1.981 espécies de plantas. Destacam-se os cactos, como o mandacaru e xique-xique; as bromélias, como a macambira; e as leguminosas, como a catingueira.

4.5. Fauna Macaco-prego O macaco-prego é um exemplo de espécie da fauna da Caatinga. A fauna da Caatinga é bastante diversificada, mas não tão conhecida, havendo diversas espécies de animais endêmicos. Os animais que se encontram na região abrangida por esse bioma apresentam características de adaptação ao clima, assim como as plantas, como o desenvolvimento de hábitos noturnos, comportamentos migratórios e “hibernações" (capacidade de algumas espécies de lidar com condições climáticas hostis).

4.6. Solo O solo da Caatinga possui texturas argilosas e arenosas, dificultando a infiltração da água das chuvas. O solo da Caatinga é definido, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, como raso a profundo. É rico em minérios, mas pobre em matéria orgânica, em razão das características do clima, da hidrografia e da vegetação da região. As texturas são arenosas e argilosas.

4.7. Hidrografia O Rio São Francisco é um dos poucos rios perenes presentes na Caatinga. A hidrografia da região compreendida pelo bioma Caatinga apresenta rios que são, em sua maioria, intermitentes ou temporários, isto é, rios que correm apenas no período das chuvas e que secam durante a estação da seca. O rio perene (que apresenta água corrente o ano todo) mais conhecido desse bioma é o rio São Francisco. Os rios da Caatinga nascem geralmente nas encostas das serras. São exemplos de rios da Caatinga: •Rio Poti •Rio Jaguaribe •Rio Parnaíba

4.8. · Na estação seca a temperatura do solo pode chegar a 60ºC. · A perda das folhas da vegetação da Caatinga é estratégica. Sem folhas, as plantas reduzem a superfície de evaporação quando falta água. · No idioma tupi, Caatinga quer dizer Mata Branca, referência à vegetação sem folhas que predomina durante a época de seca.

4.9. Formas de preservação: •Evite o desmatamento e queimadas. Estes impactos prejudicam a captação de água no solo e pode reduzir ainda mais a quantidade de chuva na região. •Plante árvores nativas e frutíferas logo após o período chuvoso (fevereiro e março). As árvores frutíferas atraem aves e outros animais, melhoram a qualidade do solo e proporcionam sombra nos períodos mais quentes do dia. •Uma boa alternativa para conter a erosão é o reflorestamento. Isso auxilia também na preservação das espécies.

5. Mata atlântica

5.1. A Mata Atlântica é um bioma de floresta tropical que abrange a costa leste, sudeste e sul do Brasil, leste do Paraguai e a província de Misiones, na Argentina. Seus processos ecológicos evoluíram a partir do Eoceno, quando os continentes já estavam relativamente dispostos como estão hoje. 

5.2. Originalmente, o bioma ocupava mais de 1,3 milhões de km² em 17 estados do território brasileiro, estendendo-se por grande parte da costa do país. Porém, devido à ocupação e atividades humanas na região, hoje resta cerca de 29% de sua cobertura original.

5.3. Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, a Mata Atlântica fornece serviços ecossistêmicos essenciais para os 145 milhões de brasileiros que vivem nela.

5.4. Importância A Mata Atlântica é extremamente importante tanto economicamente, quanto ecologicamente. As formações florestais encontradas na Mata Atlântica ajudam, por exemplo, na regulação do clima e proteção do solo. Não podemos esquecermo-nos ainda de que sete das nove maiores bacias hidrográficas brasileiras estão na Mata Atlântica, e a vegetação preservada protege rios e nascentes, garantindo, desse modo, o abastecimento de água para a população.

5.5. Curiosidade •A Mata Atlântica foi o primeiro bioma a ser explorado durante a colonização. •O 27 de maio é comemorado como o Dia Nacional da Mata Atlântica. •Na Mata Atlântica existem cerca de 20 mil espécies vegetais, o que corresponde a, aproximadamente, 35% das espécies brasileiras.

5.6. → Fauna e flora A Mata Atlântica caracteriza-se por sua grande biodiversidade, devido, principalmente, às variações ambientais do bioma. Essas variações acontecem devido à extensão da Mata Atlântica em latitude, longitude e a variações altitudinais. Estima-se que a biodiversidade da Mata Atlântica corresponda de 1% a 8% da biodiversidade mundial.

5.7. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, encontramos na Mata Atlântica cerca de: •20 mil espécies de vegetais; •850 espécies de aves; •370 espécies de anfíbios; •200 espécies de répteis; •270 espécies de mamíferos; •350 espécies de peixes.

5.8. Degradação Dentre as ações antrópicas prejudiciais realizadas contra esse bioma, podemos destacar: o desmatamento com a finalidade de criar áreas propícias para a agricultura e pecuária; a exploração exagerada dos recursos desse local; e a expansão urbana. No que diz respeito à exploração dos recursos, muitas áreas de Mata Atlântica, por exemplo, foram e são atualmente destruídas com a finalidade de extração de madeira.

6. Amazônia

6.1. A Amazônia é um importante bioma com territórioque corresponde a 6,9 milhões de km² e abrange nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname.

6.2. Além do seu vasto território, outra característica que impressiona é a sua biodiversidade. Na Amazônia existem cerca de 2500 espécies de árvores e de 30 mil espécies de plantas, das 100 mil existentes em toda a América do Sul.

6.3. A floresta amazônica é considerada a maior floresta tropical do mundo e a sua conservação é tema de discussões e financiamentos internacionais, especialmente pela sua importância na regulação da climática global.

6.4. Clima O clima da Amazônia é equatorial, caracterizado por elevadas temperaturas e grande índice pluviométrico. As temperaturas médias anuais variam entre 22 e 28 °C, umidade do ar pode ultrapassar os 80% e o índice pluviométrico varia entre 1400 a 3500 mm por ano.

6.5. Relevo O relevo amazônico é formado de planície de inundação (várzeas), planalto amazônico e escudos cristalinos. Geralmente, não apresenta altitudes acima de 200 metros. •Planície de inundação: áreas periodicamente alagadas; •Planalto amazônico: altura máxima de 200 metros; •Escudos cristalinos: altitudes acima de 200 metros.

6.6. Hidrografia A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo e seu principal rio, o Amazonas, é o maior rio do mundo em volume de água com mais de 7 mil afluentes.

6.7. Fauna A floresta amazônica que abriga inúmeras espécies de animais, dos quais destacamos: •Anta, Preguiça, Tucano, Morcego, Tamanduá •Jaguatirica, Onça-pintada, Peixe-boi, Enguias, Piranha, •Pirarucu, Sucuri, Boto cor-de-rosa.

6.8. Flora É densa e formada por árvores de grande porte. Algumas das árvores nativas da Amazônia são: •Andiroba, Pupunha, Açaí, Seringueira e castanheira.

6.9. Os rios voadores são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. Essas correntes de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

6.10. A floresta amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela puxa para dentro do continente a umidade evaporada pelo oceano Atlântico e carregada pelos ventos alíseos. Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da árvores sob o sol tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água. Dessa forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que continua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante.

6.11. Preservação: •Evite cortar árvores para cultivar alimentos e/ou criar animais. •Evite queimadas. Além da fumaça, o fogo pode matar muitas espécies de animais e plantas nativas. •Faça a retirada conscientemente de recursos ofertados pelas florestas, respeite o período de reprodução e retire somente a quantidade necessária para sua subsistência. •Evite construir sua casa e outras edificações em regiões de várzeas, igapós e rios. Evitando erosão, assoreamento e mortalidade de peixes e animais de água doce”.

7. Possui região plana, levemente ondulada, com alguns raros morros isolados e com muitas depressões rasas. As altitudes não ultrapassam 200 metros acima do nível do mar e a declividade é quase nula.