EMILE DURKHEIN

MAPA MENTAL EMILE DURKEIN

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EMILE DURKHEIN por Mind Map: EMILE DURKHEIN

1. SOCIOLOGIA

1.1. Para Durkheim, a Sociologia é como uma ciência independente das outras ciências, pois possui seu próprio objeto e método.

1.2. A sociologia devia ter por objetivo comparar as diversas sociedades.

2. FATOS SOCIAIS

2.1. Para identificar os fatos sociais entre os diversos acontecimentos da vida, Durkheim orienta o sociólogo a ater-se àqueles acontecimentos mais gerais e repetitivos e que apresentem características exteriores comuns.

2.1.1. A primeira delas é a "coerção social", ou seja, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformarem-se às regras da sociedade em que vivem independentemente de sua vontade e escolha.

2.1.1.1. Essa força se manifesta quando o indivíduo desenvolve ou adquire um idioma, quando é criado e se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a certo código de leis ou regras morais. Nessas circunstâncias, o ser humano experimenta a força da sociedade sobre si.

2.1.2. A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, sendo, assim, "exteriores aos indivíduos".

2.1.2.1. Ao nascermos já encontramos regras sociais, costumes e leis que somos coagidos a aceitar por meio de mecanismos de coerção social, como a educação. Não nos é dada a possibilidade de opinar ou escolher, sendo assim independentes de nós, de nossos desejos e vontades. Por isso, os fatos sociais são ao mesmo tempo "coercitivos" e dotados de existência exterior às consciências individuais.

2.1.3. A terceira característica dos fatos sociais apontada por Durkheim é a "generalidade". É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles; que ocorre em distintas sociedades, em um determinado momento ou ao longo do tempo.

2.1.3.1. Por essa generalidade, os acontecimentos manifestam sua natureza coletiva, sejam eles os costumes, os sentimentos comuns ao grupo, às crenças ou os valores. Formas de habitação, sistemas de comunicação e a moral existente numa sociedade apresentam essa generalidade.

3. OBJETIVIDADE DOS FATOS SOCIAIS

3.1. Para que o sociólogo consiga apreender a realidade dos fatos, deve de lado seus valores e sentimentos pessoais em relação àquilo que está sendo estudado, mantendo certa distancia e neutralidade em relação aos fatos, preservando a objetividade de sua análise

3.1.1. Para ele, tudo que nos mobiliza - nossas simpatias, paixões e opiniões -, dificulta o conhecimento verdadeiro, fazendo-nos confundir o que vemos com aquilo que queremos ver. Essa neutralidade em face da realidade, tão valorizada pelos positivistas, pressupõe o não-envolvimento afetivo, ou de qualquer outra espécie, entre o cientista e seu objeto.

4. SOCIEDADE

4.1. Partindo de que o objetivo da vida social é promover a harmonia da sociedade consigo mesma e com as demais, e que essa harmonia é obtida pelo consenso social, a "saúde" do organismo social se confunde com a generalidade dos acontecimentos. Quando algo põe em risco a harmonia, e portanto, a adaptação e evolução da sociedade, estamos diante de um acontecimento mórbido e de uma sociedade doente.

5. DUVIDA METÓDICA

5.1. Durkheim sugere o exercício da dúvida metódica, ou seja, a necessidade do cientista inquirir sempre sobre a veracidade e objetividade dos fatos estudados, procurando anular a influência de seus desejos, interesses e preconceitos.

6. SUICIDIO

6.1. Durkheim considerou apenas as características exteriores e mensuráveis, com seu estudo sendo completamente independentes das razões que levam cada suicida a acabar com a própria vida.

6.1.1. Apesar de uma conduta marcada pela vontade individual, o suicídio interessa ao sociólogo por aquilo que tem de comum e coletivo e que, certamente, escapa às consciências individuais dos envolvidos do suicida e dos que o cercam.

6.1.2. Para ele, a prova de que o suicídio depende de leis sociais e não da vontade dos sujeitos, estava na regularidade com que variavam as taxas de suicídio de acordo com as alternâncias das Condições históricas.

7. CONSCIÊNCIA COLETIVA

7.1. A teoria sociológica de Durkheim tem a intenção de mostrar que os fatos sociais têm existência própria, independentes daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular.

7.1.1. Mesmo que todos possuam sua "consciência individual", seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento.

7.2. A consciência coletiva não consiste em indivíduos singulares, mas sim, está espalhada por toda a sociedade

7.2.1. A sociedade, como todo organismo, apresenta estados que podem ser considerados estados "normais" ou "patológicos".

7.2.1.1. "Normal" é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma

7.2.1.2. "Patológico" é aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente.

7.2.1.3. A consciência coletiva aparece como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam os atos individuais. É a consciência coletiva que define o que, numa sociedade, é considerado "imoral", "reprovável" ou "criminoso".

8. SOLIDARIEDADE

8.1. SOLIDARIEDADE MECANICA

8.1.1. Solidariedade mecânica, era aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, onde, os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos costumes, permanecendo em geral independentes e autônomos em relação à divisão do trabalho social. A consciência coletiva exerce aqui todo seu poder de coerção sobre os indivíduos.

8.2. SOLIDARIEDADE ORGANICA

8.2.1. Solidariedade orgânica é típica das sociedades capitalistas, em que a divisão do trabalho social torna os indivíduos interdependes. Essa interdependência garante a união social, em lugar das tradições ou das relações sociais, como ocorre nas sociedades contemporâneas. Nas sociedades capitalistas, a consciência coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo os indivíduos tornam-se mutualmente dependentes, onde cada um se especializa numa atividade e tende a desenvolver maior autonomia pessoal.